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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Livro: Álcool


Os transtornos relacionados ao uso do álcool, tais como abuso e dependência alcoólica, foram considerados, por muito tempo, assuntos importantíssimos em termos de saúde publica e na medicina devido a sua alta prevalência e seus efeitos devastadores no individuo, na família e na sociedade. O abuso e a dependência do álcool, no entanto, constituem somente uma pequena parcela das conseqüências decorrentes do uso do álcool.

Nas ultimas décadas, outros padrões de consumo como o uso moderado, o “beber pesado” e o “binge drinking” ganharam destaque, seja pela associação do beber moderado a uma diminuição das taxas de morbi-mortalidade decorrentes da atividade cardioprotetora do álcool, seja pela exposição do bebedor “pesado” e do bebedor “binge” a situações de risco como acidentes de trânsito, violência e sexo desprotegido.

Álcool e suas conseqüências: uma abordagem multiconceitual tem o intuito de reunir conceitos e resultados provenientes de estudos científicos recentes sobre padrões de consumo do álcool e conseqüências agudas e crônicas decorrentes destes padrões. Escrito por especialistas do meio acadêmico-científico nacionais e internacionais com vasta experiência neste tema, este livro pode ser considerado uma referência na área.




Organizado por duas renomadas instituições - o Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP) e a organização não governamental européia, International Council on Alchohol and Addictions (ICAA) - o livro possui duas versões, uma em português e outra em inglês. A publicação foi editada pelos especialistas James C. Anthony, professor da Universidade de Michigan, nos EUA, e Arthur Guerra de Andrade, psiquiatra, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA).

James C. Anthony é um dos maiores epidemiologistas na área de estudos do consumo de álcool, foi professor da Universidade Johns Hopkins até 2003 e atualmente é professor do Departamento de Epidemiologia da Michigan State University Medical School. Publicou mais de 300 artigos e livros e tem sido reconhecido através de várias homenagens e prêmios, incluindo a denominação de pesquisador altamente influente na literatura científica de Psicologia, Psiquiatria e Ciências Sociais.

A publicação, que apresenta diversas informações e resultados das mais recentes pesquisas sobre o consumo de álcool ao redor do mundo, foi organizada em nove capítulos, abordando temas como: dados epidemiológicos mundiais sobre o consumo nocivo de álcool; as principais consequências em longo prazo relacionadas ao consumo moderado de álcool; dependência do álcool; consumo nocivo de álcool entre estudantes; padrões de consumo do álcool e problemas decorrentes do beber pesado episódico no Brasil; álcool e HIV/AIDS; álcool e violência; álcool e trânsito; e consumo nocivo de álcool durante a gravidez.

Além da participação do Dr. Arthur Guerra de Andrade, a publicação trouxe a colaboração de outros profissionais, como a coordenadora do CISA, Camila Magalhães Silveira, co-editora e autora de dois artigos, e pesquisadores de diversas outras instituições nacionais e internacionais: André Malbergier, Carla Storr, Danilo Baltieri, Fernanda Cortez, Gabriel Andreuccetti, Hermann Grinfeld, Julio Ponce, Laura Andrade, Luciana Cardoso, Lúcio Garcia de Oliveira, Maria Carmem Viana, Salme Ahlström, Silvia Martins, Wolfgang Heckmann, Vilma Leyton e Yuan-Pang Wang, todos especialistas em temas relacionados à área da saúde e álcool.

Para ter acesso ao conteúdo completo do livro, dividido por capítulos, basta acessar os links disponíveis abaixo e realizar o download dos arquivos no formato PDF:

Para citar o livro “Álcool e suas conseqüências: uma abordagem multiconteitual”, utilize:
Andrade AG, Anthony JC, Silveira CM. Álcool e suas conseqüências: uma abordagem multiconceitual. Barueri, SP: Minha Editora, 2009.

Cópias impressas do livro podem ser obtidas através do site da Editora Manole. Para maiores informações, clique aqui.

Fonte: CISA

terça-feira, 30 de agosto de 2011

EU VOU SEM DROGAS, POR UM MUNDO MELHOR!!!


Melhor que gritar EU VOU é fazer isso com a consciência de não prejudicar sua saúde nem a de outras pessoas, colaborando assim com a construção de um mundo melhor.

É para fazer cada vez mais fãs perceberem os perigos das drogas que estamos lançando, em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), a campanha EU VOU Sem Drogas.

Com a colaboração de artistas como Rogério Flausino (Jota Quest), Toni Garrido (Cidade Negra), Di Ferrero (NX Zero), Herbert Viana (Paralamas do Sucesso), Eduardo Falaschi (Angra), Emicida, e os atores Marcos Frota, Paola Oliveira, Thiago Lacerda e Vanessa Lóes, fizemos dois filmes que vão começar a passar nas TVs do Brasil inteiro. Neles, os artistas cantam a música da campanha, que foi composta pelo mesmo autor da nossa música tema, Eduardo Souto Neto. Veja aqui em primeira mão:


 


Além do vídeo, você pode entrar no site EU VOU sem Drogas e tirar todas as suas dúvidas de forma anônima com vários profissionais da área – afinal de contas, nada mais importante que informação para lidar com essa questão, que muitas vezes é cercada de tabus e meias verdades. Você verá, no site, dados gerais sobre as consequências do uso de drogas e poderá aproveitar ainda jogos e outros conteúdos especiais.

Então tenha consciência das suas atitudes, busque sempre informação e adote esse lema! Mostre para todos que tudo o que você precisa é atitude para curtir os bons momentos da vida.

Fonte: Rock In Rio - Blog

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cigarro mata cerca de 200 mil brasileiros por ano


Hoje, 29/08/2011 é Dia Nacional de combate ao fumo e o Jornal Jangadeiro aproveita para fazer um alerta. Cerca de 200 mil brasileiros morrem todos os anos vítimas do cigarro. Uma droga que pode causar insuficiência respiratória, acidente vascular cerebral e até câncer. Se você não quer ser a próxima vítima, preste atenção nesta dica: em Fortaleza, o Hospital de Messejana realiza um programa para ajudar quem quer deixar o vício e ganhar qualidade de vida.



Dia Nacional de Combate ao Tabaco: cigarro pode matar 8 milhões até 2030




O cigarro deve matar em 2011 quase 6 milhões de pessoas em todo o mundo – dessas, 600 mil são fumantes passivos. O número representa uma morte a cada seis segundos. Até 2030, a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 8 milhões de pessoas podem morrer em consequência do fumo.

A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo. Dados indicam que metade dos fumantes deve morrer em razão de uma doença relacionada a esse hábito.



No Dia Nacional de Combate ao Tabaco, lembrado hoje (29), a OMS listou avanços no enfrentamento ao cigarro. Entre os destaques estão países como o Uruguai, onde os alertas sobre o risco provocado pelo cigarro ocupam 80% das embalagens. A China, Turquia e Irlanda também receberam elogios por leis que proibem o fumo em locais públicos.

Entretanto, menos da metade dos países que aderiram à Convenção de Controle do Tabaco (2003) e que enviaram relatórios à OMS registraram progresso no combate ao fumo. Apenas 35 de um total de 65, por exemplo, registraram aumento nos investimentos para pesquisas no setor..



Um estudo feito pelo Ministério da Saúde mostra que entre 2006 e 2010 a proporção de brasileiros fumantes caiu de 16,2% para 15,1%. Entre os homens, a queda foi maior – o hábito de fumar passou de 20,2% para 17,9%. Entre as mulheres, o índice permaneceu estável em 12,7%. Pessoas com menor escolaridade - até oito anos de estudo - fumam mais (18,6%) que as pessoas mais escolarizadas - 12 anos ou mais (10,2%). 

Fonte: Ag. Brasil

domingo, 28 de agosto de 2011

Passo da Semana (28/08 a 03/09): 12º - FESTEJAR

Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho. Amém.

sábado, 27 de agosto de 2011

CAPS ÁLCOOL E DROGAS É HOMENAGEADO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA


O serviço municipal de atenção à saúde mental em Fortaleza foi homenageado durante solenidade na Assembleia Legislativa do Ceará, no último dia 8 de agosto, pelos “relevantes serviços prestados a pacientes dependentes de drogas e álcool”. Junto com os Centros de Atenção Psicossocial - Caps Álcool e Drogas da Secretaria Municipal de Saúde também receberam a comenda os representantes do Centro de Recuperação Leão de Judá; Divisão de Proteção ao Estudante, da Polícia Civil do Estado do Ceará; Pastoral da Sobriedade Regional Nordeste I-Ceará; e Instituto Volta a Vida. A homenagem foi realizada por ocasião da 1ª Conferência Estadual Crack, Oxi e Tráfico de Usuários.

Além dos Caps Álcool e Drogas, outros serviços e ações desenvolvidos na rede assistencial de saúde mental de Fortaleza já ganharam reconhecimento dentro e fora do Ceará. O Projeto Arte e Saúde e o escultor José William Crispim, usuário do Caps Geral da Regional IV, foram vencedores em 2009 nas categorias instituição e pessoa física, respectivamente, do Concurso Público Prêmio Cultural Loucos pela Diversidade, uma iniciativa do Ministério da Cultura em parceria com o Ministério da Saúde. O Projeto Arte e Saúde vem promovendo desde 2006 a inserção social de usuários dos serviços de saúde mental de Fortaleza em trabalhos de criação e expressão artístico-cultural. O concurso premiou 55 iniciativas dentre as propostas recebidas, divididas em quatro categorias - o edital destina-se a premiar ações que integrem saúde mental e cultura e sejam desenvolvidas por instituições públicas ou privadas, organizações da sociedade, grupos artísticos ou artistas sem vínculo institucional e pessoas em sofrimento psíquico.

Além dos prêmios conquistados no Concurso Loucos pela Diversidade, os avanços obtidos em Fortaleza na área de saúde mental tiveram outro importante reconhecimento em 2009. Durante a cerimônia em homenagem ao Dia Mundial da Saúde Mental (10/10), a Coordenação Nacional de Saúde Mental, do Ministério da Saúde, divulgou Menção de Reconhecimento de Experiências Exitosas de Saúde Mental e incluiu Fortaleza como o município com significativa expansão da rede de atenção psicossocial e da cobertura assistencial.

O número de Caps na capital passou de três em 2004 para os atuais 14, atendendo mais de 14 mil pessoas por mês. Hoje, existem na cidade seis Caps Geral, seis Caps Álcool e Drogas e dois Caps Infantil.

Com a ampliação do atendimento, o número de profissionais saltou de 54 para 472. As equipes multiprofissionais contam com médicos, farmacêuticos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, massoterapeutas e artistas. Em 2007, a Prefeitura de Fortaleza também inaugurou uma residência terapêutica para acolher os pacientes psiquiátricos que passaram por longo período de internamento e já não possuem um lar ou laços familiares. Em 2010, foi implantado o Consultório de Rua, projeto que leva equipes volantes até as pessoas que vivem pelas ruas e fazem uso de drogas. Essas equipes multidisciplinares oferecem atendimento clínico básico e promovem o trabalho de redução dos danos causados pelo uso abusivo de drogas, além de formar vínculo do paciente com a rede de saúde.


Canal: SMS
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Arte das moléculas

 
Agência FAPESP – As tecnologias recentes permitem a realização de milhões de sínteses de compostos, mas isso não reverterá a estagnação da indústria farmacêutica. O que leva à descoberta de novas drogas é uma combinação de ciência de alto nível e “arte”, isto é, “altas doses de criatividade com um enfoque personalizado, autoral”.
 



A opinião é do cientista britânico Simon Fraser Campbell, que tem em seu currículo descobertas como a do Viagra – conhecido medicamento para a disfunção erétil – e do Norvasc, a quarta droga mais vendida no mundo, usada para angina e hipertensão.

                                                        
Campbell participou, na semana passada, da Escola São Paulo de Ciência Avançada sobre “Produtos Naturais, Química Medicinal e Síntese Orgânica”, realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O evento foi realizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade de apoio da FAPESP.

                                              

Formado na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, Campbell foi professor visitante da Universidade de São Paulo (USP) entre 1962 e 1972. Depois trabalhou na Pfizer, onde se aposentou em 1998 como vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Ex-presidente da Royal Society of Chemestry, da Grã-Bretanha, o cientista é coautor de mais de 120 publicações e patentes.

Leia a seguir trechos da entrevista concedida por Campbell à Agência FAPESP:

Agência FAPESP – Na sua opinião a descoberta de novos fármacos tem elementos de um processo criativo análogo à arte?

Simon Campbell – Sim. Como você viu, o título da minha conferência na ESPCA em Química era “Ciência, arte e descoberta de drogas – Uma perspectiva pessoal”. Falo em primeiro lugar de ciência, porque em descoberta de drogas temos que fazer a melhor ciência possível, da mais alta qualidade. E falo de arte porque frequentemente não sabemos como é a estrutura molecular dos nossos alvos e, para imaginá-la, precisamos usar toda a nossa criatividade. Não sabemos com o que a droga está interagindo, então isso requer uma alta dose de imaginação.

Agência FAPESP – E a perspectiva pessoal se refere à sua experiência na descoberta do Viagra e do Norvasc?

Campbell – Sim, no sentido de que a descoberta de drogas está nas mãos de indivíduos. Isto é, depende de pessoas, não de máquinas, nem de testes exaustivos com milhares de compostos. O mais importante é o toque pessoal. Descobrir novas drogas é algo que tem forte ligação com ciência de alta qualidade e arte – porque precisamos de imaginação e inovação –, além de um toque pessoal.

Agência FAPESP – Os investimentos da indústria farmacêutica vêm aumentando cada vez mais e os resultados são cada vez mais escassos. O que há de errado com o paradigma da descoberta de novas drogas?

Campbell – Há diversos problemas. Em primeiro lugar, nos últimos anos temos visto diversas empresas farmacêuticas realizarem fusões e aquisições e acho que elas ficaram grandes demais. Quando uma empresa farmacêutica tem um grupo de pesquisa de milhares de cientistas as coisas não funcionam. Eu acho que as empresas estão grandes demais para serem conduzidas. Especialmente, são grandes demais para serem inovativas.

Agência FAPESP – Isso parece ter relação com a sua visão sobre a perspectiva pessoal.

Campbell – Sim, perde-se o caráter pessoal. Eu gosto de grupos nos quais posso falar com as pessoas. Gosto de poder atravessar um corredor e bater na porta do colega da equipe se precisar interagir. Não me agradam os grupos de pesquisa com milhares de cientistas espalhados pelo mundo. Parece trivial, mas isso muda muito a dinâmica do trabalho e faz toda a diferença. Mas há também razões científicas para a estagnação das descobertas.

Agência FAPESP – De que tipo?

Campbell – Há cerca de 23 mil genes no corpo e as drogas que temos hoje só têm cerca de 300 desses genes ou proteínas como alvos. Então, temos uma lacuna de mais de 22 mil. Mas, como selecioná-los? Um dos problemas que temos é: não somos muito bons em validar os alvos. Não estamos fazendo esforços suficientes para dizer: esse alvo é relevante para a doença humana. Esse é um problema. O próximo problema é que às vezes se fazem compostos que simplesmente são falhos. Então, temos que fazer melhores compostos. E, finalmente, não sabemos qual paciente vai responder.

Agência FAPESP – Como assim? Não se sabe como cada paciente vai reagir a cada droga?

Campbell – Sim. É preciso melhorar muito nosso conhecimento sobre a base genética da doença, assim podemos escolher o paciente e escolher a terapia. Em câncer isso está funcionando muito bem. Em câncer podemos identificar certos pacientes ou grupos sobre os quais podemos dizer: isso provavelmente vai funcionar, aquilo não. Não podemos fazer isso em asma, hipertensão... Não temos esse conhecimento. Então, é preciso saber validar o alvo, ter a melhor qualidade de compostos e saber identificar o paciente que irá responder. Acho que não demos muita atenção para esses três fatores e é provavelmente por isso que não apareceram muitas novas drogas nos últimos anos.

Agência FAPESP – Qual seria o caminho para contornar esses problemas?

Campbell – Acho que o caminho é estabelecer institutos de descoberta de drogas. Não apenas ir aos departamentos de química das universidades e dizer: descubram medicamentos. Pegue-se gente com experiência, criem-se institutos com 300 ou 400 pessoas no máximo. Contratem-se profissionais e criem-se institutos exclusivamente voltados para a descoberta de drogas.

Agência FAPESP – Institutos multidisciplinares?

Campbell – Gente bem treinada em química, em biologia... Sim, institutos multidisciplinares que permitam que todo mundo trabalhe junto com o objetivo de descobrir drogas. É uma proposta que estamos fazendo ao governo do Reino Unido. Se eles serão receptivos eu não sei ainda, mas esse é o plano que temos. E acho que o Brasil tem uma grande oportunidade para estabelecer ou fortalecer os institutos de descoberta de drogas que vocês já têm.

Agência FAPESP – As novas tecnologias trouxeram a possibilidade de fazer milhões de screenings. Mas como processar todos esses dados? Como aplicar aos sistemas biológicos toda essa informação?

Campbell – Acho que a síntese de compostos chegou a um patamar definitivo, assim como os screenings. Mas, basicamente, a descoberta de drogas não tem a ver com números. É imaginação, é arte. Você precisa pensar. Apenas fazer milhões de screenings e milhões de sínteses de compostos não vai levar a uma nova droga. Minha analogia é a produção automobilística. Uma fábrica pode produzir milhões e milhões de carros, mas, se quiser vencer na Fórmula 1, ela precisa ter a melhor tecnologia, precisa ter um Ayrton Senna para pilotar e precisa ter uma excelente equipe nos boxes. A descoberta de drogas, para mim, é mais parecida com uma corrida de Fórmula 1. Não adianta fazer milhões de carros, para ganhar a corrida é preciso ter um carro de alta tecnologia, o melhor piloto e uma boa equipe.

Agência FAPESP – É preciso ter sorte também?

Campbell – Veja, nós sempre temos um objetivo. Sempre partimos de uma hipótese. Quando começamos com o Viagra, queríamos tentar inibir uma enzima que achávamos que estava envolvida com doenças cardiovasculares. Não tínhamos uma estrutura. Imaginamos como a enzima devia se parecer, com moléculas especificamente desenhadas para isso. Constatamos que o composto não tinha atividade cardiovascular alguma. Então, fizemos um teste final em voluntários homens, com dose máxima por dez dias e vimos duas ou três ereções. Depois disso, começamos a pensar como o composto funcionava. Paralelamente, o pessoal da área comercial nos alertou que a disfunção erétil era um problema médico crítico. Era uma grande preocupação e havia demanda. Vimos que tínhamos achado algo importante. Claro, tivemos sorte. Mas acho que fizemos nossa própria sorte. Criamos terreno fértil para que ela aparecesse.

Fonte: Agora Vale


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aparições de Nossa Senhora de Fátima


Ex.mo(a)s Senhore(a)s,

Aqui segue o anúncio de um livro que merece toda a atenção para este período que estamos a viver. Período em que as comemorações à volta do centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima se começam a ouvir.

Trata-se da obra: «HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA E O PORTUGAL DO SEU TEMPO. Álbum comemorativo dos 100 anos das Aparições (1917-2017)».

Como refere o Professor Doutor João César das Neves, Catedrático da Universidade Católica Portuguesa, no prefácio à obra:

«No meio da vasta literatura sobre Fátima, este livro é ... uma mensagem inesperada. Nestes quase cem anos já se escreveu quase tudo, de estudos científicos sólidos a disparates encartados, passando por obras devotas e turísticas. Não era de prever que algo ainda viesse surpreender os leitores. Mas o livro de José Carvalho consegue-o.

Primeiro pelo esplendor da imagem. A colecção de fotografias deste álbum traz-nos o sabor de tempos antigos e incomparáveis... Mas a principal surpresa é outra. Os volumes deste tipo costumam valer pela estética. A prosa limita-se a meras palavras de circunstância, que pouco mais fazem que de filetes às fotos. Não é costume o texto ser rigoroso, fundamentado, perspicaz e provocador, informativo e coalhado, também ele, de citações de intervenientes que constituem uma outra preciosa colecção de imagens.
Esta "História das Aparições de Fátima e o Portugal do seu tempo"... inclui-se entre os poucos trabalhos históricos cuidados sobre o tema».

Está agora a chegar às livrarias!

Solicitamos, sendo possível, e desde já agradecemos, a divulgação da obra!

VIDEO DA ENTREVISTA DADA PELO AUTOR À RTP AÇORES:
http://www.youtube.com/watch?v=VLeSt4x2Xz0

NOTICIA DO LANÇAMENTO DA OBRA NA AGÊNCIA NOTICIOSA  ECCLESIA:
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=85751

Apresentação da obra no programa «Livraria Ideal» da TVI 24:
http://www.youtube.com/watch?v=21MNwyklqvg

Aguardamos pelos vossos doutos comentários e estamos ao inteiro dispôr.

Cordialmente,
José Carvalho

Fonte: Email

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Exames no corpo de Amy Winehouse não apontam drogas


Segundo a família, análise toxicológica só indica presença de álcool, sem definir se teve fator determinante na morte da cantora

Os exames toxicológicos feitos no corpo de Amy Winehouse deram negativo para a presença de substâncias ilícitas, revelou um porta-voz da família da cantora nesta terça-feira (23). A análise acusou, no entanto, a presença de álcool no organismo, mas não determinou se ele foi uma das causas da morte da cantora.


Amy Winehouse foi encontrada morta no dia 23 de julho em sua casa, no bairro de Camdem Town, no norte de Londres. A autópsia feita pela polícia na época havia sido inconclusiva. O inquérito para determinar a causa da morte está previsto para terminar em outubro. No comunicado oficial, a família agradeceu a polícia "pela continuidade nas investigações e por mantê-los informados durante todo o processo".

Fonte: IG

Nordeste e Drogas. Deputados nordestinos discutem sobre drogas no Nordeste


O deputado federal Pastor Enrico (PE) ao falar no Seminário de Políticas Públicas de Combate às Drogas, em Fortaleza, na Assembleia Legislativa do Ceará, disse que resolveu combater as drogas depois de ser sequestrado com um filho em Pernambuco. O parlamentar elogiou a iniciativa da presidenta Dilma Rousseff de combater "este mal do crack, principalmente".

Na ocasião falaram também o deputado federal Artur Bruno (CE), o deputado federal Domingos Neto, e o deputado federal Givaldo Carimbão (AL).

Fonte: Política Real

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Programa de aids terá remédio para criança



Uma nova droga para tratamento de crianças e adolescentes com aids passará a ser distribuída pelo governo. O remédio, tripanavir, é o primeiro voltado exclusivamente para esses pacientes e representa uma opção para menores de 6 anos que já não respondiam a nenhum outro medicamento.

A mudança consta do novo consenso terapêutico infantil. Além do tripanavir, o documento inclui outras duas drogas que até então eram prescritas somente para adultos: fosamprenavir e darunavir. Os medicamentos serão distribuídos para crianças e adolescentes e combinados com outro antiaids, o ritonavir, em dosagens especiais. 

"Quando uma criança menor de 6 anos não respondia ao tratamento, não havia nada a ser feito, a não ser manter a terapia. Isso muda agora", afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. O novo consenso substitui uma versão anterior, de 2009. 


Existem no País cerca de 4 mil pacientes com menos de 13 anos. Desse total, 4,6% usam medicamentos chamados de 3ª linha - indicados para aqueles que não respondem mais a outros tratamentos.

Entre pacientes pediátricos, avalia Greco, o fenômeno da resistência tende a ocorrer mais rapidamente. Uma das razões apontadas é a menor aderência ao tratamento. "A falha no uso dos remédios ocorre não apenas por esquecimento, mas muitas vezes pelos efeitos colaterais que eles podem provocar na criança, como náuseas e diarreia", contou o diretor.

Novo paradigma. A maior parte das drogas indicadas até agora no tratamento de crianças era testada apenas em adultos. "Isso ocorria por regras de ética, que proibiam testes clínicos com idosos e menores", explicou. 

Essa interpretação, no entanto, vem mudando nos casos em que testes são de interesse direto de pacientes menores - como os que não respondem à terapia tradicional. Essa mudança permitiu a realização de um acompanhamento clínico do uso do tripanavir em crianças. 

De acordo com Greco, as novas drogas, além de mais esperança para pacientes que não respondem ao tratamento convencional, vão tornar mais fácil o uso do remédio, que virá em dosagens menores. 

Este ano, o governo vai investir R$ 2,8 milhões com a compra dos quatro medicamentos indicados para tratamento pediátrico. O valor representa 28% dos R$ 9,7 milhões destinados para a compra de remédios usados na terapia de crianças com HIV. 

Em 2009, o gasto brasileiro com pacientes pediátricos foi de R$ 6 milhões. Essas três drogas passam a ser as mais caras do conjunto usado para tratamento de crianças. 

O darunavir é produzido pela Janssen-Cilag; o tripanavir, pela Boehringer Ingelheim; o fosamprenavir é da Glaxo-Smith-Kline; e o ritonavir, da Abbott. Greco afirmou que o tripanavir não será usado em adultos.

Fonte: Estadão

domingo, 21 de agosto de 2011

Passo da Semana (21 a 27/08): 11º - CELEBRAR

Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus!.

sábado, 20 de agosto de 2011

Casal preso com 72 kg de maconha

A droga teria sido entregue ao casal em uma transportadora, localizada na avenida Francisco Sá.

Duas pessoas, entre elas uma mulher, foram presas em flagrante ao sair de uma transportadora, na avenida Francisco Sá, em Fortaleza. Eles estavam em um carro modelo Pampa. Dentro do veículo, o casal levava 72,4 quilos de maconha prensada distribuídos em tabletes. A droga estava guardada junto com roupas dentro de seis sacos grandes.

De acordo com Camila Lobo, adjunta da Delegacia de Narcóticos (Denarc), José Arimatéia de Sousa, 50, e Kelciane Morais Paiva, 26, foram detidos quando ainda estavam na avenida Francisco Sá. A delegada Camila informou que eles já vinham sendo investigados há cerca de um mês, após algumas denúncias anônimas.

Em depoimento, os acusados alegaram que não sabiam o conteúdo que estava dentro das sacolas. Segundo Camila, José Arimatéia e Kelciane não têm antecedentes criminais.

Suspeitas
O casal foi autuado em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Conforme a Polícia Civil, há indícios de que outras pessoas estejam envolvidas com Arimatéia e Kelciane no transporte de drogas. Ele ficará preso na Denarc e ela foi transferida para a Delegacia de Capturas, no Centro.

A delegada Camila Lobo informou que tudo indica que as outras pessoas que estariam envolvidas com o casal, tivessem recebido mais drogas na mesma transportadora essa semana. Segundo ela, as investigações vão continuar até que todos os envolvidos sejam presos. (Aline Braga)



Fonte: O POVO Online
Vídeo: TV Jangadeiro

Amanhã: Programa da Pastoral da Sobriedade na FM Dom Bosco 96,1



 Todo Domingo às 13:00hs.

Acompanhe também pela internet:
"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus"

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Seminário Estadual de Combate às Drogas no Ceará


Data: 22.08.2011 
Horário: 8h às 13h50min 
Local: Assembleia Legislativa do Estado do Ceará  (Endereço: Av. Desembargador Moreira, Nº 2807 – Bairro Dionísio Torres)

8h - Recepção, Credenciamento e Entrega de Material Organização Saguão da AL/CE

9h - Abertura solene com composição da mesa

• Dep. Est. Roberto Cláudio PSB/CE – Presidente da Assembleia Legislativa CE;
• Dep. Est. Delegado Cavalcante PSDB/CE– Comissão de Defesa Social AL/CE
• Dep. Fed. Givaldo Carimbão PSB/AL– Relator da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados;
• Dep. Fed. Domingos Neto PSB/CE – Coordenador do Seminário de Políticas Públicas de Combate às      Drogas
• Dep. Fed. Arthur Bruno PT/CE – Membro da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados
• Dep. Fed. Romário PSB/RJ – 1ª Vice Presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados

Plenário 13 de Maio

10h30min - Coffee Break Organização Saguão do Prédio das Comissões Parlamentares

11h - Debates e Trabalhos em grupo - Divisão de grupos por cada eixo temático tendo um mediador

• Palestra Eixo Temático 1 – Prevenção ao uso de drogas ( Solange Praxedes)
• Palestra Eixo Temático 2 – Tratamento e acolhimento (Juliana Sena)
• Palestra Eixo Temático 3 – Repressão ao Tráfico (Major Plauto)
Salas das Comissões

12h50min - Retorno ao Plenário e apresentação dos trabalhos de grupo – 10min. p/ cada grupo
Plenário 13 de Maio

13h20min - Encaminhamento de Propostas para Legislação
Eixo Temático 4 – Sugestões para Legislação Organização

Plenário 13 de Maio

13h50min - Encerramento do evento
Fonte: Agência Câmara de Notícias

É viciado no Facebook? Programa de 2 semanas te livra da dependência


Jovens viciados na rede social criaram um programa de reabilitação para diminuir as horas gastas no site

Quantas vezes por dia você se pega logando no Facebook? Cinco? Dez?  Mil? Pensando no vício que esta rede social se tornou, dois usuários assíduos, Dan Peguine e Siavosh Arasteh, criaram um programa de reabilitação para diminuir as horas gastas no site.

Segundo o site Social Times, o Facebook Rehab é um programa de duas semanas que teve início no dia 25 de julho na forma de planilhas do Google Spreadsheet armazenadas neste endereço. "Nós decidimos que era hora de nos curarmos do consumo do Facebook e fazermos coisas mais interessantes com o nosso tempo. Nas próximas duas semanas, decidimos que só iremos acessar o Facebook, no máximo, duas vezes por dia [seja pelo desktop ou pelo celular]", disseram os meninos em entrevista para o site.

Globalthoughtz

Os acessos foram registrados na planilha e compartilhados com os amigos para que todos que gostariam de se desintoxicar da rede, se juntassem ao programa de reabilitação. Sendo assim, qualquer pessoa pode incluir seu nome na planilha e registrar os acessos diários. O interessante é que se por algum momento o internauta sentir uma vontade extrema de acessar o site, ele pode se logar no Google Docs para papear com outro "viciado" que também está tentando se reabilitar.

A dupla inventora teve um ótimo feedback sobre o projeto e, por isso, já está levando o programa para um outro nível. Eles mudaram as planilhas para o FaceAnonymous.com e estão convocando os viciados na rede para se inscrever no site. Enquanto o FaceAnonymous não está disponível, que tal experimentar a técnica dos garotos? É possível, até mesmo, tomar como base a planilha deles.

Fonte: Olhar Digital

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Seminário realizado em Brasília abriu oficialmente o processo de organização da 5ª Semana Social Brasileira


Aconteceu em Brasília nos dias 10 e 11 de agosto, um encontro nacional de abertura de início dos trabalhos em preparação a 5ª Semana Social Brasileira (5ª SSB). O encontro aconteceu no Centro Cultural de Brasília e reuniu cerca de 110 pessoas de Pastorais e movimentos sociais de todas as regiões do país. A 5ª SSB tem como tema “A participação da sociedade no processo de democratização do Estado – Estado para quê e para quem”. O processo começa agora e se estende até o primeiro semestre de 2013, as discussões contemplaram a conjuntura brasileira no que tange a democracia e participação social no processo de construção de uma nação mais igual. Dom José Luiz, bispo auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza, que é membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e da Paz, participou do seminário.

Dentro do processo que conduzirá a 5ª Semana Social Brasileira, em uma das etapas, estão a retomada e a celebração da contribuição das Semanas Sociais anteriores, ligadas às das pastorais e movimentos sociais, ao processo de construção de uma sociedade realmente democrática no Brasil, uma democracia que, segundo as mesmas Semanas, deve alcançar e transformar todas as dimensões da vida em sociedade, incluída a economia, o Judiciário, o Estado, como também aprofundar a prática da democracia participativa, com atividades nos âmbitos local, municipal, diocesano, regional e nacional.

Informações com Francisco Vladimir (Assessor de Comunicação para a 5a. Semana Social Brasileira) (85) 9973 0089. Outras informações acessar página eletrônica da CNBB.

Fonte: Arquid. Fortaleza

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lei da Copa deve mudar Estatuto do Torcedor para liberar cerveja em estádio


A Lei Geral da Copa, em fase final de redação, deve mudar o Estatuto do Torcedor para permitir a venda de cerveja nos estádios brasileiros durante o Mundial de 2014.

As novas diretrizes, que serão instituídas especialmente para o torneio, irão suspender do início ao fim da competição o artigo que proíbe torcedores de portarem bebidas "suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência nas arenas".

O assunto foi discutido em uma reunião realizada na última segunda-feira entre representantes da Casa Civil, do Ministério do Esporte e da Advocacia Geral da União com a presidente Dilma Rousseff. O próximo passo será encaminhar a lei para o Congresso Nacional, fato que deve acontecer dentro de duas semanas, pelas contas de pessoas envolvidas no processo.


A aprovação dos congressistas, porém, ainda não significará que a autorização para o fim da lei seca nos estádios já foi dada. A Fifa, via COL (Comitê Organizador Local), terá também que negociar a liberação da cerveja com cada Estado e cidade, pois a proibição não é federal. A Lei Geral da Copa vai apenas relaxar o Estatuto do Torcedor para que ele não seja conflitante com as decisões municipais e estaduais de liberar a venda da bebida.

O Estatuto do Torcedor (confira documento abaixo), de 2003, não é claro em proibir cerveja no estádio. O artigo 13 informa que é vetada a "entrada de bebida ou substância proibidas", mas não diz se bebidas alcoólicas são consideradas proibidas.

Em alguns estados são proibidas bebidas alcoólicas dentro de praças esportivas, conforme leis estaduais.

MANOBRAS PARA DRIBLAR O ESTATUTO DO TORCEDOR?

Artigo 13 do Estatuto do Torcedor, de 2003, informa: não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de fgerar ou possibilitar a prática de atos de violência.

A comercialização de cerveja durante os jogos dos Mundiais é vista como um grande negócio pela Fifa, que nas duas últimas edições fechou um contrato milionário com a Budweiser, prestes a começar a ser produzida no Brasil. Todas as cidades que se candidataram à sede sabiam que teriam de aprovar a volta da cerveja.

Além da liberação do consumo de bebidas alcoolicas dentro dos estádios, a Lei Geral da Copa irá mexer em diversos outros temas polêmicos. Um deles, por exemplo, é o veto à comercialização de meia-entrada, outra exigência da Fifa em seus torneios.

Fonte: UOL

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Testemunho de Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa


Testemunho: implantação da Pastoral da Sobriedade em nossa paróquia de Nossa Senhora de Salette.

Gostaria de partilhar a grande obra que Deus está fazendo desde a implantação da Pastoral da Sobriedade em nossa paróquia de Nossa Senhora de Salette, na Bela Vista.




Desde a nossa chegada em 2008, percebemos, pelo levantamento do marco situacional em preparação à elaboração do Plano Pastoral, que o desafio maléfico das drogas em suas mais variadas expressões era uma realidade sempre presente e destruidora! Sempre tive um especial interesse por toda a vida pastoral de nossa Igreja, principalmente por aquela que denominamos de “pastoral de fronteira”, ou seja, sem desmerecer as demais pastorais, estas são as que quase ninguém se habilita em atuar de primeira mão. Tais pastorais (sociais) não empolgam nem tampouco nos apaixonam como um primeiro amor, todavia são muito importantes e necessárias como todos sabemos.

Quando o nosso bom Deus e Senhor permitiu, enviamos agentes de pastoral para a devida capacitação e eu também me coloquei neste processo de “conversão” para um programa de vida nova, pois assim considero a etapa de capacitação da Pastoral da Sobriedade: um caminho processual da nossa transformação para esta vida nova e plena, a qual o Senhor Jesus nos oferece.

Pois bem. Passados estes dias chegamos ao nosso CPP (Conselho de Pastoral Paroquial) para, então, iniciarmos os primeiros planejamentos da festa de nossa padroeira – Senhora de Salette, onde então, após uma breve reflexão, apresentei a necessidade de marcarmos estes festejos em pleno ano jubilar (no próximo ano estaremos fazendo 60 anos de evangelização) com um significativo e, por que não dizer, ousado sinal da força de Cristo.

Qual seria então? Que grande atração teria a nossa festa de 2011? Como estes festejos poderão estar sempre no coração das pessoas de nossa paróquia? Bem, coube a nós e ao Espírito Santo, juntamente com todas as forças vivas de nossa paróquia de Salette, decidirmos que a partir desse ano em nossa festa não teremos mais a venda nem o consumo de bebidas alcoólicas dentro do espaço social da igreja!

Tomamos esta decisão, pois não poderíamos fazer diferente uma vez que o Senhor, que nos ama, nos mostrou o caminho de uma vida nova por meio do programa da Pastoral da Sobriedade e nos pede que “brilhem as nossas ações diante dos homens para que vendo as nossas boas obras louvem o Pai que está nos céus”! (Mt 5,16). O nosso testemunho não poderia ser diferente nem contrário ao que foi estabelecido por Jesus em acolher a todos e foi esse o nosso desejo também convidar a todos para festejar conosco.

É interessante como Deus age na história humana, pois em nenhum momento foi cogitada alguma preocupação com a parte social ou mesmo financeira da festa – “os pagãos é que vivem procurando todas essas coisas” (Mt 6,32) e isto me alegrou profundamente, pois demonstrou que a nossa maior preocupação, os nossos maiores e melhores esforços estarão à disposição do anúncio do Reino e da evangelização que devem ser buscados em primeiro lugar (Mt 6,33).

Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa, Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Salette.

Fonte: Arquid. Fortaleza

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Congresso Sul Brasileiro Pastoral da Sobriedade


O Centro Cultural da SCAR, em Jaraguá do Sul (SC), será palco do II Congresso Sul Brasileiro da Pastoral da Sobriedade, que neste ano terá como terma “Prevenção e Recuperação”. O evento acontece entre os dias 19 e 21 de agosto e contará com a presença de participantes de diversas regiões do País. “Há confirmações até mesmo do Ceará e outros estados distantes, devido a importância do debate e o nível dos palestrantes”, informa Valério da Costa, um dos integrantes da comissão organizadora. De acordo com ele, o Congresso tem como objetivo principal oferecer subsídios para capacitar as pessoas que de alguma maneira, se identificam com a causa e desejam lutar pela vida, tornando-se agentes da Pastoral da Sobriedade, através de palestras, depoimentos, testemunhos de vida e principalmente a troca de experiências.

A programação começa na noite da sexta-feira, dia 19, tendo como principal palestra da noite com o Bispo Dom Irineu Danelon. O tema é “Passos a serem dados para amar como Jesus amou”. Foi Dom Irineu quem criou a Pastoral da Sobriedade, para lidar com as pessoas dependentes de álcool, outras drogas e os vícios.

Carlos Humberto Gothchalk é outro palestrante confirmado. No sábado, dia 20, ele falará sobre o vício e os males do tabaco, sob o tema é “Parar de fumar para quê?”. Ele é Mestre de Teologia e destacará a espiritualidade na ajuda para deixar de fumar.


No mesmo dia, haverá outra palestra, com José Augusto Soavinski. Ele destacará a campanha contra a legalização das drogas. Soavinski é de Curitiba (PR) e foi fundador da União dos Conselhos Comunitários de Segurança do Paraná, Membro da equipe Estadual e Nacional de prevenção contra as drogas da Pastoral da Sobriedade, e um dos grandes incentivadores da criação dos Conselhos Municipais Anti-drogas. Há 17 anos, faz palestras em escolas, retiros religiosos e empresas.

O padre Reginaldo Manzotti é outra presença confirmada para o sábado, dia 20. Às 16h15, o padre Reginaldo sobe ao palco do teatro não para um show, mas para uma palestra sob o tema “Prevenção e recuperação na família”.

No domingo, o Congresso encerra às 13h, mas, desde às 8h acontecem outras três palestras. A primeira com o padre Krüger, que falará sobre Sobriedade do Agente. Co-Dependência é o tema que a coordenadora nacional da Pastoral da Sobriedade, Ana Martins Godoy Pimenta, apresentará aos participantes. Para fechar, o Bispo da Diocese de Joinville, Dom Irineu Scherer abordará os desafios da família no mundo de hoje.

A Pastoral
A Pastoral da Sobriedade é a ação concreta da Igreja na Prevenção e Recuperação da dependência química. É uma ação pastoral conjunta que busca a integração entre todas as Pastorais, Movimentos, Comunidades Terapêuticas, Casas de Recuperação para, através da pedagogia de Jesus-Libertador, resgatar e reinserir os excluídos, propondo uma mudança de vida através da conversão.

No Brasil, está presente em 24 estados, 17 Regionais, 132 dioceses e 627 paróquias. O país conta ainda com 707 grupos da Pastoral. O primeiro Congresso aconteceu entre 6 e 8 de abril de 2001, em Curitiba (PR).

Informações sobre a programação: www.epistemeeventos.com.br

e-mail: eventos@epistemeeventos.com.br

Telefone: (47) 3371-6757

Entrevistas: Valério da Costa (47) 3370-2266

Fonte: Jaguará Notícias

domingo, 14 de agosto de 2011

Amanhã: 9ª Caminhada com Maria


Vamos todos caminhar com Maria. Falta apenas 1 dia. Amanhã a partir das 14h no Santuário da Assunção.

Convocação geral aos Agentes da Pastoral da Sobriedade Fortaleza, Regional NE 1 e a todos que estiverem por aqui de férias, a passeio por Fortaleza, vamos todos caminhar com Maria...




Observações Importantes:

Não esqueça de levar rádio ou celular com rádio, pois as rádios AM Shalom 690 e FM Dom Bosco 96.1 estarão transmitindo ao Vivo.

Você morador da Av. Leste Oeste, deixe seu rádio sintonizado em uma das frequências acima, durante toda a caminhada. Você estará contribuindo diretamente com a evangelização do povo de Deus.

Dê preferencia a roupas leves para fazer a caminhada, por exemplo: Roupas de cor clara, como a camisa oficial do evento, tênis e boné.

Vá bem alimentado para a caminhada, porém evite alimentos pesados e gordurosos. É sempre bom levar alimentos como frutas para servir de lanches no percurso.

Não esqueça sua garrafinha com água. Hidratação é essencial para uma caminhada tão longa.

Por segurança, sempre indicamos não levar objetos de valor como bolsas, jóias e relógios.


"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus".

Passo da Semana (14 a 20/08): 10º - SERVIR

Senhor, SERVINDO, a exemplo de Maria, nossa mãe e de todos, queremos, gratuitamente, fazer dos excluídos os nossos preferidos, através da Pastoral da Sobriedade.

sábado, 13 de agosto de 2011

Álcool nas prateleiras


As vendas nos supermercados brasileiros cresceram 3,68% em janeiro deste ano, se comparado ao mesmo mês do ano passado. Os dados são de um levantamento divulgado no começo desta semana pela Abras (Associação Brasileira dos Supermercados). Em termos de volume, as vendas também expandiram, chegando a alcançar uma taxa 6,7% maior no balanço de 2010, referente ao de 2009


O resultado até seria digno de comemoração se não tivesse sido puxado pela cesta de bebidas alcoólicas, cuja alta foi de 15,1%. A cerveja está mais uma vez entre os produtos que registraram maiores altas de vendas no último ano e foi uma das grandes responsáveis pelo lucro dos proprietários das redes de supermercado. Apesar de janeiro ser um mês pesado para os gastos familiares, com impostos e despesas escolares, o brasileiro continua “bebendo grande parte do salário”.


A Abead acredita que apesar dos índices demonstrarem um favorável aquecimento do mercado, dessa vez não há motivos para alegrias. O álcool não é uma mercadoria qualquer e por isso não deve ser tratado como tal. A simples exposição do produto aos frequentadores de supermercado pode ser considerada uma apologia ao “beber”, que se consuma na oferta de doses gratuitas em promoções eventuais, especialmente entre os vinhos. Além disso, as crianças que acompanham os pais durante as compras são precocemente expostas ao estímulo de beber pela mesma disposição de bebidas alcoólicas em suas embalagens coloridas e atraentes nas infinitas prateleiras. É por esses e outros motivos que a Associação defende a venda exclusiva do álcool por lojas específicas com regulamentação própria.

Fonte: ABEAD

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bento XVI explica significado da festa da Assunção de Nossa Senhora


Papa Bento XVI explicou que, "na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, celebramos a passagem da condição terrena à bem-aventurança celeste daquela que gerou na carne e acolheu na fé o Senhor da Vida".

O Santo Padre lembrou que a veneração da Virgem Maria acompanha desde o início a caminhada da Igreja e a partir do século IV surgem festas marianas. "Em algumas é evidenciada a função da Virgem na história da salvação, em outras são celebrados os momentos principais de sua existência terrena", disse o Papa.
Bento XVI ressaltou que o significado da festa do dia 15 está contido na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, promulgada pelo Venerável Papa Pio XII em 1° de novembro de 1950. "A Imaculada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, concluída sua vida terrena, foi assunta ao céu na glória celeste em corpo e alma", afirma o documento.


Artistas de todas as épocas pintaram e esculpiram a santidade da Mãe do Senhor adornando igrejas e santuários. Poetas, escritores e músicos tributaram honras à Virgem com hinos e cantos litúrgicos. Do oriente ao ocidente a Mãe do Céu é invocada como santíssima que traz o Filho de Deus nos braços, cuja proteção toda humanidade encontra refúgio com a antiga oração: 'À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mais livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita', destacou o Papa.

Bento XVI ressaltou que no Evangelho do dia 15, São Lucas descreve a plenitude da salvação através da Virgem Maria. No seio de Maria o Onipotente se fez pequeno e Maria depois do anúncio do Anjo visita a sua prima Isabel para levá-la o Salvador do mundo. As duas mulheres, que esperavam a realização das promessas divinas, saboreiam agora a alegria da vinda do Reino de Deus, a alegria da salvação.

Bento XVI exorta-nos a confiar em Maria que "assunta ao céu, não renunciou à sua missão de intercessão e salvação", citando as palavras do Papa Paulo VI.

O Papa pediu à Virgem Maria, guia dos Apóstolos, auxílio dos Mártires e luz dos santos, para que nos acompanhe nesta vida terrena e nos acolha um dia junto de seu Filho Jesus.

Fonte: Vaticano

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CFM apresenta diretrizes para tratamento de usuários do crack


Preocupado com o crescente número de dependentes, Conselho Federal de Medicina quer
disseminar entre médicos informações úteis para tratamento


 O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou nesta quarta-feira (10) protocolo de assistência a usuários e dependentes de crack. O documento, intitulado Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack (acesse), foi formulado pela Comissão de Ações Sociais da entidade a partir de uma pauta de discussões realizadas em 2010 e 2011 em um fórum, um seminário e uma oficina – encontros dos quais participaram especialistas, pesquisadores e representantes de instituições interessadas no tema.

As Diretrizes definem conceitos relacionados à droga e a seu uso, assim como aspectos gerais e específicos do tratamento. A cerimônia de lançamento da publicação foi realizada na sede do CFM, em Brasília, e teve a presença de autoridades do governo, parlamentares, representantes de entidades médicas e de instituições de saúde.

O presidente do Conselho, Roberto d’Avila, destacou que, quando se trata do crack, 1/3 dos usuários morrem (85% deste por causas violentas), outros 1/3 permanecem com deficiências crônicas e perdas cognitivas, e somente 1/3 dos usuários se curam. “Penso que não há ninguém que não fique impressionado com a epidemia que se instalou no país. Todos precisam estar envolvidos nesta luta, e o CFM fará sua parte com projetos continuados e capacitação dos médicos”.

O 2º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte (PP-PE), apontou que a ação do CFM é importante no momento em que o uso da droga de tornou uma tragédia. “Se não nos unirmos e tomarmos um providência teremos um amanhã cada vez mais difícil”.

Divulgação - “Em síntese, as Diretrizes servem de guia para capacitar médicos, especialmente do Sistema Único de Saúde, para o atendimento de usuários de crack. O lançamento da publicação marca o início de seu envio para instituições a que estão vinculados profissionais que planejam e executam ações em saúde, como o Ministério e as secretarias estaduais e municipais de saúde e os sindicatos e conselhos de médicos”, afirmou Ricardo Paiva, membro da Comissão de Assuntos Sociais do Conselho.

De acordo com o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital, o Conselho também incentivará a divulgação das Diretrizes em âmbito nacional e regional. “Apoiaremos a organização de fóruns e seminários sobre o tema pelos conselhos regionais de medicina”, disse. O documento também poderá ser encontrado na internet. (Clique aqui).

 Tratamento
As Diretrizes indicam, por exemplo, o encaminhamento que deve ser dado aos usuários de crack no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com referência, entre outros recursos, à estrutura de urgências e emergências, de consultórios de rua e de albergues terapêuticos.

Com o auxílio das diretrizes, os médicos poderão avaliar e manejar casos de urgência que envolvam intoxicação, abstinência aguda ou overdose. Os profissionais também passam a dispor de orientações sobre as etapas dos processos de atendimento e as abordagens mais indicadas aos usuários.

Além das diretrizes médicas, o Conselho também apresentou diretrizes para a assistência ao usuário do crack voltadas para a sociedade. Estruturadas sobre três eixos (policial, saúde e social), as recomendações indicam ações que podem auxiliar na redução do consumo dessa droga. “O enfrentamento da droga só será possível se houver uma ação conjunta de vários órgãos do governo e a sociedade”, apontou o presidente do CFM, Roberto d’Avila.

A entidade também mantém o hotsite www.enfrenteocrack.org.br com informações de locais para internações, legislação e campanhas.

Números
Pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), realizada em 2005, indica que 0,7% da população brasileira de 12 a 65 anos havia usado crack pelo menos uma vez na vida.

Entre os entrevistados na pesquisa, 0,1% disse ter usado crack no período de um ano anterior à entrevista e 0,1% afirmou ter consumido a droga no período de 30 dias anterior à entrevista. O maior percentual de pessoas que haviam consumido a droga pelo menos uma vez na vida encontrava-se no grupo de sexo masculino com idade entre 25 e 34 anos: 3,2%, o que à época correspondia a 193 mil pessoas.

A pesquisa revelou ainda que 44,9% da população consideravam “muito fácil” obter crack caso desejasse, o que equivalia a 22.305.000 pessoas. O Ministério da Saúde estima que atualmente existam 600 mil usuários de crack no país. No entanto, há divergências sobre este número. Alguns pesquisadores estimam essa população em torno de um milhão de pessoas.

Outra pesquisa do Cebrid, realizada em 2010 entre estudantes de escolas públicas e particulares das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, indica que 0,4% dos estudantes haviam usado crack no período de um ano anterior às entrevistas.

Fonte: UNIAD

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Chance de viver


A internação compulsória não é prisão, não é criminalização, tampouco é varrer o problema das drogas para debaixo do tapete; a questão é urgente.

Desde a época em que implantei as melhorias na infraestrutura da região da Luz, como então subprefeito da Sé e depois secretário das Subprefeituras de São Paulo, há seis anos, venho observando atentamente o flagelo dos dependentes químicos na cracolândia.

Posso afirmar: viver em completo estado de degradação não é uma escolha consciente. Ninguém que esteja gozando minimamente de sua vontade própria pode considerar como opção a realidade dessas pessoas que seguem, todos os dias, a única alternativa que a droga lhes proporcionou como uma dura sentença de morte.

Todos sabemos quão forte e destrutivo é o vício e quão difícil é sair dele.
Nos últimos dias, a internação compulsória tem sido citada como uma possibilidade real de tratamento para quem chegou ao último estágio da dependência.

O tema surge envolto em polêmica e contraposto ao direito de escolha, que é e deve continuar sendo um direito sagrado; mas se tal liberdade já está tolhida pelo uso indiscriminado de drogas, não vejo como desconsiderar a prioridade do direito à vida.

Quando um dependente ainda tem a atenção de sua família, e esta tem condições para tanto, a internação compulsória é um ato de amor. No nível mais alto do flagelo causado pela droga, ele já abandonou a família ou foi abandonado por ela. Não pode também ser abandonado pelo poder público. A meu ver, isso é omissão de socorro.

Obviamente, a internação compulsória deve ser o último estágio de uma política pública baseada na prevenção e na repressão ao tráfico, e isso não se faz apenas com polícia. Enquanto estivemos na prefeitura, lavamos as ruas duas vezes ao dia, iluminamos a região da Luz, fechamos bares, hotéis, ferros-velhos e diversos estabelecimentos ilegais usados pelo crime.

Tudo isso inibiu a presença do traficante, mas em nada melhorou as condições de saúde daqueles que por lá vagavam acendendo seus cachimbos. Para mim, essa experiência deixou claro que se aquelas pessoas não fossem afastadas dali para tratamento adequado, nada seria capaz de salvar suas vidas.

A internação compulsória não é prisão, não é criminalização, tampouco é varrer o problema para debaixo do tapete. A questão é urgente. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgou recentemente os resultados de uma pesquisa com 131 usuários de crack atendidos em uma enfermaria de desintoxicação em São Paulo.

Em 12 anos, dos 107 pacientes, 27 tinham morrido, a maior parte de morte violenta ou de Aids; dois estavam desaparecidos; 13 foram presos e outros 22 continuavam usando a droga. Apenas 43 deles conseguiram se curar do vício.

Número pequeno, mas que dá esperança.

Na edição da Folha de 31 de julho, o psicólogo americano Adi Jaffe, ele mesmo um ex-dependente, defendeu que “até a reabilitação feita à força é melhor do que nada”.

Jaffe foi tratado compulsoriamente, sobreviveu e retomou o controle sobre sua vida. Hoje, trabalha estabelecendo critérios para avaliar a qualidade do tratamento para dependentes químicos. Está vivo. Creio que todos deveriam ter a mesma chance.

ANDREA MATARAZZO é secretário da Cultura do Estado de São Paulo. Foi secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo e subprefeito da Sé (gestões Serra-Kassab), ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (1999-2001), embaixador do Brasil na Itália (2001-2002) e secretário de Energia do Estado de São Paulo (governo Covas).

Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tratamento obrigatório de Drogas - De fato uma violação aos direitos humanos?


Controle de Drogas, Direitos Humanos, e o Direito ao Mais Alto Padrão de Saúde Alcançável: De Forma Alguma Questões Simples

REVISTA TRIMESTRAL DE DIREITOS HUMANOS - Projeto MUSE

Pesquisa de Hoje. Inspiração de Amanhã
Saul Takahashi*

Um dos princípios não declarados, mas fundamentais, da filosofia da redução de danos é que submeter o vício em drogas a tratamento deve ser sempre uma escolha da parte do viciado. Em outras palavras, nenhuma pessoa deve ser forçada ao tratamento do vício em drogas contra a sua vontade, e, na medida em que o viciado ainda não toma a escolha de se submeter ao tratamento, o estado deve fornecer instalações para que ele possa alcançar o mais alto padrão de saúde, levando em conta o fato do seu vício. Como afirmado pelo Centro Canadense de Abuso de Substâncias:

As estratégias de tratamento obrigatório são contrárias às...abordagens de redução de danos. A redução de danos é fundada na noção de oferecer aos participantes escolhas e opções para o seu tratamento, enquanto reconhece que muitos indivíduos com problemas de abuso de substâncias podem não estar dispostos a parar de usar drogas. Em tais casos, é importante “encontrá-los onde estão” a fim de gradualmente reduzir os comportamentos prejudiciais e de alto risco...

Forçar os indivíduos a se submeter a tratamento para abuso de substâncias pode ser visto como uma violação às suas liberdades civis.

Além disso, o direito ao mais alto padrão de saúde alcançável inclui o direito de não receber tratamento médico involuntário de qualquer espécie. O Artigo 12 do ICESR foi o assunto de um Comentário Geral da CESCR que declara:

O direto à saúde não deve ser entendido como um direito a ser saudável. O direito à saúde contém tanto liberdades e direitos. As liberdades incluem o direito de se controlar a saúde e o corpo, incluindo a liberdade sexual e reprodutiva, e o direito de ser livre de interferências, tais como o direito de ser livre de tortura, de tratamento médico não consensual e de experimentação. Por contraste, os direitos incluem o direito a um sistema de proteção da saúde que forneça igualdade de oportunidades para que as pessoas gozem do mais alto padrão de saúde alcançável.

                  Há pouca elaboração sobre o direito de ser livre de tratamento involuntário, e o conceito pode ser tão óbvio a ponto de não precisar de explicações mais aprofundadas. Certamente, tratamento “médico” involuntário tem sido a causa de uma ladainha sobre os abusos dos direitos humanos no mundo, incluindo encarceramento para “doenças mentais” na União Soviética e esterilização forçada de pessoas com doenças mentais na Suécia. As liberdades incluem o direito de se controlar a saúde, incluindo o direito de ser livre de tratamento médico não consensual e de experimentação. Os direitos incluem o direito a um sistema de proteção à saúde (p.e. assistência à saúde e os determinantes subjacentes da saúde) que forneça igualdade de oportunidades para que as pessoas gozem do mais alto padrão de saúde alcançável.

                  Outras organizações têm também argumentado que, se imposto, o tratamento para o vício em drogas é uma violação aos direitos humanos. A Fundação Beckley, por exemplo, inclui o “tratamento coercivo de drogas” entre a ladainha dos abusos dos direitos humanos que acontece dentro do contexto dos esforços contra as drogas. Eles declaram:

Em muitos países, as pessoas que usam drogas podem passar por “tratamento” e “reabilitação” forçados. Ao invés de ser desencorajado, tal tratamento obrigatório é especificamente permitido na Convenção Única de Narcóticos de 1961...A lei da China, por exemplo, dita que “os usuários de drogas devem ser reabilitados.” Aqueles que são presos por posse e uso de drogas devem ser enviados aos centros de desintoxicação forçada sem qualquer julgamento ou outro processo legal semelhante...Por toda a sua “guerra contra as drogas” de 2003, o governo da Tailândia tomou uma variedade de passos coercivos para forçar as pessoas a se inscrever em programas de tratamento de drogas. Inicialmente, o governo tailandês obrigava que todos os usuários de drogas comparecessem a tratamento de drogas. Aqueles que não se “voluntariassem” ao tratamento durante os primeiros poucos meses da guerra contra as drogas estavam sujeitos à prisão e a tratamento compulsório, e eram colocados nas listas negras que eram amplamente publicadas por toda a comunidade local e compartilhadas com a polícia local.

Enquanto as práticas na China e na Tailândia são, de fato, violações aos direitos humanos, é apresentado que a questão não é o tratamento obrigatório, mas a falta do devido processo legal, assim como as condições de detenção que violam as normas dos direitos humanos.

                  Muitos países com procedimentos de justiça criminal muito mais em conformidade com os padrões internacionais dos direitos humanos do que a China ou a Tailândia implementam algum nível de coerção seguindo os procedimentos que aderem aos padrões dos direitos humanos para assegurar que os viciados em drogas se submetam a tratamento. Em especial, vários países usam procedimentos especializados para lidar com transgressores de drogas que não são violentos, incluindo o que são geralmente chamados de “tribunais para dependentes químicos.”De acordo com a UNODC, eles estão em operação na Austrália, Nova Zelândia, Barbados, Bermuda, Brasil, Canadá, Ilhas Caimã, Chile, Jamaica, Trinidade e Tobago, Estados Unidos, Noruega, Escócia e Irlanda.

                  Embora os tribunais para dependentes químicos variem consideravelmente de jurisdição para jurisdição, o modelo geral é o mesmo; os transgressores de drogas que não são violentos (aqueles considerados culpados por simples abuso ou posse de drogas, em oposição ao tráfico) são encaminhados a tribunais especializados que geralmente fornecem ao transgressor a escolha de se submeter a tratamento ou de encarceramento. O transgressor se submete a tratamento enquanto é supervisionado de perto pelo tribunal de drogas, e, geralmente, mais especificamente por equipes multidisciplinares que fornecem ao transgressor assistência em outras áreas. A conclusão bem-sucedida do tratamento leva à suspensão ou indeferimento do processo penal.

                  Alguns praticantes e acadêmicos discordam da eficácia da abordagem dos tribunais para dependentes químicos. Entretanto, os países onde essa abordagem existe concordam que é uma ferramenta útil para encaminhar os viciados em drogas ao tratamento, e a abordagem parece estar em crescimento internacionalmente. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos concluiu que os tribunais para dependentes químicos rapidamente identificam os transgressores usuários de substâncias e os colocam sob monitoramento judicial contínuo e sob supervisão comunitária, juntamente com serviços de tratamento eficientes e de longo prazo...Pesquisas verificam que nenhuma outra intervenção judicial é capaz de alcançar os mesmos resultados produzidos pelos tribunais para dependentes químicos...De acordo com mais de uma década de pesquisas, os tribunais para dependentes químicos melhoram significativamente os resultados do tratamento de abuso de substâncias, reduzem substancialmente a criminalidade, e consegue melhor custo-benefício do que qualquer outra estratégia de justiça.

Um estudo conduzido pela Controladoria Geral dos Estados Unidos revelou “um nível mais baixo de reincidência para pessoas que se submeteram a tratamento através da supervisão dos tribunais para dependentes químicos.” Além disso, a INCB defende o uso de tribunais para dependentes químicos especializados:

O Painel nota, por exemplo, o impacto positivo dos “tribunais de tratamento de drogas,” como tribunais especiais para transgressores de drogas, que têm sido estabelecidos em um pequeno, porém crescente, número de países onde, a propósito, transgressores que apresentam baixo nível de violência podem receber assistência empregando uma abordagem multidisciplinar. O Painel vê potencial nesses tribunais que contribuem mais para lidar com o indivíduo subjacente, segurança pública, saúde pública e problemas comunitários de crimes e violência relacionados às drogas.

Outros países têm abordagens comparáveis, com metas semelhantes aos tribunais para dependentes químicos, buscando promover o tratamento e reabilitação. No Reino Unido, os tribunais podem emitir ordens para a reabilitação de drogas, requerendo tratamento e testes de drogas regulares sob a supervisão do serviço de liberdade vigiada. Em Portugal, as pessoas apreendidas com posse de uma pequena quantidade de drogas - não acima do limite para se supor legalmente que elas estejam cometendo tráfico - são trazidas diante das Comissões para a Dissuasão da Toxicodependência. Essas comissões são constituídas por pessoas e profissionais legais com experiência médica, psicológica, ou farmacológica, que fazem uma avaliação sobre se a pessoa é viciada em drogas e, em caso positivo, encaminham-na a tratamento. As Comissões para a Dissuasão têm declaradamente sido bem-sucedidas em encorajar números crescentes de viciados a se submeter a tratamento.

                  Em Março de 2008, a UNODC e a OMS publicaram um documento conjunto intitulado “Princípios do Tratamento da Dependência de Drogas.” Embora denominado um “documento de discussão,” o documento claramente ressalta a posição conjunta de ambas as organizações sobre questões a cerca do tratamento do vício em drogas e adota um posição intermediária sobre a questão. O documento ressalta que um dos principais princípios do tratamento deve ser “os direitos humanos e a dignidade do paciente” e afirma que os serviços de tratamento de drogas estão de acordo com as obrigações dos direitos humanos e reconhecem a dignidade inerente de todos os indivíduos. Isso inclui responder ao direito de gozar do mais alto padrão de saúde alcançável e de bem-estar, e assegurar a não discriminação...[com]o qualquer outro procedimento médico, em condições gerais, o tratamento de dependência de drogas, seja psicológico ou farmacológico, não deve ser forçado aos pacientes. Apenas em situações críticas excepcionais de alto risco próprio ou para outros, o tratamento compulsório deve ser obrigatório, em condições e por períodos de tempo específicos como especificado pela lei.

                  Ao mesmo tempo, o documento segue para sublinhar que “quando o uso e posse de drogas resulta em sanções penais impostas pelo estado, o oferecimento de tratamento como uma alternativa à prisão ou a outra sanção penal se apresenta como uma escolha para o paciente/transgressor, e embora isso implique em um grau de coerção ao tratamento, o paciente tem o direito de rejeitar o tratamento e escolher, ao invés dele, a sanção penal.” As duas organizações portanto reconhecem a abordagem dos tribunais para dependentes químicos como legítima, mesmo embora o processo, de fato, envolva forçar os viciados a se submeter a tratamento.

                  Claramente, a decisão de se submeter a tratamento no contexto dos tribunais para dependentes químicos não é estritamente voluntária. Considerando-se que a alternativa seriam sanções penais, incluindo a prisão em alguns casos, os transgressores certamente têm um forte incentivo a se submeter a tratamento. Por exemplo, a Lei de HIV/AIDS do Canadá argumenta que há um número de preocupações com os direitos humanos que ainda precisam ser completamente avaliadas no contexto dos tribunais para tratamento de dependentes químicos...Os tribunais para tratamento de dependentes químicos empregam o peso do sistema judicial criminal para ordenar às pessoas que usam drogas a se submeter a tratamento. O fato de que os participantes entram em tratamento sob a ameaça do encarceramento, ou se abstêm das drogas com o intuito de evitar sanções, tem sérias implicações para o direito à integridade do corpo, o direito à privacidade e o direito à igualdade.

Entretanto, é apresentado que nem todo nível de involuntariedade nessa área é uma violação aos direitos individuais. A sociedade tem um forte interesse em assegurar que as pessoas que são viciadas em drogas se submetam a tratamento para a sua condição e, esperançosamente, superem o seu vício. Mesmo em nível individual, certamente se poderia sustentar o argumento de que assegurar que uma pessoa se submeta a tratamento para vício em drogas, mesmo com um nível de coerção, seria a forma mais eficiente de garantir que ela seja capaz de alcançar o mais alto padrão de saúde possível. Excluir completamente a possibilidade de qualquer nível de coerção seria, em muito casos, excluir a possibilidade de que o viciado possa superar o seu vício.

                  A realidade do vício em drogas é que ele destrói - ou pelo menos suspende - o livre arbítrio do viciado. Ainda que se leve em consideração os variantes graus individuais de vício, a o viciado se encontra em uma situação em que está, até certo ponto, consistentemente sob a influência das drogas. Não se pode fingir que a “decisão” de não se submeter ao tratamento é inteiramente livre. A situação é fundamentalmente diferente da de que se encontra o indivíduo que, por razões religiosas, escolhe não se submeter a um tratamento específico para uma doença fatal. Decisões tomadas sob a influência das drogas não são decisões de livre arbítrio, e basear um argumento na premissa de que isso é assim é se aproximar perigosamente de argumentar que há um direito ao abuso de drogas.

                  É claro, isso não é afirmar que todas as pessoas que abusam de drogas perdem a sua capacidade de tomar decisões racionais. A questão de se o consentimento da parte do viciado é um pré-requisito necessário para que o tratamento do vício em drogas seja eficiente é uma que continua sendo um assunto de debate. Pelo menos algum grau de motivação é desejável, mesmo porque, como uma questão prática, ela geralmente leva a melhores resultados.Entretanto, muito tem a ver com as circunstâncias específicas individuais, e a questão desafia generalizações de qualquer natureza. Declarações gerais de que o tratamento obrigatório é uma violação aos direitos humanos do viciado não são nem úteis nem prática e, no final das contas, não são baseadas na realidade do vício em drogas.

                  A redução de danos certamente tem um papel importante a desempenhar, mas um tanto como uma medida “substituta” até que o viciado se submeta a tratamento e, esperançosamente, supere o seu vício - não como um fim em si. Muitos parecem ter perdido essa visão, fomentando uma abordagem resumida sucintamente em um documento emitido pelo Instituto Transnacional: “um mundo sem drogas nunca existirá. A ideologia da “tolerância zero” precisa ser substituída pelo princípio da redução de danos, que oferece uma abordagem mais pragmática, favorecendo políticas capazes de reduzir os danos relacionados às drogas tanto quanto possível, seja para o consumidor ou para a sociedade em geral.” Indaga-se como esse argumento se desenvolveria na área dos direitos humanos. Enquanto pode-se discutir que um mundo sem violações aos direitos humanos nunca existirá, isso, certamente, não é desculpa para descartar o ideal e continuar a lutar por essa meta. O mesmo deve se aplicar ao controle de drogas.
* Saul Takahashi trabalhou até Março de 2009 no Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes como Especialista de Controle de Drogas na Seção de Avaliação de Convenções da Secretaria do Painel Internacional de Controle de Narcóticos. Entretanto, ele começou sua carreira trabalhando para a Anistia Internacional no campo de refugiados, e tem sempre se mantido fundamentalmente um advogado pelos direitos humanos. Takahashi tem um LL.M. em Direito Internacional dos Direitos Humanos pela Universidade de Essex, e tem lecionado questões de segurança humana na Pós-Graduação da Universidade de Tóquio. Ele está atualmente conduzindo pesquisas visando um Ph.D., comparando a eficiência dos corpos de tratados nos campos dos direitos humanos e controle de drogas.
As opiniões expressas neste artigo são exclusivamente do autor, e não necessariamente representam a visão do Painel Internacional de Controle de Narcóticos, do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes, ou de qualquer organização ou órgão dos Estados Unidos.

Revista Trimestral de Direitos Humanos 31 (2009) 748-776 © 2009 de The Johns Hopkins University Press

(as referências desse capítulo estão inseridas no pdf abaixo)
acesse na íntegra: Projeto Muse.pdf

Fonte: UNIAD
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