Delegado Glayston Araújo, da DRE, acompanhou, ontem, o trabalho da P erícia. Para ele, a apreensão foi um duro golpe no tráfico de drogas sintéticas entre o Brasil e a Europa FOTOS: MIGUEL PORTELA |
Além de ecstasy, os agentes da Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE), encontraram na bagagem da ´mula´, 33 cartelas de LSD e 1,9 quilo de haxixe. De acordo com o titular da DRE, delegado Glayston Araújo, cada cartela tem 500 pontos, comercializados em média a R$ 80,00 cada. Já os comprimidos de ecstasy são vendidos em festas ´rave´ e boates a R$ 50,00, conforme a PF.
Autuada
Segundo Araújo, Mônica embarcou em Bruxelas para Portugal e, de lá, seguiu para Fortaleza. Ao passar a bagagem pelo aparelhos de raio X, os federais identificaram material estranho e convidaram a proprietária para abrir a mala. Dentro, em um fundo falso, eles encontraram um saco contendo oito quilos de ecstasy, além do LSD e haxixe.
A mulher, que embarcaria em outro avião para o Rio de Janeiro, foi presa e levada para a Superintendência do órgão. Lá, acabou foi autuada em flagrante pelo crime de tráfico internacional de drogas, que prevê pena de cinco a 15 anos de reclusão, em caso de condenação. Durante o auto de prisão em flagrante, Mônica disse que só falaria perante à autoridade judicial. O titular da DRE afirmou que, as investigações vão continuar para identificar os reais proprietários da droga e também saber onde o material foi produzido.
A grande apreensão causou surpresa até mesmo para os experientes agentes da DRE. Ontem, o material foi submetido a análise pelos peritos do órgão. Foram percebidos dois tipos de comprimidos de ecstasy, entre os milhares apreendidos, um com a marca de uma montadora de veículos e outro que continha o desenho de uma empresa de computadores.
"Pelas nossas investigações, esse tipo de droga é pouco consumido no Nordeste brasileiro devido ao alto valor dos comprimidos e das cartelas de LSD", observou Araújo.
Segundo o delegado, as drogas sintéticas, normalmente são produzidas na Europa e trazidas para o Brasil por ´mulas´, como a carioca Mônica. Apesar de mais raro, o caminho inverso também é realizado, com a droga sendo produzida em países da América do Sul.
"Com esta apreensão, podemos perceber que Fortaleza é uma das rotas utilizadas pelas quadrilhas de traficantes, mas a fiscalização vai continuar sendo realizada de forma intensiva", afirmou. Araújo explicou também a dificuldade de encontrar esse tipo de droga na bagagem durante as vistorias. "Os comprimidos, a máquina de raio X pode detectar, mas as cartelas podem ser misturadas com outros objetos. Mesmo assim, os policiais conseguem identificar pessoas com atitude suspeita. Dessa forma, as abordagens têm sido bem sucedidas com um grande número de droga apreendida e de pessoas presas em flagrante.
Balanço
Ano passado, outras duas apreensões de ecstasy ocorreram em Fortaleza contabilizando cerca de 600 comprimidos. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, 220 quilos de cocaína foram confiscados. Em 2010, foram 704 quilos
Fonte: EMERSON RODRIGUES - Repórter do DN
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