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sábado, 2 de outubro de 2010

Um ano após lei antifumo, metade dos fumantes reduziu consumo de cigarro

Pesquisa feita pelo Ibope, a pedido da Secretaria de Estado de Saúde, mostra também que 92% dos fumantes aprovam a proibição.

A pesquisa, encomendada pela Secretaria de Estado da Saúde, foi a primeira a medir a receptividade da lei antifumo. Foram ouvidas 800 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 22 e 27 de julho, pouco antes de a norma completar 1 ano em vigor.

"Foi importante para vermos como a população vê a ação do Estado", diz a diretora do Centro de Vigilância Sanitária, Cristina Megid.

São vários os motivos de satisfação. O maior deles, mesmo no caso dos fumantes, foi a saúde - 26% acreditam que a medida protege o organismo até de quem fuma. Os tabagistas também aprovaram a diminuição do fumo passivo (23%), o menor consumo de tabaco (17%) e a melhora no ar dos bares e restaurantes (16%). A nota média dada à lei pelos fumantes foi de 9,2.

Entre os não fumantes, os índices de aprovação são superiores: 33% dizem que respirar fumaça incomoda muito, 32% sentem-se menos incomodados com a fumaça de cigarros alheios e 27% apontam que a qualidade do ar nos locais públicos melhorou. Nesse grupo, a lei obteve nota média de 9,5.

Polêmica - A lei antifumo proíbe o consumo de cigarros, charutos e cachimbos em qualquer ambiente fechado de uso coletivo. A medida teve início turbulento e motivou contestações judiciais - ainda sem sentença em última instância -, sobretudo de bares e restaurantes.

O auxiliar de cobrança Vladimir Violin, de 27 anos, foi um dos que reclamaram no começo, quando fumava um maço de cigarros por dia. Hoje, fuma apenas três ou quatro unidades. "Sempre tinha de sair do prédio onde trabalho para fumar, porque nunca tivemos fumódromo. Mas, como todo mundo está fumando menos, acabei me conscientizando", afirma.

A designer Carina Bruno Gischewski, de 27 anos, também aprova a legislação. Ela é mineira e se mudou para São Paulo quando a legislação restritiva já estava em vigor. "A melhor parte é poder ir para a balada e não ter ninguém "baforando" na sua cara", comemora. Por outro lado, observa que várias casas desrespeitam os fumantes. "Algumas têm um chiqueirinho bem porco ou aquele esquema de ter de pagar a comanda para sair."

Fonte: O Estado de S.Paulo

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