A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou na quinta-feira (7) um guia recomendando mais simplicidade na busca do diagnóstico e a humanização no tratamento das doenças mentais e neurológicas, além dos transtornos causados pela dependência química e de álcool. A ideia é investir mais na identificação precoce da doença e partir para o tratamento adequado em cada caso. Em seis países, entre eles o Panamá, na América Latina, especialistas da OMS farão parceria com os profissionais locais.
Na OMS, uma das preocupações é que há cerca de 95 milhões de pessoas que sofrem de depressão no mundo, sem o tratamento adequado, e mais 25 milhões também não medicadas que têm problemas causados pela epilepsia. Pelos dados da organização, uma em cada quatro pessoas no mundo tem propensão a desenvolver doença mental ao longo da vida.
A OMS concluiu ainda que na maioria dos países menos de 2% dos recursos destinados à área de saúde são gastos no tratamento de doenças mentais e neurológicas. Para agravar a situação, a maioria das pessoas com esses transtornos não recebem atenção adequada.
Na tentativa de reverter a situação atual, a organização vai prestar apoio no desenvolvimento de programas de saúde mental e neurológicas de países como: Etiópia, Jordânia, Nigéria, Panamá, Serra Leoa e Ilhas Salomão. Médicos e enfermeiros farão visitas aos doentes que sofrem de depressão e às crianças com epilepsia. O objetivo é orientar as famílias nos tratamentos adequados.
O diretor assistente da área de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OMS, Ala Alwan, afirmou que para melhorar o tratamento da saúde mental e neurológica não se exige "tecnologia sofisticada e cara", mas o aumento da capacidade de diagnóstico.
A diretora geral da OMS, Margaret Chan, disse que o guia, com aproximadamente 100 páginas, servirá de orientação para os profissionais da área de saúde - especialistas em saúde mental, médicos e enfermeiros. Segundo ela, as diretrizes se basearam em evidências observadas em vários países.
Fonte: OBID/Agência Brasil
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