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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

É proibido beber

Não, seu filho não precisa provar a cerveja do pai ou o vinho da mãe. Até uma gota de Álcool pode causar mal. Entenda por quê.

Todo mundo já presenciou aquela cena do pai molhando a chupeta na cerveja e dando para o bebê. Ou então a mãe mergulhando o palitinho da caipirinha e oferecendo uma gotinha para a filha pequena. Parece inocente, mas esses “pingos” de álcool são muito prejudiciais à saúde das crianças. Isso porque experimentar bebidas alcoólicas antes dos 15 anos aumenta em 15 vezes a chance de se tornarem usuários problemas e em 5 vezes o risco de a criança se transformar em dependente do álcool, segundo pesquisa da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência).

E não estamos falando em uso pesado de álcool na infância, não. Uma criança não precisa de um copo ou mais para viver os efeitos negativos da bebida. Uma gota já é suficiente para ela reconhecer precocemente o gostinho e a sensação de bem-estar. Além disso, os efeitos da substância no corpo de um bebê serão muito mais prejudiciais do que no de um adulto.

Quando entra no organismo, o Álcoo vai diretamente para o cérebro, o fígado, o Rim e o Coração. Como a criança está em desenvolvimento, pode prejudicar a formação dos neurônios, acarretar problemas nos batimentos cardíacos e levar a problemas de aprendizado e de desenvolvimento psicomotor.

Além dos efeitos físicos, há também as consequências do ponto de vista psicológico. A psiquiatra Camila Magalhães, filha de Sonia e Clovis, explica que, ao receber uma bebida alcoólica dos próprios pais, a criança se sente autorizada a beber. Aí, quando chega à adolescência, acha que pode beber muito, porque não viu problema nisso durante a infância.

Um mito comum entre os pais é o de que colocar limites e proibições é ainda pior, porque, quando tiver liberdade, o jovem vai exagerar. A psiquiatra explica que isso só acontece quando o “não” vier sem embasamento. Se os pais souberem explicar que a bebida só deve ser consumida por adultos, a criança vai entender. Quando chegar na idade certa, o jovem vai saber beber moderadamente, desde que tenha o bom exemplo em casa, claro.

Um maior de idade tem mais maturidade e capacidade de discernir e assumir uma série de responsabilidades do que o menor. “Culturalmente, o jovem bebe para se embriagar, para fazer parte do grupo, se desinibir. É diferente da quantidade moderada que o adulto bebe. Esses jovens acabam se envolvendo em brigas, acidentes, sexo desprotegido etc.”, diz Camila.

Além da responsabilidade, tem também a questão física. “Até os 18 anos, o cérebro está em maturação; por isso, não pode ser bombardeado por nenhuma substância psicoativa”, explica Camila. Não é à toa que esta é a idade estabelecida por lei para que se possa consumir bebidas alcoólicas. Em alguns países, essa idade é ainda maior, 21 anos.

Apesar da lei, os estudantes brasileiros têm o primeiro contato com álcool, em média, aos 12 anos, segundo o CebridCentro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Esse contato acontece principalmente por duas vias: família ou amigos. Além de tudo isso, a bebida é vista, por muitos especialistas, como porta para outras drogas, como maconha e, depois, cocaína. Portanto, mantenha longe de seu filho qualquer bebida alcoólica até os 18 anos. Coquetel em festa infantil, só de refrigerante. Com álcool tem de ser assim mesmo: tolerância zero.

Fonte: CISA - www.cisa.org.br

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