Um estudo recente da Unifesp, Universidade Federal de São Paulo, revelou que o uso frequente de maconha, mesmo em pouca quantidade, pode prejudicar a memória. A neuropiscóloga e coordenadora da pesquisa, Maria Alice Fontes, explica que foram avaliados 173 usuários crônicos de maconha e comparados com um grupo de 55 não usuários. Dos consumidores da droga, 49 tinham iniciado precocemente. A neuropsicóloga afirma que quando o uso é crônico e se inicia antes dos 15 anos de idade, o risco de danos é ainda maior.
"O cérebro tem um amadurecimento que ele só finaliza no final da adolescência e aí qualquer substância que você utilize numa fase muito precoce, quando o cérebro ainda está numa fase de desenvolvimento, é mais nocivo a longo prazo."
Maria Alice Fontes destaca que os participantes do estudo também foram avaliados após um período de abstinência. A conclusão foi que os danos produzidos pela maconha são cumulativos e permanentes. Segundo a neuropsicóloga, esse prejuízo sobre o controle do cérebro faz com que os usuários acabem sofrendo recaídas ao tentar abandonar o hábito.
Autor: Juliana Costa
Fonte: Ministério da Saúde
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