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quinta-feira, 31 de março de 2011

Conheça os riscos que o fumo traz à gravidez

Um dos hábitos que mais traz riscos à gravidez é o fumo.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ocorrem cerca de 200 mil mortes por ano por causa do uso de tabaco. O tabagismo - tanto ativo quanto passivo - aumenta o risco de infertilidade, de descolamento prematuro da placenta durante a gravidez, de rotura prematura da bolsa, de placenta prévia (ou baixa), gravidez ectópica (nas trompas) e aborto, entre outros resultados adversos.


Mulheres que fumam têm de uma a três vezes mais probabilidade de dar à luz bebês de baixo peso, e esse risco aumenta com o aumento do consumo de cigarros por dia - é considerado baixo peso ao nascer ter menos que 2.500 g. O risco de morte neonatal, isto é, em bebês com até 28 dias de vida, parece também ser maior em fumantes. É preciso ficar claro que, quando uma mulher fuma durante a gravidez, o feto também fuma, pois recebe as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. Avaliações das placentas de fumantes têm mostrado mudanças estruturais deste órgão, que é responsável por levar o sangue com nutrientes e oxigênio para o bebê.


Nas mulheres grávidas com tais alterações, essa entrega pode ficar dificultada. Fumar pode resultar também em danos diretos ao material genético do feto. A nicotina provoca aumento do batimento cardíaco no feto, redução de peso no recém-nascido, menor estatura, além de alterações neurológicas importantes. Durante a amamentação, as substâncias tóxicas do cigarro são transmitidas para o bebê pelo leite materno.Aliás, efeitos do fumo também estão associados a menores taxas de leite materno.


Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Comissão especial vai analisar consumo abusivo de bebida alcoólica

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, determinou nesta terça-feira a criação de uma comissão especial para estudar as causas e consequências do consumo abusivo de álcool no Brasil.


Atendendo a uma solicitação do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), o colegiado vai analisar especialmente as razões para o aumento do consumo de bebidas alcoólicas nos últimos cinco anos.

A comissão terá 25 titulares e 25 suplentes, e Macris deverá ser o relator. O deputado afirmou que trabalhará para que o colegiado atue de modo contundente para averiguar os motivos do crescimento do consumo de bebida alcoólica. Para ele, o alcoolismo é uma doença séria que precisa ser tratada. “O Estado dá muita atenção às drogas ilícitas, mas não atua de forma competente na questão do álcool. Em qualquer país do mundo que se preze, isso é tratado de forma séria”, criticou.

Macris ressalta que estatísticas do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), instituto vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, apontam que 40% dos adolescentes e 16% dos adultos que se conscientizam e procuram tratamento para se livrar do vício do álcool experimentaram a bebida antes dos 11 anos de idade. O deputado ainda ressalta que, só no estado de São Paulo, um milhão de pessoas sofrem da doença do alcoolismo.

CPI

Na terça-feira da semana passada (22), o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Alcoolismo, também feito por Macris, foi indeferido pelo presidente Marco Maia, sob a alegação de que não havia fato determinado para ser investigado. Com isso, o parlamentar paulista propôs a criação da comissão especial, a fim de estabelecer políticas públicas que possam sanar, “ou ao menos ajudar a resolver, o caótico problema da doença do alcoolismo” no Brasil.

Fonte: Agência Câmara

terça-feira, 29 de março de 2011

Rogério Carvalho é nomeado em comissão de combate ao crack

A indicação foi anunciada na última sexta-feira, 25, pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado Paulo Teixeira.

O deputado Federal, Rogério Carvalho (PT-SE), passa a integrar a partir desta segunda-feira, 28, como membro titular, a nova Comissão Especial de Promoção de Estudos e Proposição de Políticas voltadas ao Combate, Prevenção e Recuperação dos Efeitos do Crack. A indicação foi anunciada na última sexta-feira, 25, pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado Paulo Teixeira.


De acordo com Rogério, a nova indicação o credencia a colaborar de forma mais efetiva numa área onde tem projetos e compromissos de campanha. “O tema dessa nova comissão especial tem sido razão de imensa preocupação de nossas famílias. Como já era compromisso nosso de campanha, assumiremos a responsabilidade de estabelecer caminhos necessários à prevenção e tratamento dos dependentes com políticas públicas permanentes”, disse Rogério.

Num breve balanço desses primeiros 45 dias de trabalho, o deputado mais votado por Sergipe nas últimas eleições avaliou como positiva a sua atuação na Câmara Federal, destacando, sobretudo, a conquista de espaços e cargos estratégicos no tocante às áreas que pretende atuar.

Entre os 513 deputados Federais, Rogério já acumula os importantes cargos de secretário Geral da Frente Parlamentar da Saúde, de coordenador do Núcleo de Seguridade Social e Família do PT e o de membro da Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, além da nova indicação para Comissão Especial de Combate ao Crack.

Durante este período, já tive a experiência de presidir sessão, de defender projetos de interesse do governo, a exemplo da política do salário mínimo, de fazer inúmeras comunicações e já apresentei, inclusive, um importante Projeto de Lei”, avalia Rogério.

Projeto

O Projeto de Lei (PL) do qual trata o deputado foi protocolado no último dia 22 e é destinado a ampliar e defender os direitos dos portadores de deficiência intelectual no país. O PL foi elaborado em parceria com os deputados Romário (PSB-RJ) e Jean Willys (PSOL-RJ) e sintetiza em quatro eixos as mudanças e acréscimos necessários nas Leis já existentes que dispõem sobre a pessoa com deficiência. Entre eles, o direito à pensão por morte dos pais.

Frente Parlamentar da Saúde

Dos 200 deputados Federais que hoje integram a bancada da saúde na Câmara, o deputado sergipano foi o escolhido para ocupar o cargo mais alto da Frente Parlamentar, o de secretário Geral. Como prioridade da nova função, Rogério vem conciliando as agendas de debates sobre a organização, o funcionamento e o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), com as ações coordenadas pelo Núcleo de Seguridade Social e Família.

Isso é muito significativo, se levarmos em consideração que cerca de 30% dos Projetos de Lei que tramitam estão voltados para área da saúde”, salienta.

Fonte: InfoNet

segunda-feira, 28 de março de 2011

Participação dos EUA é previsto no acordo de combate às drogas entre Brasil e Bolívia

Um acordo de cooperação a ser assinado por Brasil e Bolívia até quarta-feira (30) prevê a participação dos Estados Unidos no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado nos dois países sul-americanos. Segundo a Agência Boliviana de Informação, caberá ao governo brasileiro oferecer treinamento, capacitação e equipamentos às forças policiais bolivianas, mas a atuação conjunta servirá apenas para erradicar a produção de coca considerada excedente.


No país vizinho, a folha da coca, além de bastante consumida na forma de chá ou mastigada in natura, é vista como uma planta medicinal e um patrimônio cultural.

A previsão inicial era a de que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, viajasse hoje (28) de manhã para La Paz, mas, segundo a assessoria do ministério, compromissos ministeriais retardaram a partida, remarcada para a madrugada de amanhã (29). Na capital boliviana, o ministro se reunirá com o ministro de Governo do país andino, Sacha Llorenti.

Além do projeto piloto antidrogas envolvendo Brasil, Bolívia e Estados Unidos, Cardozo e Llorenti assinarão também um acordo de cooperação jurídica e um termo estratégico de cooperação policial.


A visita do ministro da Justiça brasileira ocorre três dias após o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, encerrar a primeira visita oficial da diplomacia brasileira à Bolívia após a posse da presidenta Dilma Rousseff. A provável participação dos Estados Unidos no acordo ocorre dois anos após o governo boliviano ter expulsado a Agência de Combate às Drogas (DEA, na sigla em inglês) do país, alegando que os agentes norte-americanos teriam participado de uma conspiração contra o governo do presidente Evo Morales.

Ontem (27), o vice-ministro da Defesa Social, Felipe Cáceres, informou à Agência Boliviana de Informação que uma comissão composta por especialistas brasileiros e bolivianos se reune a partir de hoje (28) para definir os termos do convênio bilateral de combate ao narcotráfico nos cerca de 3,4 mil quilômetros de fronteiras.

Segundo Cáceres, Brasil e Bolívia atuarão de forma integrada nas áreas de informação policial, operações conjuntas, tarefas de inteligência e investigação e controle migratório, entre outros. Para o vice-ministro boliviano, o fortalecimento da cooperação entre os dois países vizinhos é essencial e deve levar em consideração a soberania nacional e o respeito à integridade territorial, a responsabilidade compartilhada e o respeito à não intervenção em assuntos internos e aos direitos humanos.

Autor: Alex Rodrigues
Fonte: OBID / AGÊNCIA BRASIL

domingo, 27 de março de 2011

Passo da Semana (27 a 02/04): 2º- CONFIAR

Senhor, CONFIO em Ti, ouve o meu clamor. Cura-me!.

MC 10, 46-52

46 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho
47e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
48 E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
49 Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.
50 Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
51 Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.



52 Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.

sábado, 26 de março de 2011

Superior Tribunal de Justiça decide que Kronenbier tem álcool

A cerveja Kronenbier não pode ser comercializada com a inscrição “sem álcool” no rótulo, mesmo que a bebida tenha teor de álcool abaixo do necessário para ser classificada alcoólica. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi divulgada nessa quinta-feira.
Em 2001, a Associação Brasileira de Defesa da Saúde do Consumidor (Saudecom) ingressou com ação civil pública contra a Companhia Antártica Paulista, fabricante da Kronenbier e posteriormente adquirida pela Ambev. A associação pedia a proibição da venda da cerveja Kronenbier com a expressão “sem álcool” no rótulo. Na verdade, a bebida tem na sua composição um índice entre 0,30 a 0,37g/100g da substância. Em primeira instância, o Tribunal de Justiça do Rio Grande Sul (TJRS) procedeu a favor da associação.

Em recurso, a empresa alegou que a sentença era nula, já que de acordo com o Decreto n. 2.314/1997 para ser considerada alcoólica, a bebida deve ter ao menos 0,5% de álcool na composição.
Perigo a intolerantes

O tribunal gaúcho considerou que, mesmo com teor reduzido de álcool, o consumo da cerveja poderia ser danoso para pessoas proibidas de ingerir a substância, o que caracterizaria ofensa ao e do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Decidiu, ainda, que a associação teria legitimidade para propor a ação.


O desembargador convocado Vasco Della Giustina apontou que não informar a presença de álcool na composição da bebida desrespeita o direito do consumidor à informação clara e adequada, assegurado pelo CDC. “Não se afigura plausível a pretensão da fornecedora de levar ao mercado cerveja rotulada com a expressão ‘sem álcool’, quando esta substância se encontra presente no referido produto”, destacou.

Por fim, apontou que a legislação vigente não autorizaria a omissão da presença de álcool na composição da cerveja. “Ao assim proceder, estaria a fornecedora do produto induzindo o consumidor a erro e, eventualmente, levando-o ao uso de substância que acreditava inexistente na composição daquele e que pode se revelar potencialmente lesiva à saúde”, concluiu.

Fonte: Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

sexta-feira, 25 de março de 2011

Anvisa aumenta controle sobre prescrição e descarte de talidomida


Depois de seis anos de discussão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enfim fechou o cerco contra a talidomida e imporá um controle mais rígido sobre a prescrição e o descarte desse medicamento. O uso indevido do remédio na gestação está causando malformações nos braços e pernas dos bebês, entre outros tipos de deficiência física, desde o fim dos anos 1950, quando o problema foi revelado. No Brasil há, ao menos, 613 vítimas. Estima-se que no mundo sejam 15 mil.

Em reunião da diretoria colegiada, a agência aprovou ontem nova resolução em que aumenta o controle sobre o uso da substância e promove o uso seguro para evitar o nascimento de crianças com deficiências físicas. A norma deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) de amanhã. A resolução entrará em vigor no prazo de 90 dias.


A partir desse prazo, todas as reações adversas decorrentes do uso da talidomida deverão ser obrigatoriamente notificadas. Além disso - seguindo o exemplo usado nos maços de cigarro -, a embalagem do remédio e o folheto explicativo destinados aos médicos virão com uma imagem de uma criança acometida pela talidomida. Outra mudança é o aumento do controle dos resultados do uso do medicamento e o acompanhamento do descarte ou da devolução das sobras, caso o paciente morra no período.

Segundo Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, a agência propôs a ampliação do controle do remédio porque o seu uso se justifica e não há "interesse econômico envolvido, como ocorre com a discussão da proibição do uso dos anorexígenos" - no caso, a sibutramina. "As situações de saúde para as quais a talidomida é indicada requerem maior controle e não a retirada do remédio do mercado. Sem o medicamento, pacientes ficariam sem tratamento." Ele lembrou que, no casos dos anorexígenos, não há comprovação de sua eficácia nem elementos claros sobre riscos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: OBID/Agência Estado

quinta-feira, 24 de março de 2011

REUNIÃO DE AVALIAÇÃO FINAL DO CURSO DE CAPACITAÇÃO DA PASTORAL DA SOBRIEDADE 2011.1

Acontecerá dia 26 de Março de 2011 no Centro Pastoral Maria, Mãe da Igreja, que fica situado à Rua Rodrigues Jr, nº 300 - Centro - Fortalerza, a Reunião de Avaliação Final do Curso de Capacitação da Pastoral da Sobriedade.

Contamos com a presença de todos os agentes capacitados.

Convidamos também todos os Coordenadores Paroquiais da Arquidiocese de Fortaleza e se fazerem presentes.

"Mesmo quando não se alcançou a meta da Sobriedade, não é para desistir, é apenas sinal de que precisa de mais tempo e de perseverança. A gente pode aprender das próprias dificuldades; elas não são problemas, mais novas oportunidades".

DOM IRINEU DANELON



 Maiores informações:

(85) 3388-870786879628                                                  


"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Álcool, gorduras e doces aumentam os triglicérides, alerta cardiologista

Francisco Fonseca, da Escola Paulista de Medicina, tirou dúvidas da web. Segundo ele, as margarinas modernas já ajudam na absorção do colesterol.


Para responder às perguntas que chegaram pelo G1 e pelo Twitter sobre colesterol e triglicérides, o Bem Estar convidou o cardiologista Francisco Fonseca, professor da Escola Paulista de Medicina, a participar de uma conversa depois do programa.

O médico explicou quando existe a necessidade de medicamentos para reduzir o colesterol e que não adianta tomar remédio por pouco tempo, pois o uso deve ser contínuo.


Segundo Fonseca, a ingestão de álcool aumenta os índices de triglicérides, assim como as gorduras e os doces. À dúvida de uma gaúcha se erva-mate de chimarrão pode combater o LDL, o cardiologista respondeu que a principal preocupação na região deveria ser com os churrascos e carnes gordurosas, responsáveis - junto com o sal - por uma das taxas mais elevadas de mortes por ataque cardíaco no Brasil.

Gorduras monoinsaturadas, como azeite de oliva, óleo de canola ou de girassol, podem ajudar a baixar o colesterol ruim e a aumentar o bom, segundo o especialista. A restrição ao consumo excessivo deve ser aplicada apenas às pessoas com triglicérides elevados.


Fonseca disse que as margarinas de última geração, mais molinhas e sem gordura trans, já auxiliam na absorção de colesterol. Quanto às manteigas, a ingestão deve ser moderada. Para manter níveis aceitáveis no sangue, ele recomendou a troca de gorduras animais por vegetais, com exceção do coco e do azeite de dendê - que podem fazer mal para quem deve fazer um controle rígido.

Triglicérides demais, de acordo com o médico, podem ser um sinal de diabetes, sedentarismo, alto consumo de álcool ou má alimentação. Por fim, ele falou sobre a influência do hipotireoidismo grave sobre as taxas de colesterol e triglicérides.

Fonte: Gazeta Web

terça-feira, 22 de março de 2011

ONU garante que narcotráfico gera US$ 320 bilhões ao ano

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou nesta segunda-feira que o narcotráfico gera uma renda anual de US$ 320 bilhões.

 "Cada ano, os ´senhores da droga´ ganham a assombrosa marca de US$ 320 bilhões", informou o Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC).

"Temos que fazer progressos reais contra a heroína e a cocaína, e confio que realmente possamos fazê-lo, temos que fazer frente os cultivos ilícitos de uma maneira mais significativa e coordenada",
afirmou o diretor da UNODC, o russo Yuri Fedotov.


As palavras foram pronunciadas por Fedotov na abertura de uma sessão da Comissão de Entorpecentes das Nações Unidas, que vão se reunir até sexta-feira em Viena para discutir as políticas mundiais sobre drogas.

"Entre 1998 e 2009, a produção mundial de ópio aumentou quase 80%. O mercado da cocaína não foi eliminado nem reduzido de maneira significativa, a oferta e a procura só se deslocaram a outro lugar", indicou a UNODC em comunicado.


Fedotov pediu não só a combater o cultivo ilícito de drogas, mas a redobrar os esforços para reduzir a demanda nos países consumidores.

"Também é preciso concentrar-se mais no lado da demanda. Se estima que de 150 milhões a 250 milhões de adultos consomem drogas ilícitas a cada ano. Os consumidores destroem suas vidas, e fazem suas famílias e comunidades sofrer muito", indicou.

O alto funcionário mostrou sua preocupação com um maior consumo de drogas entre menores de idade nos países em desenvolvimento.

"As crianças cujos pais consomem drogas têm maior risco de consumir drogas. As drogas contribuem para os problemas sociais que prejudicam as comunidades, e levantam novos desafios para a saúde pública", sustentou.

Também pediu a garantia do acesso a remédios paliativos da dor, como a morfina, que são infrautilizados nos países em desenvolvimento e que fazem com que milhões de pessoas com doenças crônicas sofram sem receber tratamento.

"O objetivo é garantir a disponibilidade de substâncias controladas para uso médico, que é essencial para a saúde pública. A Organização Mundial da Saúde estima que a cada ano dezenas de milhões de pessoas com câncer, aids e outras doenças sofrem inutilmente dor e inclusive morrem porque não têm acesso a remédios", advertiu Fedotov.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Scanner de penitenciária do Rio detecta até iPod em partes íntimas

Segundo Seap, Complexo de Gericinó tem o único aparelho do Brasil. Equipamento também já flagrou dinheiro e drogas em estômago.
Inspetora monitora scanner na entrada do Complexo Penitenciário de Gericinó (Foto: Carlos Magno/Governo do Estado)
Inspetora monitora scanner na entrada do Complexo Penitenciário de Gericinó (Foto: Carlos Magno/Governo do Estado do Rio de Janeiro)

O Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, é o único do país a possuir um scanner que detecta objetos em partes íntimas e estômago de visitantes. De acordo com a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), além de drogas e celulares, o aparelho já detectou chips, dinheiro e até iPods escondidos no corpo de homens e mulheres.

Ainda segundo a Seap, quando os objetos estão em partes íntimas, a ordem é que os visitantes tentem expelir. Caso não seja possível, a pessoa é encaminhada a um hospital da rede pública. Já quando a droga está no estômago, o visitante vai direto para uma unidade de saúde.

No começo deste mês, uma mulher foi detida com drogas escondidas nas partes íntimas. Ela ia visitar o companheiro que está preso e teve que ser encaminhada para o hospital. De acordo com a Seap, estavam escondidas 218 gramas de ervas secas.
Visitante sobe em esteira para ser monitorado pelo scanner (Foto: Carlos Magno/Governo do Estado do Rio)
Visitante sobe em esteira para ser monitorado pelo scanner (Foto: Carlos Magno/Governo do Estado do Rio de Janeiro)

Fonte: G1

sábado, 19 de março de 2011

I Forum Cearense sobre o Crack e outras Drogas

Data: 28/03/2011

Horário: 8h às 18h

Local: Auditório da Cãmara Municipal de Fortaleza

Informações: (85)4101-4760/8723-5952/9924-2576/8158-6368

Fonte: UNIAD

sexta-feira, 18 de março de 2011

Campanha de Concientização ao uso de Drogas Lícitas

 

Equipe de Formação da Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Fortaleza estará nos dias 19 e 20 de Março na Cidade de BEBERIBE/CE, fazendo a divulgação da Campanha de Concientização ao uso de Drogas Lícitas. 


O foco principal estará nas bebidas alcólicas e o fumo, já que são os principais causadores do grande exterminio da vida humana nos dias de hoje. 

A Pastoral da Sobriedade é a ação concreta da Igreja na Prevenção e Recuperação da Dependência Química.

É uma ação pastoral conjunta que busca a integração entre todas as Pastorais, Movimentos, Comunidades Terapêuticas, Casas de Recuperação para, através da pedagogia de Jesus-Libertador, resgatar e reinserir os excluídos, propondo uma mudança de vida através da conversão.


A Pastoral é uma atuação especial da Igreja, diante de um problema da sociedade, no momento em que ele se apresenta. É uma resposta da Igreja a uma problemática social.

Considerando que 25% da população brasileira está, direta ou indiretamente, ligada ao fenômeno das drogas, que cada vez mais cedo os adolescentes entram em contato com as drogas, carregando consigo, em média, quatro outras pessoas, chamadas de co-dependentes, membros da família e amigos, a Pastoral da Sobriedade capacita aqueles, que de alguma maneira, se identificam com a causa e desejam lutar pela vida, tornando-se um Agente da Pastoral da Sobriedade.


Maiores informações:

(85) 3388-8707 
(85) 8687-9628


"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus".

quinta-feira, 17 de março de 2011

Câncer no pâncreas também pode ser fruto do álcool

Consumo exagerado de bebida aumenta risco de desenvolvimento do tumor.

Consumir três ou mais doses de bebidas com alta concentração alcoólica por dia pode aumentar em até 36% o risco de vida devido ao câncer no pâncreas. Segundo pesquisa coordenada pela Sociedade Americana de Câncer e publicada no periódico Archives of Internal Medicine, ainda não é possível precisar se há diferenças entre bebidas destiladas e fermentadas, mas cerveja e vinho não foram relacionados ao desenvolvimento da doença.

Para chegar às conclusões, a equipe coordenada por Susan Gapstur, vice-presidente de epidemiologia da Sociedade Americana de Câncer, analisou dados colhidos desde 1982 em mais de um milhão de voluntários – dos quais 400.000 nunca haviam fumado. Os participantes tiveram de preencher um questionário informando seus hábitos etílicos.

A pesquisa aponta que o próximo passo é distinguir o que de fato acarreta o desenvolvimento do tumor: o consumo exagerado ou o tipo da bebida ingerida. Uma das hipóteses levantas por Susan é que o consumo exagerado (seja na concentração ou na quantidade ingerida) amplie os riscos e introduza inflamações no pâncreas – estas, por sua vez, resultariam no câncer.

"É importante lembrar que o álcool, além de poder desencadear esse tipo de câncer, tem potencial para levar a outras doenças, como as cardiovasculares. Por isso, seu consumo não pode ser indiscriminado”, disse Gapstur à agência de notícias Reuters.

Estudos anteriores já haviam confirmado que o cigarro e a obesidade favorecem o aparecimento do câncer no pâncreas. A ação do álcool, entretanto, não era consenso entre os especialistas.

Fonte: Revista Veja

quarta-feira, 16 de março de 2011

Chicletes de nicotina aumentam risco de câncer de boca

Produto aumenta ainda risco de cáries e doenças na gengiva.

O primeiro estudo a analisar os ingredientes complexos contidos em produtos a base de tabaco, mas que não são cigarros, alerta que seu uso tem o potencial de causar doenças na boca como câncer e cáries. Um dos exemplos mais comuns, já disseminado no Brasil, são os chicletes de nicotina, indicado para fumantes que pretendem largar o vício ou poder mantê-lo em lugares fechados.

A análise dos pesquisadores, liderados por John V. Goodpaster , descobriram que os produtos contêm principalmente nicotina e uma variedade de ingredientes aromatizantes e edulcorantes, que podem prejudicar a saúde dos dentes. Outros ingredientes dissolvidos nos produtos têm chance de aumentar o risco de cáries. Um deles, a cumarina, foi banida como agente aromatizante em alimentos, devido à sua ligação a um risco de danos no fígado.



Diante disso, os pesquisadores observaram inúmeras evidências científicas sobre os potenciais efeitos adversos que a própria nicotina pode causar que vão desde doenças gengivais ao câncer de boca.- Os resultados aqui apresentados são os primeiros a revelar a complexidade dos produtos com tabaco solúvel e pode ser utilizado para avaliar os efeitos adversos a saúde. É importante compreender alguns dos possíveis efeitos toxicológicos de alguns dos ingredientes desses produtos.


A própria embalagem dos produtos indica outro fator perigoso. Segundo Goodpaster, elas podem ser confundidas com embalagens de guloseimas.

As embalagens e o design desses produtos também podem ter apelo para as crianças, e alguns podem ser confundidos com doces.
Autoridades de saúde norte-americanas investigam essas evidências e mostram-se preocupadas se esses produtos que se dissolvem na boca perto da boca e gengivas são de fato uma alternativa segura ao cigarro.

Fonte:
R7 

terça-feira, 15 de março de 2011

Adolescentes fumantes têm redução na atividade cerebral

Um novo estudo descobriu que os adolescentes fumantes têm atividades do cérebro reduzidas.
Os pesquisadores determinaram esses resultados através da medição do nível de dependência de nicotina em 25 fumantes e 25 não-fumantes com idades entre 15 e 21 anos.

Eles utilizaram o índice de quantidade de fumo (IQF), que observa quantos cigarros um adolescente fuma por dia e quão cedo eles começam a fumar no dia para determinar a dependência de cada indivíduo.
Em seguida, os participantes realizaram um teste. Eles foram submetidos a ressonância magnética funcional (fMRI), e deveriam pressionar um botão o mais rápido que pudessem quando uma seta iluminada aparecia. Quando um sinal sonoro tocava, eles não deveriam apertar o botão. Isso demonstraria a capacidade de cada participante de inibir uma ação.

Os resultados foram surpreendentes. Segundo os pesquisadores, quanto maior a medição IQF, ou seja, quanto mais um adolescente fumava, maior a redução da atividade em uma parte do cérebro conhecida como córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões. Mas, apesar dessa atividade reduzida, fumantes e não fumantes tiveram as mesmas performances na tarefa.

Isso sugere que a resposta motora dos fumantes pode ser mantida por algum tipo de compensação de outras áreas do cérebro. Segundo o estudo, o fato de que tanto fumantes e não fumantes tiveram o mesmo desempenho indica que as intervenções precoces durante a adolescência podem impedir que os jovens passem de fumar ocasionalmente para fumar pesado.

Por outro lado, o desenvolvimento prolongado do córtex pré-frontal pode causar má tomada de decisão em adolescentes, devido ao controle cognitivo imaturo durante esse período. Este efeito pode influenciar a capacidade da juventude de tomar decisões racionais sobre seu bem-estar, e isso inclui a decisão de parar de fumar.

Assim, como o córtex pré-frontal continua a se desenvolver durante o período crítico da adolescência, o tabagismo pode influenciar a trajetória do desenvolvimento do cérebro, afetando o funcionamento do córtex pré-frontal.
Por sua vez, se o córtex pré-frontal é impactado negativamente, um adolescente pode ficar mais propenso a continuar fumando, em vez de tomar uma decisão mais saudável.

Fonte: Hype Science

segunda-feira, 14 de março de 2011

Campanha de Concientização do uso abusivo do Álcool - PSRNE1

Deu início dia 01 de Março de 2011, a 1ª CAMPANHA DE CONCIENTIZAÇÃO DO USO ABUSIVO DO ÁLCOOL, coordenado pela Coordenação da Pastoral da Sobriedade Nordeste I, com o apoio da Sobriedade de Fortaleza, através de Cartazes, Fooders, e Palestras da Campanha.

Queremos alertar toda a Sociedade do Estado e da Capital,  sobre o grande mal que é o ÁLCOOL.


Contamos com o apoio e a participação neste trabalho de todos na divulgação dos danos que o ÁLCOOL trás para a sociedade, para o indivíduo que se torna dependente, e também para os CO-DEPENDENTES (familiares e a sociedade).


Junte-se a nós, precisamos de você.


(85) 8687-9628 - Rogério Melo
(COORDENAÇÃO REGIONAL DA PASTORAL DA SOBRIEDADE).


"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus".

domingo, 13 de março de 2011

Passo da Semana (13 a 19/03): 12º - FESTEJAR

Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho. Amém.

sábado, 12 de março de 2011

Fim do hábito de fumar melhora o colesterol

O fim do hábito de fumar promove rapidamente outro benefício ao fumante logo de cara: a melhora de seu colesterol.
Com o adeus ao cigarro, o ex-fumante observa elevada a taxa do bom colesterol. O HDL é uma proteção natural contra doenças cardiovasculares e baixas concentrações dele são um fator de risco para doenças como a arteriosclerose.


A nova descoberta lança luz sobre a relação do tabagismo com a saúde do coração. Vinte por cento das mortes por essa doença são atribuídas ao cigarro, mas os cientistas ainda não têm uma compreensão clara sobre o que está por trás deste efeito. Fumar afeta o sistema cardiovascular reduzindo os níveis de oxigênio.

O teste para analisar o impacto do tabagismo sobre os níveis de colesterol de forma mais rigorosa feito pela University of Wisconsin School of Medicine, nos EUA, analisou 1.500 fumantes. A maioria apresentava sobrepeso. Os fumantes analisados consumiam cerca de 21 cigarros por dia antes do início do estudo. Depois de um ano, em um dos cinco programas de cessação do tabagismo, 334 tinham conseguido deixar o cigarro. Os que pararam tiveram um aumento de cerca de 5% ou 2,4 miligramas por decilitro do colesterol HDL.

Fonte:Diário do Grande ABC

sexta-feira, 11 de março de 2011

Primeira bebedeira pode aumentar os riscos para alcoolismo



O que eu tenho?

A idade em que uma pessoa toma sua primeira bebida alcoólica pode influenciar negativamente os genes ligados ao alcoolismo, fazendo os indivíduos mais jovens mais suscetíveis a problemas futuros.

Um grupo de pesquisadores liderados por Arpana Agrawal, da Universidade de Washington, nos EUA, estudou mais de 6 mil casos de gêmeos. Eles queriam entender se a idade em que um dos irmãos começava a beber influenciava ou não sua dependência na vida adulta. Os resultados mostraram que quanto mais cedo se dava essa iniciação, maior o risco de desenvolver dependência e maiores os comprometimentos dos fatores genéticos.

“Parece que houve influência na genética desses indivíduos quando seus primeiros contatos com o álcool ocorreram em idades mais jovens” diz Agrawal. “Já havia indicações desse efeito na literatura médica, mas conseguimos apresentar o primeiro teste validando essa hipótese.”

Os dados foram coletados pelos pesquisadores por meio de extensas entrevistas com gêmeos (idênticos ou não), de ambos os sexos, entre 24 e 36 anos e usando um modelo estatístico que compensava outras influências genéticas e ambientais não relacionadas ao estudo. Considerando que irmãos gêmeos compartilham 100% do DNA, as diferenças nos comportamentos quanto ao álcool em um par de irmãos devem vir de fatores ambientais.

Agrawal e sua equipe demonstraram que quando um dos gêmeos tinha contato com álcool muito cedo na juventude (alguns até na infância), mais os fatores genéticos que contribuíam para o risco de dependência de álcool se tornavam proeminentes. Para aqueles irmãos que começavam a beber em idades mais avançadas, os fatores genéticos eram menos ativos.

“A idade da primeira bebida alcoólica é um fator de risco conhecido, e há duas hipóteses para isso: uma é que fatores genéticos e ambientais contribuem para o risco da dependência de álcool e na probabilidade disso acontecer mais cedo na vida de uma pessoa. A segunda sugere que iniciando o consumo de álcool mais cedo, isso influenciaria negativamente no desenvolvimento da dependência, independentemente dos fatores associados. Nosso estudo sugere que ambas as afirmações podem ser corretas” diz Agrawal, apontando um possível ciclo de resultados negativos no processo da dependência do álcool.


Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas).

quinta-feira, 10 de março de 2011

Para Jife, não há indícios da existência de laboratórios de fabricação de cocaína no Brasil

BrasíliaPara a Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), não há indícios de que existam laboratórios de fabricação de cocaína em territórios brasileiro. Estudo da entidade, divulgado dia (02), aponta que a proximidade entre o Brasil e a África Ocidental fez com que o país se tornasse atrativo para as organizações sul-americanas envolvidas no tráfico de drogas.


Em 2010, em apenas dois meses, pelo menos 11 laboratórios de produção de cocaína foram descobertos no país pela Polícia Federal e por polícias estaduais em diversas operações. Os laboratórios são usados para transformar a pasta-base de coca, importada de outros países, no produto final a ser consumido pelos brasileiros, seja o cloridrato de cocaína (cocaína em pó) seja a pedra de crack, um subproduto da coca.

De acordo com o estudo, em 2008 foram destruídos cerca de 10 mil laboratórios de processamento de cocaína na Bolívia, na Colômbia e no Peru. Nos últimos anos, também foram desmantelados laboratórios de cocaína na Argentina, Venezuela, no Chile e Equador. Em 2009, as autoridades equatorianas desmantelaram um dos maiores laboratórios de fabricação de cocaína encontrados no país, com capacidade para fabricar 20 toneladas da droga por mês.


Segundo a Jife, o Brasil continua sendo uma das principais rotas para remessas de drogas aos Estados Unidos e a países da África e Europa. Além disso, o relatório destaca o crescimento do consumo de crack no território brasileiro.

“O governo tem tomado medidas para conter o abuso dessa substância. Em maio de 2010, o governo desenvolveu um plano de ação contra o abuso do crack e de outras drogas. No âmbito desse plano, o governo alocou recursos consideráveis para a adoção de medidas contra o tráfico de drogas, principalmente nos municípios das regiões de fronteira, ”, diz o estudo.

Edição: Graça Adjuto
Autor: Daniella Jinkings
Fotos: Giuliano
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 9 de março de 2011

Consumo de maconha e início precoce de psicose: meta análise


A maconha é a droga ilícita mais produzida, traficada e consumida em todo o planeta, e numa escala de drogas mais consumidas, vem logo após o álcool, o tabaco, e os solventes (entre os adolescentes). O uso da substância ainda é considerado polêmico, muito embora a relação entre a experimentação e o surgimento da dependência e os sintomas de abstinência da maconha, já tenham sido bastante estudados. Em função dos vários estudos realizados há pouca dúvida sobre a existência de uma associação entre o uso desta substância e o surgimento de quadros psicóticos, sendo que, estudos evidenciam que, quanto mais precoce é o início do consumo na vida, maior a chance do aparecimento deste tipo de transtorno. Estudos recentes, excluindo os fatores confundidores, concluíram que o uso de maconha aumenta “significativamente” a incidência de sintomas psicóticos, mesmo quando o uso de outras drogas e determinadas condições psiquiátricas fazem parte do mesmo contexto.


Large e col. (2011) realizaram uma meta-análise revisando estudos que na língua inglesa que tinham como objetivo estabelecer algum tipo de relação entre o uso de maconha, álcool e outras drogas, e a idade de início dos primeiros sintomas psicóticos. Utilizando-se de bases de dados como: CINAHL, EMBASE, MEDLINE, PsycINFO e ISI Web of Science, foram localizados 443 artigos, dos quais 83 estudos (relatados em 89 artigos) preencheram os critérios de inclusão. Os estudos levaram em conta a idade do início da psicose em estudos de populações com doença psicótica, a exceção de psicose induzida por uso de droga, em grupos com ambas as situações: uso e não uso de substância. Os resultados da meta-análise fornecem evidências de uma relação entre o consumo de maconha e início mais precoce da doença psicótica, e sustentam a hipótese de que a maconha tenha um papel causal no desenvolvimento de psicose em alguns pacientes. O uso de álcool e tabaco foi analisado, não evidenciando correlação com o surgimento de quadros psicóticos.


Estes resultados confirmam a necessidade de mais pesquisas em neurobiologia para detectar os mecanismos pelos quais o uso de maconha se torna um gatilho para o surgimento da psicose. Este estudo fornece evidências de que a redução do uso de maconha pode retardar ou mesmo evitar o aparecimento destes quadros, alterando o curso desta doença, que sabemos quanto mais cedo se inicia, pior o prognóstico. Tornam-se necessárias, portanto, mais pesquisas que aprofundem o conhecimento sobre os efeitos potencialmente prejudiciais do uso de maconha.

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
Comentado por: Neide Zanelatto – UNIAD-UNIFESP – neidezanelatto@gmail.com
Fotos: Giuliano

terça-feira, 8 de março de 2011

Misturar álcool com energético é um perigo para o coração, alertam cardiologistas

O energético pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez.

Achar que energético melhora performance é um equívoco, dizem especialistas.


Especialistas divergem sobre quantidade máxima de cafeína que se pode ingerir.

O relato de pais e médicos e pesquisas sobretudo americanas chamam a atenção para um hábito comum no Carnaval, mas arriscado: tomar bebida alcoólica com energético. Segundo o cardiologista Luciano Vacanti, a mistura potencializa o risco de arritmias, pois as duas substâncias "irritam" o músculo do coração (o miocárdio). Ele afirma, ainda, que há casos descritos nos Estados Unidos de adolescentes que, após ingerirem energéticos, desenvolveram taquicardias que precisaram ser revertidas nos hospitais.

O médico Anthony Wong, chefe do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP), relata que este é um hábito que está virando uma epidemia mundial. "Pior que quanto mais jovem é a pessoa menos controle ela tem sobre as bebidas alcoólicas. É necessário tomar uma atitude de controle por parte das autoridades com o crescente abuso dessa associação", opina.


Há vários motivos apontados pelos consumidores para se misturar as bebidas. Entre eles, disfarçar o gosto do álcool (principalmente no caso de destilados), além de esticar a balada. Por ser estimulante, o energético carrega o mito de anular os efeitos depressivos do álcool, o que é verdade em parte porque a bebida reduz a sensação de sonolência, mas os reflexos continuam mais lentos sob o efeito do álcool.

Percepção alterada

Pesquisas vêm comprovando que o consumo de álcool com energéticos pode estimular o alcoolismo, dar mais disposição para beber (a pessoa fica mais tempo em uma balada ou bar bebendo, por exemplo) e tornar o indivíduo mais suscetível aos problemas relativos ao consumo de álcool (machucam-se mais ou sofrem mais acidentes, necessitam de ajuda médica ou enfrentam problemas sexuais).

Alexandre Clemente Chame, de 36 anos, percebeu alguns desses sintomas após abusar na dose de energéticos em uma casa noturna. "Não costumo beber destilado, mas como meus amigos tinham comprado uma garrafa, resolvi tomar a bebida com energético para acompanhar. Percebi principalmente que fiquei até mais tarde na balada, costumo ir embora mais cedo, e acabei esticando até umas cinco da manhã. Daí bebi bem mais que de costume. No dia seguinte, a ressaca foi pior. Na hora até pensei: ´esse negócio´ ajuda a não bater o carro na volta porque eu parecia estar mais desperto, mas depois percebi que poderia ter sido até pior, pois eu achava que estava normal para dirigir".


Um dos maiores riscos dessa combinação é realmente o de mascarar os sintomas. De acordo com a psicoterapeuta Ilana Pinsky, professora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), não sentir os efeitos do álcool pode parecer bom, mas não é. É uma maneira de tapear o que o corpo está sentindo. "A pessoa não fica tão bem quanto pode pensar, pode dirigir de maneira arriscada, e os órgãos do corpo são afetados da mesma maneira, ela sentindo ou não".


Advertências

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, a venda de energéticos é autorizada no Brasil desde 1998, após a avaliação da agência sobre a segurança dos produtos. "Não existe nenhuma proibição quanto a comercialização dessas bebidas por parte da Comunidade Europeia e as mesmas estão dispensadas de registro na Anvisa".

O que diz o fabricante

O fabricante de um dos energéticos mais populares do mercado, o Red Bull, diz que, "em relação ao uso associado ao álcool, não há nenhum indício de que o Red Bull® Energy Drink tenha qualquer efeito (positivo ou negativo) associado ao seu consumo. Isto foi confirmado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês), em comunicado de 2009, que concluiu não haver interação entre a taurina, a glucoronolactona, a cafeína e o álcool, mesmo durante atividade física".


A empresa também alega que um consumo moderado de cafeína (menos de 400 mg por dia, o que equivalente a 5 latinhas do energético) não afeta negativamente a saúde cardiovascular. E completa: "o Red Bull® Energy Drink é vendido em mais de 160 países porque autoridades de saúde do mundo todo concluíram que o mesmo é de consumo seguro".

No entanto, há requisitos específicos de composição: taurina: máximo 400 mg/100 ml; cafeína: máximo 35 mg/100 ml; álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml; inositol: máximo 20 mg/100 ml; clucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml.


Além disso, as embalagens devem conter obrigatoriamente as seguintes advertências, em destaque e em negrito: "Crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades: consultar o médico antes de consumir o produto" e "Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica".

Segundo a Anvisa, os primeiros alertas se devem ao fato de o produto ter uma "elevada quantidade de cafeína em sua formulação". Já a restrição à associação com álcool é feita, pois "pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez (tem a percepção de que não está bêbado, mas os efeitos deletérios do consumo de álcool sobre a coordenação motora continuam)".

Mais vulneráveis

O cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb fecha a questão dizendo que o problema está no uso indiscriminado dos energéticos sem que se saiba dos riscos. "As pessoas não costumam ler os rótulos e, se não tivesse qualquer tipo de perigo, não teriam advertências nas embalagens dos produtos. O risco maior está na dose, principalmente para quem tem sensibilidade à cafeína ou predisposição às arritmias ou faz parte do grupo citado nas embalagens (crianças, idosos, nutrizes, grávidas, com problemas de saúde)".


Ghorayeb alerta para as pessoas ficarem atentas a sinais de maior sensibilidade, como palidez, aceleração do coração, aumento da pressão, etc.. "A intoxicação por cafeína é manifestada pela presença de ansiedade, insônia, desconforto no estômago, tremores, taquicardia, agitação e até raros casos de morte foram descritos na Austrália, Irlanda e Suécia", acrescenta Vacanti.

"Enganar" o sono

Para os pais, Ilana Pinsky recomenda que a informação é a maior arma contra o problema. "É essencial conhecer o que é energético, suas propriedades, o que é considerado um excesso de consumo. E conversar com os filhos sobre isso, informar-se primeiro para depois informar o filho", aconselha a psicoterapeuta.


Ilana completa explicando que faz parte da característica da nossa sociedade tentar burlar o que estamos sentindo e se faz isso de uma maneira excessiva, o tempo todo, e não só na questão do álcool. Talvez esta também possa ser a explicação para o consumo crescente de energéticos, uma busca por "enganar" o sono, a timidez (no caso da associação com o álcool) e o corpo, prolongando a sensação de diversão na balada ou a malhação na academia.

Mas é preciso lembrar que o preço pode ser caro demais. Recentemente, pediatras americanos anunciaram que, nos últimos anos, já foram registrados mais de 2,5 mil casos de internações e atendimentos por intoxicação por cafeína em menores de 19 anos. E já que essa associação é prática comum e permitida, por enquanto não há outro jeito: quem deve ficar alerta e moderar na dose é o consumidor!

Fonte: Por Carla Prates/Especial para o UOL Ciência e Saúde
Fotos: Giuliano

segunda-feira, 7 de março de 2011

Estudo mostra como cigarro causa artrite

Pesquisa da USP desvenda a ação de hidrocarbonetos que leva ao desenvolvimento da doença autoimune. Nos fumantes com predisposição genética, células imunológicas passam a orientar um ataque às articulações. Um mecanismo que desencadeia a artrite reumatoide em fumantes foi identificado por pesquisa da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da USP.

Já se sabia que quem tem predisposição genética e fuma pode sofrer dessa doença inflamatória crônica, que causa dores e rigidez matinal nas mãos e nos pés.

Agora, o estudo do biomédico Jhimmy Talbolt, defendido como dissertação de mestrado na última semana, revela como isso acontece.

Quando a pessoa fuma, uma das células do sistema de defesa - a TH17- é sensibilizada e fica doente.

Ao ser estimulada pelos hidrocarbonetos aromáticos da fumaça do cigarro, a TH17 passa a orientar o sistema de defesa a destruir articulações das mãos, pés, joelhos, punhos, cotovelos e tornozelo.

O professor de reumatologia da FMRP e orientador de Talbot, Paulo Louzada Junior, disse que o resultado pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de uma droga que reduza os sintomas da doença com mais eficiência ou até interrompa o processo de deterioração das articulações periféricas.

Segundo Louzada Junior, a artrite reumatoide atinge 1% da população adulta brasileira e a descoberta é inédita na literatura científica.

A pesquisa, com financiamento do CNPq e da Fapesp, acompanhou durante dois anos 138 pacientes com artrite reumatoide (metade fumante) e um grupo-controle com 129 pessoas sadias.

Foram comparadas as mutações genéticas do sangue de pacientes fumantes e não fumantes com o sangue do grupo-controle.

Essas informações foram relacionadas aos dados clínicos de cada um, constatando que a fumaça do cigarro e a célula TH17 estavam ligadas à artrite reumatoide.

"Em modelos experimentais em camundongos, constatamos que os receptores de hidrocarboneto arila [da fumaça do cigarro] provocavam o aumento do número das células TH17 e a piora da doença", diz Talbot.

Louzada Junior explica que o receptor da célula TH17 se danifica com a fumaça porque é sensível ao hidrocarboneto arila.

"Esse receptor elimina poluentes dentro do corpo. Só que, se tiver essa alteração genética, o sistema pode estimular a célula do sistema de defesa a causar a doença."

FATOR AGRAVANTE

Para o reumatologista José Goldemberg, da Unifesp, conhecer esse mecanismo possibilita tratar o problema com conhecimento científico. "Sem a "achometria", que é a medida do achismo."

Segundo Ari Halpern, reumatologista do hospital Albert Einstein, muitos estudos têm demonstrado relação entre o cigarro e a artrite e, entre os fatores que alteram o prognóstico da doença, o fumo é um dos mais importantes.

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

domingo, 6 de março de 2011

Passo da Semana (6 a 12/03): 11º - CELEBRAR

Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus!

sábado, 5 de março de 2011

Brasil faz primeiro grande levantamento de dados estatísticos sobre consumo de crack

BrasíliaO Brasil está desenvolvendo o maior estudo sobre consumo de crack do mundo. De acordo com a Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, o objetivo é ter dados estatísticos reais do consumo de crack no país, das grandes cidades à zona rural. A pesquisa está sendo feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Americana de Princeton e os primeiros resultados serão divulgados em abril.


“Em 2010, lançamos o plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas. Não temos, neste momento, nenhum número exato de consumo de crack no país. São apenas meras especulações. Por isso, estamos desenvolvendo o primeiro grande levantamento que se configura como o maior estudo sobre crack no mundo”, afirmou hoje (3) a secretária, após a apresentação do Relatório 2010 da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife).

A estimativa é que 25 mil pessoas participem da pesquisa, sendo que 22 mil fornecerão dados quantitativos e 3 mil, dados qualitativos. “Esse plano de enfrentamento [estudo direcionado ao consumo de crack] nasceu da preocupação do Brasil com dois indicadores: aumento das apreensões de pasta base feitas pela Polícia Federal e a procura [das pessoas viciadas em crack] por tratamento.”


A grande inovação, segundo Paulina, é que os usuários ouvidos pela pesquisa serão convidados a fazer testes para identificar se contraíram doenças relacionadas ao consumo do crack, como hepatites B e C, tuberculose e aids. “Depois desses testes, eles serão encaminhados à rede de saúde para tratamento.”

Além da pesquisa, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) também vai desenvolver um sistema de monitoramento precoce para consumo e tráfico de drogas em parceria com a Polícia Federal, o Ministério da Saúde e a Universidade de São Paulo (USP). De acordo com Paulina, o investimento será de aproximadamente US$ 5 milhões.

“Vamos juntar programas que possam nos dar as tendências dos surgimentos de novas drogas, novas formas de consumo, pedidos de tratamento, assim como tipos de apreensão em locais onde essas drogas aparecem”, afirmou.


O relatório da Jife divulgado hoje (2) aponta o crescimento do consumo de crack no território brasileiro e destaca o trabalho do governo brasileiro no combate à droga. De acordo com Paulina, o Brasil busca “mecanismos sustentáveis” para o enfrentamento ao crack. Um dos principais problemas é a falta de locais específicos para tratamento dos usuários.

Segundo a secretária, 100 mil profissionais da área de segurança pública e saúde, que combatem o consumo de drogas no país, serão capacitados para esse trabalho. “O Brasil vem fazendo um grande esforço no enfrentamento qualificado ao tráfico urbano.”

Edição: Lana Cristina
Autor: Daniella Jinkings, Repórter da Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
Fotos: Giuliano

sexta-feira, 4 de março de 2011

Setor de Comunicações da Diocese de Crato entrevista Rogério Melo

O Coordenador Estadual da Pastoral da Sobriedade concedeu uma entrevista ao Setor de Comunicações da Diocese de Crato dia 28/02 (Segunda-Feira), logo após o curso de capacitação que aconteceu naquela cidade no final de semana. Na entrevista, falou da alegria em seu coração de estar fazendo parte desta historia da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Crato, CONFIRA.


"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graça a Deus".

quinta-feira, 3 de março de 2011

DIOCESE PROMOVE CAPACITAÇÃO PARA AGENTES DA PASTORAL DA SOBRIEDADE


 Aconteceu em Juazeiro do Norte CE, na Paróquia de São Francisco das Chagas, nos dias 25, 26 e 27 de Fevereiro de 2011, o 1º Encontro para capacitação de agentes da Pastoral da Sobriedade (PS), contando com a presença do nosso Bispo DOM FERNANDO PANICO, dando-nos total cobertura e incentivando a todos participantes.

      O encontro teve em média 100 participantes, das seguintes cidades da Região do Cariri: Barbalha, Brejo Santo, Caririaçu, Crato, Jardim, Mauriti, Milagres, Nova Olinda, Santana do Cariri e Juazeiro do Norte.

      O curso foi ministrado pelo coordenador estadual da Pastoral da Sobriedade, Rogério Melo, e contou com o apoio do nosso assessor eclesial Frei Barbosa, do Mons. Bosco, Reitor do Santuário eucarístico Diocesano e do vigário forâneo da forania 2, Padre Francisco Luiz.

      Com esta capacitação as Paróquias poderão abrir  novos grupos de auto ajuda da Pastoral da Sobriedade contando com o apoio de seus parócos com o objetivo de trabalhar a prevenção e recuperação das depêndencias quimicas e de outros tipos de dependências.

A próxima reunião acontecerá dia 16 de abril no centro de pastoral do Santuário Eucarístico Diocesano situado na rua Senador Pompeu, nº 27, na cidade do Crato.

Terezinha - Coordenadora Diocesana da PS



Fonte: diocesedecrato.org

quarta-feira, 2 de março de 2011

Mobilização na fronteira tem dia de enfrentamento ao crack

A popularização do crack vem preocupando as autoridades da fronteira Brasil-Paraguai.

Nesta segunda-feira, estudantes, professores, comerciantes, entidades de classes e a sociedade de uma forma em geral participaram de uma caminhada para marcar a data de 28 de fevereiro instituído como “Dia de Enfrentamento ao Crack”, conforme Lei Municipal de autoria da vereadora Dulce Manosso (PSDB), aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Flávio Kayatt (PSDB).

Segundo dados do Centro de Atenção Psicossocial de Ponta Porã (CAPS), o número de usuários de crack vem crescendo e, atualmente, é uma grande preocupação tanto para as autoridades brasileiras como paraguaias. Existe uma facilidade em adquirir esse tipo de droga na região. Enquanto nos anos de 2008 e 2009 o Caps atendeu cerca de 300 pessoas usuárias de drogas como crack, maconha, cocaína e também de álcool, somente em dezembro do ano passado foram 216 atendimentos.

Realizamos inúmeras ações e atividades, para que possamos diagnosticar este quadro, atendendo e acompanhando os usuários. No entanto é fundamental que a sociedade desperte para este grave problema de saúde pública” alertou Carlos Urizar, psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial de Ponta Porã. Para marcar o 28 de fevereiro como o Dia de Combate às Drogas, nesta segunda-feira pela manhã foi realizada uma passeata, com os manifestantes saindo de frente ao prédio da Prefeitura de Ponta Porã, seguindo pela rua Guia Lopes, avenida Marechal Floriano até a Praça Lício Borralho, na Linha Internacional. A passeata faz parte da estratégia de conscientização da população em favor do combate às drogas, que cada vez mais tem alcançado crianças, jovens e adultos.

Neste mês de março, será realizado o Fórum Municipal, que servirá para a elaboração do Plano Municipal de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, que contará com diversos segmentos da sociedade. A autora do Projeto de Lei que instituiu o Dia Municipal de Combate ao Crack, Dulce Manosso, disse que toda a sociedade precisa participar e colaborar para evitar uma proliferação ainda maior do uso de entorpecentes no município fronteiriço.

Fonte: Correio do Estado

terça-feira, 1 de março de 2011

Fumo chega a 13% dos idosos, que sofrem para largar cigarro

Estudo mostra que prevalência é maior entre os homens do que entre mulheres.

O aposentado Lacy Barcellos tem 74 anos de vida e 64 de cigarro. Ele começou a fumar aos dez anos de idade.

- Por incrível que pareça, nunca me faltou um maço de cigarros no bolso.



Assim como Barcellos, Maria Tereza Oliveira Silva, de 62 anos, tem a companhia do cigarro há várias décadas. Ela começou a fumar aos 16.

- Antigamente era chique fumar.


Maria Tereza e Barcellos são o retrato de um grupo que convive com o hábito há muitas décadas: eles viveram um período de glamourização do cigarro, quando não havia campanhas antitabagismo, e, atualmente, são mais resistentes a parar de fumar.

O hábito dos idosos fumantes e as tentativas de largar o vício foram pesquisados por cientistas brasileiros, que fizeram uma revisão de 48 estudos sobre o tabagismo em várias partes do mundo. Eles descobriram que 13,5% dos idosos têm o hábito de fumar.

O estudo foi feito por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O número total de idosos avaliados foi de 140.058, de países como Brasil, Espanha, Portugal, Inglaterra, Rússia, Estados, Índia, Hong Kong, Japão e China.


O levantamento mostrou também que a prevalência de tabagismo em idosos é maior entre os homens (22,5%) do que entre as mulheres (8,7%).

Ainda que os pesquisadores tenham destacado que “as conclusões não representam um padrão mundial”, um dos autores do estudo, Sergio Luís Blay, do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, afirma que o resultado mostra “taxas relativamente altas” do fumo em idosos.

A explicação para isso, segundo Blay e outros especialistas consultados pelo R7, é que as pessoas mais velhas viveram o período em que o cigarro era bastante glamourizado e o hábito era até incentivado.

Em sua terceira tentativa de parar, Maria Tereza diminuiu o consumo para um maço por dia – antes chegava a fumar um maço e meio. Ela conta que a imagem atual do cigarro é muito diferente da antiga.


- Hoje há vários lugares onde fumar é proibido. Mesmo que saia ali fora, você fica com vergonha de fumar.

Resistência

Pelo fato de já serem fumantes há muitas décadas e por terem vivido esse período de valorização do cigarro, os idosos costumam ser mais resistentes na hora de parar de fumar.

De acordo com a coordenadora do município de São Paulo do Programa Nacional de Controle do Tabaco, Darlene Dias da Silva Pinto, muitos desses pacientes acreditam que não conseguem mais abandonar o vício.

- Esse paciente já está resignado, não quer se estressar. Muitos deles pensam assim: “Cheguei até aqui fumando e estou vivo. Por que vou parar agora?”.


Segundo Sabrina Presman, coordenadora dos Programas de Controle do Tabagismo da cidade do Rio, os idosos afirmam que não vale a pena parar de fumar em uma idade avançada porque imaginam que largar o vício não faz diferença para a saúde.

- Mas um dia a menos de cigarro já é suficiente para trazer benefícios.

É por esse motivo que Barcellos está tentando, pela quarta vez, largar o vício. Por causa dos “14 a 16” cigarros por dia, ele fica cansado quando faz algum esforço.

- Uma carrerinha (corridinha) de cem metros já acelera minha respiração. Pra viver mais uns 15 anos, preciso parar de fumar.

Pare de fumar

Não importa a idade: largar o cigarro traz benefícios imediatos, ainda mais para quem fuma há muito tempo.

Ao parar de fumar nessa idade, a pessoa consegue diminuir os sintomas clínicos do tabagismo, como a tosse, a expectoração e a falta de ar, segundo o pneumologista Walter Fuentes, do Hospital Leforte, em São Paulo.

- Clinicamente ele se sente melhor. Sua qualidade de vida melhora. O paladar também melhora e ele acaba comendo mais porque sente mais o sabor da comida.

Outras doenças crônicas também ficam mais fáceis de ser controladas, de acordo com o pneumologista Sérgio Ricardo Santos, presidente da comissão de tabagismo da SPPT (Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia).

- Se a pessoa tem pressão alta e o único fator de risco é o tabagismo, ao parar de fumar ela consegue estabilizar a pressão arterial.

No entanto, os problemas crônicos diretamente relacionados ao tabagismo dificilmente serão revertidos. Essas doenças são a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, causadas pela inflamação das vias aéreas, além do câncer no pulmão, na boca e na laringe.




 Para que os benefícios e as chances de controlar essas doenças sejam maiores, é importante parar de fumar o quanto antes, dizem os especialistas. Isso porque o hábito de fumar é ainda mais preocupante em idosos.

Santos afirma que existem duas razões principais para isso: primeiro porque o idoso passou mais tempo exposto aos efeitos do cigarro. Segundo porque o organismo dele já está mais fragilizado às complicações do tabagismo.

- O idoso é mais vulnerável aos malefícios trazidos pelo cigarro do que o adulto jovem.

O cigarro também pode causar alguns problemas digestivos, como gastrite.

Diante desse cenário, a primeira dica é procurar uma unidade de saúde que auxilie no tratamento do tabagismo. Segundo Santos, “hoje existe muitos medicamentos e estratégias que faz o indivíduo parar de fumar sem grande sofrimento”.

Barcellos já marcou a data em que vai se livrar do cigarro. Isso vai ocorrer quando voltar de uma viagem ao interior de São Paulo, dentro de 15 dias.

- O problema de deixar é a irritação e ansiedade. Mas com alguém te ajudando fica mais fácil parar de fumar.



Fonte: R7
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