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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Operações da polícia dão prejuízo de R$ 290 milhões ao tráfico de drogas

Foram apreendidos 51 toneladas de maconha, 375 quilos de cocaína e 77 fuzis.




Os ataques promovidos por traficantes da maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que resultaram em operações em várias favelas controladas pelo grupo e terminaram com a ocupação da Vila Cruzeiro e do complexo do Alemão causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 290 milhões ao tráfico de drogas.

Desde terça-feira, quando começaram as operações, até a manhã desta segunda-feira (29), haviam sido apreendidos 77 fuzis, 16 metralhadoras ponto 30, além de 51 toneladas de maconha, 375 quilos de cocaína e dez quilos de crack, em um prejuízo de R$ 289.850.000.

De acordo com policiais civis ouvidos pelo R7, os fuzis custam em média R$ 40 mil, o que dá um prejuízo de R$ 2.280.000, enquanto uma metralhadora calibre ponto 30 não sai por menos de R$ 60 mil, perda de R$ 960.000. O valor, no entanto, pode ser ainda maior, já que não foram contabilizadas as pistolas, granadas e drogas já embaladas.

Com relação às drogas, os traficantes compram o quilo da maconha por R$ 300, em média, mas conseguem faturar R$ 5 mil sobre cada quilo. Já a cocaína pura é comprada por R$ 12 mil, o quilo, que rende um lucro de R$ 32 mil. Com relação ao crack, os traficantes faturam R$ 30 mil por quilo da droga, pela qual pagam R$ 11 mil.

Com a perda estratégica do complexo do Alemão, a polícia acredita que o novo ‘quartel-general’ da facção seja o morro do Fallet, em Santa Teresa, que é dominada pelo grupo que mais fatura com a venda de drogas atualmente, ou a favela Parque União, no complexo da Maré.

Para os agentes, os traficantes que fugiram do Alemão migraram para várias favelas da mesma facção, como Jacarezinho, Manguinhos e Parque União, na zona norte, Fallet, na zona central, e Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Os policiais acreditam, no entanto, que a maior preocupação dos traficantes seja com a grande quantidade de dinheiro que ficou enterrado nas favelas do complexo.

Fonte: R7/RJ

Pessoas casadas bebem menos álcool

Estudo divulgado por órgão brasileiro revela que pessoas casadas bebem menos álcool do que as solteiras.

Um estudo divulgado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) revelou que o casamento é um dos principais fatores que evitam o uso abusivo do álcool. Pessoas casadas e com uma vida amorosa estável tem menos predisposição ao alcoolismo. O estado civil, portanto, influencia o uso de bebidas alcoólicas.

A pesquisa concluiu que quando a pessoa bebe pouco, acha que a relação tem mais qualidade se o parceiro também não bebe ou bebe menos. Porém, se uma das partes bebe muito, só considera a relação de qualidade se o outro acompanha esse hábito e exagera no álcool também. O estudo apontou que os solteiros fazem uso frequente de bebidas alcoólicas. Isso se dá na busca de uma vida social ativa e a busca por um parceiro.

Isso não se dá com os casados que têm mais responsabilidade, filhos e sai pouco de casa. Além disso, um parceiro ajuda o outro a diminuir a quantidade de álcool que se vai consumir.


Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Terapia comunitária é referência no País e no exterior

Experiência pioneira do Ceará vem alcançando resultados expressivos e foi adotada como política pública em saúde.

Reconhecer-se no outro, fortalecer a autoestima e buscar soluções com o apoio daqueles que compartilham sua realidade. A terapia comunitária, uma metodologia desenvolvida de forma pioneira no Ceará, está sendo disseminada em outros Estados e até no exterior. A partir das vivências para lidar com diversas situações, os usuários dessa metodologia tomam para si o poder e a possibilidade de ampliar a resolução dos problemas do cotidiano.

Em 2010, o Ministério da Saúde transformou a terapia comunitária em política pública em saúde, sendo incorporada às ações do Programa Saúde da Família (PSF). Também é reconhecida desde 2004 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), como terapia que contribui na prevenção, tratamento e reinserção social de usuários e familiares de dependentes de drogas.

Diferente de outros grupos de apoio, como os Alcoólicos ou Narcóticos Anônimos, as rodas não têm um tema específico e qualquer pessoa pode participar. "A terapia comunitária trabalha a competência das pessoas. O foco de nossa intervenção é o sofrimento, e não a patologia. Já as outras terapias focalizam a doença e é conduzida por um psicólogo ou psicoterapeuta. Na terapia comunitária não se faz análise, não se dá conselhos nem se faz julgamento e sim se acolhe a dor da alma. Promove identificações e vai construindo redes de apoio social", explica o médico Adalberto Barreto, criador da terapia.


Histórico:

Tudo começou há 24 anos, no Bairro Pirambu, em Fortaleza. O advogado Airton Barreto montou ali o Centro dos Direitos Humanos do Pirambu. Mas percebeu que muitas pessoas que procuravam o local traziam problemas familiares e pessoais.

Com o apoio do irmão, Adalberto Barreto, moradores do bairro eram encaminhados para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Ceará (UFC). Mas a quantidade de pessoas foi tão grande, que ele decidiu ir ao bairro com um grupo de estudantes de Medicina.

Realidade pobre:

"Ele conta que um dia, após identificar uma mulher com depressão, receitou um medicamento. Quando ela viu a receita, disse: ´Mas, doutor, eu não tenho dinheiro nem para comprar comida, como é que eu vou pagar por isso?´. Foi quando ele percebeu como não havia preparo para lidar com a realidade dessas comunidades pobres", relata a psicóloga e terapeuta comunitária Doralice Oliveira.

As atividades de acolhimento e a metodologia, que aos poucos foram desenvolvidas, dariam origem ao Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária do Pirambu, mais conhecido como projeto 4 Varas. Hoje, a terapia comunitária atravessou os limites da Capital cearense, com grupos no interior e outros 17 Estados brasileiros. Países como França e Suíça já possuem polos de formação de terapeutas comunitários. México e Alemanha já demonstraram interesse em implantar esta prática.
No Brasil, já são mais de 17 mil terapeutas comunitários formados em atuação. Outro diferencial é que o terapeuta, apesar de precisar de uma formação de 360 horas, não precisa ter graduação acadêmica. A certificação é dada pela UFC.

"A força da terapia comunitária nasce da diversidade cultural brasileira. É uma ação que transcende classes sociais, profissões, raças, credos e partidos. Cada um partilha o seu saber, fruto da experiência para acolher as pessoas mais fragilizadas da comunidade", define Adalberto Barreto.

ABRANGÊNCIA:


Melhor aplicação em situações específicas.

Uma pesquisa realizada entre 2005 e 2006 avaliou a eficácia da terapia comunitária no Brasil. De um total de 12 mil questionários aplicados junto a participantes de rodas de terapia comunitária, 89,5% dos pesquisados afirmaram ter encontrado a resolução para os seus problemas através do apoio mútuo, do diálogo. A minoria precisou ser encaminhada para serviços especializados.

"Claro que nem tudo pode ser abarcado pela terapia, haverá casos em que é preciso um tratamento clínico ou psicológico. Mas é um dado que mostra que o acolhimento, o fato de ser ouvido, de pertencer a uma rede e ser reconhecido, contribui muito na eficiência da terapia", argumenta Doralice Oliveira.

Apesar da abrangência de situações nas quais a prática pode ser aplicada, a terapia comunitária vem gerando bons resultados em situações mais específicas. É o caso da aplicação da terapia na prevenção e atenção aos problemas decorrentes do uso de drogas.

"Em 2001, Adalberto Barreto fez uma formação em Brasília, da qual participei. Na época, eu trabalhava para a Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Então eu me dei conta de que a terapia tinha tudo a ver com a prevenção, tratamento e reinserção social de ex-usuários de drogas e seus familiares. Foi quando começamos a pensar numa articulação desses dois campos", relata.

Em 2004, além de reconhecimento oferecido à terapia comunitária, a Senad promoveu o Dia Nacional de Prevenção do Uso de Drogas na Comunidade. "Naquele dia foram promovidas grandes rodas de terapia comunitária em todo o Brasil, mostrando que a prática pode atender grupos numerosos com qualidade e que pode ser usado como uma rede articulada". No mesmo ano, foi celebrado um convênio entre a Senad, a UFC e o projeto 4 Varas, a fim de oferecer capacitação em terapia comunitária para 780 lideranças sociais em 12 Estados. "No final de 2007, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ficou sabendo desse trabalho e entrou em contato com o Adalberto dizendo que queria que a terapia comunitária fosse um choque de atenção comunitária nas ações básicas", lembra.

Segundo Doralice, foi celebrado um novo convênio, entre a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC), a UFC e o Ministério da Saúde para capacitar 1.075 integrantes do Programa Saúde da Família em 17 Estados. Ano passado, nova formação foi levada a 1.030 profissionais do PSF, com prioridade para os agentes comunitários. Em abril de 2010, foi lançado projeto piloto de formação de lideranças indígenas em terapia comunitária, massoterapia e técnicas de resgate da autoestima, para prevenção de drogas. Fazem parte do projeto as etnias pitaguary e tapeba, no Ceará e ticuna, patachó, kaingang, kaiowa, xacriabá de outros estados do país.

Projeto 4 VarasTel.: 3286-6049 // 3228-3848
Site: www.4varas.com.br
Bairro: Pirambu - Fortaleza
By Karoline Viana


Fonte: Diário do Nordeste

domingo, 28 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Médicos desconhecem como tratar dependentes de crack

Conselho Federal de Medicina vai definir orientações para profissionais no primeiro semestre de 2011.

O consumo de crack no Brasil se tornou uma epidemia e, por enquanto, está absolutamente fora do controle das autoridades e das famílias brasileiras. Políticas de prevenção, tratamento e repressão ainda pouco eficientes preocupam a classe médica, que precisa atender os que sentem o efeito devastador da droga e responder às angústias de famílias que chegam aos hospitais sem saber o que fazer com os filhos. Até agora, eles dizem não saber como fazer isso.

Com este diagnóstico em mãos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reuniu as principais autoridades do País para traçar, até a metade do ano que vem, novas normas de atendimento aos usuários dependentes do crack.

O CFM está preocupado com a lentidão dos resultados de políticas públicas para o assunto e também com o novo plano de combate traçado pelo governo federal. Os conselheiros querem participar mais ativamente das discussões e do monitoramento das ações definidas pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas da Presidência da República (Senad), que ainda estão no papel, mas movimentarão R$ 400 milhões até o fim do ano.

Para isso, médicos interessados no tema em todo o Brasil se reuniram em Brasília nesta quinta-feira, dia 25. Iniciaram um Fórum Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso de Crack, que já tem mais duas reuniões marcadas para o ano que vem. Em março de 2011, a classe discutirá políticas de redução de danos aos usuários. Em abril, definições sobre o protocolo de atendimento ideal entrarão em pauta e, em maio, a capacitação dos profissionais que lidam com dependência química será o foco dos debates.

Desconhecimento

O primeiro encontro serviu para que gestores, pesquisadores e médicos que lidam com os pacientes na ponta dividissem preocupações e opiniões sobre as estratégias adotadas hoje no Brasil para combater o avanço do consumo da droga e auxiliar na recuperação dos dependentes.

“Sabemos pouco sobre o crack no mundo. Não há protocolo, antídoto ou dados suficientes para lidarmos com o problema. A certeza é de que todos precisamos trabalhar juntos: gestores, psiquiatras, sociedade”, afirma Ricardo Paiva, coordenador do fórum.

Uma pequena pesquisa de opinião preparada durante o evento mostrou que os médicos, de fato, desconhecem as especificidades do tema. Em perguntas como “você se sente qualificado para tratar o crack” ou “você conhece protocolos de assistência ao usuário”, a maioria dos participantes respondeu não (65% e 75,8%, respectivamente). Metade dos participantes admitiu não saber para onde encaminhar um usuário de crack se precisasse. Roberto Luiz d’Ávila, presidente do CFM, reconheceu que ele próprio desconhece as respostas.

“Cabe aqui uma reflexão de que precisamos agir e sensibilizar os médicos para o problema, tanto como profissionais quanto como cidadãos”, comentou. A falta de formação adequada para lidar com os pacientes usuários da droga é apenas um dos empecilhos para o enfrentamento adequado da epidemia. Os médicos criticam a definição lenta de ações eficientes nesse sentido.

“Infelizmente, nos últimos 10 ou 12 anos, o governo não teve sensibilidade para compreender a urgência que o crack exige e demorou a responder à epidemia”, critica Ronaldo Laranjeira, coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (Inpad).

Para Laranjeira, os modelos de atendimento dado aos usuários hoje e os definidos no novo plano de combate à droga não acompanham a complexidade da dependência causada pelo crack. “Essa é uma doença complexa. Vamos precisar de ambulatórios especializados, ações em escolas, maior relação com grupos de autoajuda, moradias assistivas”, afirma. O médico ressalta que grande parte dos usuários da droga morre nos primeiros cinco anos de vício. “Não vimos essa urgência refletida no combate ao uso da droga”, diz.

O psiquiatra defende a criação de unidades de tratamento especializadas, que combinem diferentes estratégias para evitar recaídas dos pacientes. Psiquiatras, psicólogos, grupos de autoajuda e orientação familiar têm de estar disponíveis, defende. Outro ponto fundamental, segundo ele, é preservar diferenças regionais nas ações. “Não é uma crítica partidária. Temos visto as mesmas políticas desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. A área da dependência química continua neglicenciada”, diz.

Plano federal

Paulina Duarte, secretária-adjunta da Senad, defendeu o plano elaborado pelo governo em maio. “Concordo que muito ainda é precisa muito, mas discordo da ideia de que nada foi feito. O governo tem feito um investimento gigantesco, que pode ser insuficiente ainda, especialmente nas áreas de tratamento e ressocialização. Esse não é um plano milagroso, ele nasceu de trabalhos que temos feito em parceria com universidades, financiando pesquisas”, afirmou. Segundo Paulina, R$ 400 milhões serão investidos ainda este ano no programa.

O plano contempla diferentes frentes de atuação: ensino e pesquisa; prevenção, tratamento e reinserção social, e enfrentamento ao tráfico. Nas próximas semanas, Paulina garante que uma promessa feita no lançamento, que já deveria estar no ar, finalmente estará disponível à população, um site informativo e interativo sobre o crack. O objetivo é esclarecer a população sobre a droga, mostrando como a dependência é causada, o efeito da droga no organismo, como funciona o tratamento e onde buscar ajuda.

De acordo com Paulina, a rede de assistência social e a de saúde serão ampliadas. Além da criação de leitos para dependentes químicos em hospitais gerais, mais Centros de Atenção Psicossociais (CAPs) passarão a funcionar no País. O plano também vai financiar estudos sobre o perfil dos usuários de crack no Brasil. As estatísticas disponíveis sobre isso atualmente retratam recortes da sociedade e não toda ela. Há dados sobre estudantes consumidores da droga e habitantes de algumas regiões, por exemplo.

Com dinheiro e escolarizados

Um estudo com 22 mil pessoas em todo o País será concluído no início de dezembro, segundo Paulina. Ana Cecília Marques, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo ( Unifesp), ressalta que o perfil dos usuários mudou desde a década de 1990, quando a droga se tornou popular no País.

“Hoje, 0,3% da população mundial está consumindo o crack. Em 2004, identificamos que pelo menos 1% dos estudantes do ensino fundamental das escolas públicas já haviam experimentado a droga. Hoje, os usuários são mais escolarizados e mais velhos”, diz.

Durante os debates, uma senhora comoveu os participantes. Professora da rede pública de ensino de Brasília, Diana Costa, 56 anos, ouviu pelo rádio a notícia do fórum. Decidiu buscar mais informações – mesmo sendo um evento para especialistas – sobre a droga que acabou com sua família. E pedir ajuda.

O filho dela, de 36 anos, e a nora, de 20, estão viciados em crack. Ela contou que eles perderam tudo o que tinham em casa para acertar dívidas com os traficantes. O filho, de dois meses, também foi rejeitado pelos dois, que o entregaram a ela. "Esse crack é uma desgraça", afirmou.

Diana pediu que os especialistas lhe orientassem. Ela já havia acompanhado o filho e a nora a hospitais públicos de Brasília duas vezes para tentar uma consulta com um psiquiatra, mas não conseguiram. E ninguém a indicou o que fazer.

"Eu estou desesperada. Essa droga acabou com meu filho, acabou com a minha vida. Isso é avassalador. Meu filho largou emprego, emagreceu quase 20 quilos em quatro meses. Não sei o que fazer", desabafou.

Fonte: UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Três milhões de usuários de drogas injetáveis estão infectados com HIV

Cerca de 16 milhões no mundo consomem drogas por via intravenosa, diz Cruz Vermelha.

Cerca de 16 milhões de pessoas no mundo consomem drogas por via intravenosa, das quais 3 milhões estão infectadas pelo vírus da aids, divulgou nesta quarta-feira, 24, a Federação Internacional da Cruz Vermelha (IFRC, na sigla em inglês), prestes a organizar o Dia Mundial Contra a Aids, em 1º de dezembro.

Em relatório, a IFRC considera que os obstáculos que impedem os usuários de drogas injetáveis de aderir a medidas de prevenção e tratamento não só contribuem para propagar a doença, mas também constituem uma violação dos direitos humanos.

Dentre as barreiras, o documento cita a detenção dos dependentes químicos e a falta de acesso a tratamentos de reabilitação e programas de troca de agulhas e seringas.

"O aumento das taxas de infecção pelo HIV entre os consumidores de drogas injetáveis não só identifica uma urgência em matéria de saúde pública, mas testemunha a negligência do usuário e da discriminação desses indivíduos, vítimas de uma dependência dramática", afirmou o presidente da IFRC, Tadateru Konoe.

De acordo com dados da Unaids (programa da ONU para o combate à doença), em 2009 cerca de 40% dos consumidores de drogas injetáveis viviam na China, na Federação Russa e nos Estados Unidos.

No entanto, os soropositivos dependentes de drogas são especialmente numerosos em cinco países: China, Malásia, Rússia, Ucrânia e Vietnã, aponta o relatório.

Na Europa Oriental e na Ásia Central, até 60% dos consumidores de drogas injetáveis estão contaminados pelo HIV, enquanto a IFRC denuncia que as leis e políticas persistem estigmatizadas à repressão e à exclusão. "Na Ucrânia, o número de soropositivos que usam drogas é tão elevado que o país está rodeado por uma epidemia generalizada", afirmam.

Os pesquisadores calculam que, nesse país, entre 38,5% e 50,3% dos consumidores de drogas injetáveis vivem com aids e 1,3% da população adulta geral é composta por soropositivos, o que torna a Ucrânia o país da Europa com mais infectados pela doença.

"Na Europa Central e na Rússia, taxas alarmantes de transmissão de aids são registradas entre os usuários de drogas injetáveis e entre a população em geral", revela o relatório, que destaca que a situação é completamente diferente nos países onde se dá prioridade à redução de riscos frente à criminalização.

Nesses locais, a incidência do HIV está estabilizada e praticamente não se observa transmissão à população em geral.

O documento também adverte que a injeção de drogas associada ao comércio do sexo aumenta o risco de difusão da aids entre a população. Como exemplo, o texto cita que, na província chinesa de Sichuan, cerca de 60% das prostitutas são também usuárias de drogas por via intravenosa e injetam agulhas infectadas. Em certas regiões do Reino Unido, a porcentagem chega a 78%.

Fonte: Efe

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PORTARIA Nº 1.028/GM DE 1º DE JULHO DE 2005.

Determina que as ações que visam à redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, sejam reguladas por esta Portaria.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e considerando que cabe ao Ministério da Saúde regulamentar as ações destinadas à redução de danos sociais e à saúde decorrentes do uso de álcool e outras drogas, conforme os termos do art. 12, inciso II, da Lei nº 10.409, de 11 de janeiro de 2002;

Considerando as diretrizes da Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral dos Usuários de Álcool e outras Drogas;

Considerando as recomendações produzidas pelo Grupo de Trabalho Interministerial relacionado à política específica sobre bebidas alcoólicas, criado por inermédio do Decreto Presidencial do dia 28 de maio de 2003;

Considerando que as intervenções de saúde dirigidas aos usuários e dependentes de álcool e outras drogas devem ser ampliadas e estar baseadas na melhoria da qualidade de vida das pessoas;

Considerando a urgência de diminuir os índices da infecção dos vírus HIV e Hepatites B e C entre usuários de drogas injetáveis;

Considerando o crescente consumo de bebidas alcoólicas entre jovens e os acidentes de trânsito decorrentes do uso desta substância,

R E S O L V E:

Art. 1º Determinar que as ações que visam à redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, sejam reguladas por esta Portaria.

Art. 2º Definir que a redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, desenvolva-se por meio de ações de saúde dirigidas a usuários ou a dependentes que não podem, não conseguem ou não querem interromper o referido uso, tendo como objetivo reduzir os riscos associados sem, necessariamente, intervir na oferta ou no consumo.

Art. 3º Definir que as ações de redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, compreendam uma ou mais das medidas de atenção integral à saúde, listadas a seguir, praticadas respeitando as necessidades do público alvo e da comunidade:

I - informação, educação e aconselhamento;
II - assistência social e à saúde; e
III - disponibilização de insumos de proteção à saúde e de prevenção ao HIV/Aids e Hepatites.

Art. 4º Estabelecer que as ações de informação, educação e aconselhamento tenham por objetivo o estímulo à adoção de comportamentos mais seguros no consumo de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, e nas práticas sexuais de seus consumidores e parceiros sexuais.

§ 1º São conteúdos necessários das ações de informação, educação e aconselhamento:

I - informações sobre os possíveis riscos e danos relacionados ao consumo de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência;
II - desestímulo ao compartilhamento de instrumentos utilizados para consumo de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência;
III - orientação sobre prevenção e conduta em caso de intoxicação aguda (“overdose”);
IV - prevenção das infecções pelo HIV, hepatites, endocardites e outras patologias de padrão de transmissão similar;
V - orientação para prática do sexo seguro;
VI - divulgação dos serviços públicos e de interesse público, nas áreas de assistência social e de saúde; e
VII - divulgação dos princípios e garantias fundamentais assegurados na Constituição Federal e nas declarações universais de direitos.

§ 2º As ações de informação, educação e aconselhamento devem, necessariamente, ser acompanhadas da distribuição dos insumos destinados a minimizar os riscos decorrentes do consumo de produtos, substâncias e drogas que causem dependência.

Art. 5º Estabelecer que a oferta de assistência social e à saúde, na comunidade e em serviços, objetive a garantia de assistência integral ao usuário ou ao dependente de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência.

Parágrafo único.  São ações necessárias na oferta de assistência social e à saúde, quando requeridas pelo usuário ou pelo dependente:

I - o tratamento à dependência causada por produtos, substâncias ou drogas;
II - o diagnóstico da infecção pelo HIV e o tratamento da infecção pelo HIV e da AIDS;
III - a imunização, o diagnóstico e o tratamento das hepatites virais;
IV - o diagnóstico e o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST); e
V - a orientação para o exercício dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal e quaisquer outros relativos à manutenção de qualidade digna da vida.

Art. 6º Definir que as estratégias de redução de danos incluam a disponibilização de insumos de prevenção ao HIV/Aids e as estratégias da saúde pública dirigidas à proteção da vida e ao tratamento dos dependentes de produtos, substâncias e drogas que causem dependência.

Art. 7º Estabelecer que as iniciativas relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas sejam incluídas nas estratégias de redução de danos, dados os agravos relacionados a esta substância na população geral e que devam ser articuladas intersetorialmente de forma a potencializar os efeitos de promoção à saúde.

Art. 8º Definir que as ações de redução de danos devem ser desenvolvidas em todos os espaços de interesse público em que ocorra ou possa ocorrer o consumo de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência, ou para onde se reportem os seus usuários.

Parágrafo único.  As disposições desta Portaria aplicam-se no âmbito do sistema penitenciário, das cadeias públicas, dos estabelecimentos educacionais destinados à internação de adolescentes, dos hospitais psiquiátricos, dos abrigos, dos estabelecimentos destinados ao tratamento de usuários ou dependentes ou de quaisquer outras instituições que mantenham pessoas submetidas à privação ou à restrição da liberdade.

Art. 9º Estabelecer que as ações de redução de danos devem ser desenvolvidas em consonância com a promoção dos direitos humanos, tendo especialmente em conta o respeito à diversidade dos usuários ou dependentes de produtos, substâncias ou drogas que causem dependência.

§ 1º Em todas as ações de redução de danos, devem ser preservadas a identidade e a liberdade da decisão do usuário ou dependente ou pessoas tomadas como tais, sobre qualquer procedimento relacionado à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento.

§ 2º A contratação de pessoal para o trabalho com redução de danos, de que trata esta Portaria, deve dar prioridade aos membros da comunidade onde as ações serão desenvolvidas, observadas, no âmbito da Administração Pública, as normas de acesso a cargos ou empregos públicos, levando-se em conta principalmente o acesso à população alvo, independentemente do nível de instrução formal.

Art.10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Fonte: UNIAD

Propaganda descarada

A publicidade acintosa de cigarros nos pontos de venda precisa ser proibida. É absurdo não fazê-lo.

É extensa a folha corrida dos fabricantes de cigarro. Nenhum dos crimes cometidos pelo capitalismo mundial, incluindo a escravidão, é comparável ao das estratégias engendradas por eles para convencer crianças a começar a fumar.

A história mostra do que foram capazes esses senhores: usaram atrizes e atores de cinema, compraram médicos, esconderam enquanto puderam as pesquisas que associavam o fumo ao câncer, ataques cardíacos e outras enfermidades de gravidade semelhante, investiram fortunas em comerciais dirigidos ao público infantojuvenil, corromperam a imprensa, financiaram políticos e contrataram lobistas para pressionar os reticentes.

O objetivo dessas ações era mais do que explícito: viciar meninas e meninos para torná-los usuários de nicotina até a morte.

No Brasil, a publicidade do cigarro nos meios de comunicação de massa foi proibida apenas no ano 2000. Os fabricantes não se abalaram, competentíssimos na arte de angariar novos dependentes químicos, espalharam pontos de vendas coloridos e sedutores junto aos locais frequentados por crianças e adolescentes.

Meses atrás, em entrevista à revista "Exame", um alto executivo da Souza Cruz afirmou com a desfaçatez habitual: "Temos de inundar o varejo com nossos maços de forma que o consumidor ache o produto em qualquer lugar do Brasil. Os cigarros que saem das duas fábricas, em Uberlândia (MG) e em Cachoeirinha (RS) abastecem 260 mil pontos de venda em todo o Brasil".

Pesquisa Datafolha/Aliança de Controle do Tabagismo conduzida em maio deste ano em São Paulo dá sentido às palavras do tal executivo: "A grande maioria dos estabelecimentos de São Paulo que comercializa cigarros possui nas proximidades, num raio de até um quilômetro, alguma escola de nível fundamental ou médio; mais de um terço têm uma faculdade na vizinhança".

Proibido o acesso à TV e aos jornais, os fabricantes investiram pesado na divulgação de material publicitário (displays, cartazes, luminosos etc.) para promover as vendas em locais como padarias, lanchonetes, bancas de jornal e lojas de conveniência. Cerca de 70% desses pontos de venda expõem cartazes promocionais coloridos, desenhados com a finalidade precípua de atrair os mais jovens.

Em 83% dos estabelecimentos visitados, os cigarros estavam expostos junto às balas, chocolates ou doces. Nas padarias, esse número chega perto da totalidade.

Segundo a publicitária especializada em merchandising, Regina Blessa: "O ponto de venda é a única mídia que reúne os três elementos essenciais para uma compra: consumidor, dinheiro e produto. No Brasil, 85% das compras são decididas nesses pontos comerciais, não são planejadas anteriormente".

De acordo com ela, como nossos olhos "escaneam" a 100 km/h a publicidade e as mercadorias presentes nesses locais, não é de estranhar que os fabricantes de cigarro invistam cada vez mais nos espaços em que a decisão de comprar acontece.

Até quando nós, brasileiros, conviveremos com esse crime continuado? Para proteger nossos filhos, proibimos propaganda de cigarro na TV, rádio, jornais e revistas, mas fazemos vistas grossas ao aliciamento da criança que entra na padaria para comprar um chocolate. Tem lógica, leitor?

Se a venda de cigarro em padaria, lanchonete ou banca de jornal é uma aberração há muito banida dos países mais desenvolvidos, permitir nesses locais a exibição de material publicitário que visa criar imagens benevolentes de um tipo de dependência química que provoca sofrimento e leva à morte precoce, é descaso com a saúde de nossos filhos ou falta de coragem para enfrentar o lobby da indústria. Irresponsabilidade ou covardia, não há outra explicação.

A sociedade admitiria a presença de cartazes que apregoassem a venda de maconha junto aos doces e aos pães que a mãe pede para o filho comprar na venda da esquina?

Essa publicidade acintosa nos pontos de venda precisa ser terminantemente proibida. É absurdo não fazê-lo. Os maços de cigarro não podem ficar expostos aos olhares curiosos das crianças. Por que razão não criamos leis que obrigam os comerciantes a guardá-los em gavetas ou estantes fechadas?

Fonte: DRAUZIO VARELLA - Folha de São Paulo

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ministério Público do Ceará lança dia 26 projeto “Diga não às Drogas”

O Ministério Público do Ceará lança no próximo dia 26 de novembro o projeto “Diga não às Drogas”. O lançamento será realizado às 08h30, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Ceará, na rua Assunção, 1100 – Bairro José Bonifácio. A iniciativa é da procuradora Geral de Justiça, Maria do Perpétuo Socorro França Pinto, e da procuradora de Justiça, Eliani Alves Nobre.

Durante o lançamento do projeto, está prevista para às 09 horas, a apresentação musical do Grupo Tambores do Movimento do Bom Jardim. Em seguida, o projeto “Diga não às Drogas” será mostrado pela procuradora de Justiça e coordenadora, Eliani Alves Nobre.

Na sequência, haverá uma exposição temática sobre o assunto pela promotora de Justiça e Defesa da Saúde Pública, Isabel Maria Salustiano Arruda Pôrto, e pelo promotor da Infância e Juventude, José Evânio Guedes.

No período da tarde, às 14h, o painel “A importância da implementação dos Conselhos Municipais Antidrogas” será exibido pelo promotor de Justiça e Secretário Geral da Procuradoria Geral de Justiça Antônio Iran Coelho Sírio.

Fonte: Ceará Agora

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Maconha, liberalidade social e a realidade clínica

A sociedade tem se confrontado com dilemas relacionados à grande e crescente disponibilidade de todas as formas de substâncias psicoativas (drogas), lícitas e ilícitas.

Existem evidências suficientes para respaldar a orientação geral ao médico de posicionar-se claramente contra medidas liberalizadoras da disponibilidade e uso de qualquer substância de abuso.

Como paradigma para esta normativa, temos o caso do tabaco que representa um enorme problema de saúde no planeta todo e que, objeto de medidas restritivas em comércio e utilização, tem oferecido às autoridades e à sociedade como um todo a esperança na capacidade da organização social de avançar a patamares de maior saúde.

Claramente, deve o médico, com base ética, apoiar e agir no sentido de garantir o mesmo modelo restritivo a qualquer outra substância, incluindo o foco contemporâneo na maconha, objeto de crescente condescendência de parte significativa da sociedade. Há evidências suficientes, como ocorre no caso do tabaco, de que toda e qualquer medida liberalizadora redunda em ampliação do número de usuários e prejuízo crescente a eles e ao tecido social, desproporcional a eventuais vantagens decorrentes da descriminalização do uso, produção ou comércio.

Há clara relação entre disponibilidade e uso ampliado. Ademais, a perspectiva de medidas liberalizadoras pelo legislador, promoverá ainda mais a imagem de benignidade do uso de maconha, o que entra em conflito com evidências científicas que associam o uso de maconha a risco aumentado de produção de sintomas psicóticos e desencadeamento de surtos psicóticos, antecipando e agravando a história clínica de indivíduos vulneráveis. Estes, por sua vez não podem ser antecipadamente identificados e portanto, pela liberalidade que se insinua, serem mais provavelmente expostos ao uso de maconha e as suas conseqüências. Outra decorrência previsível é a da tendência a liberalidade legal e social ampliarem-se indefinidamente para as demais substâncias hoje ilícitas e de grande impacto, embora hoje de uso restrito.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Abastecimento Espiritual da Pastoral da Sobriedade

O Abastecimento Espiritual dos Líderes e Agentes da Pastoral da Sobriedade 2010, acontecerá nos dias 04 e 05 de Dezembro, no CENTRO PASTORAL MARIA MÃE DA IGREJA.

Acessoria de PE. Glailson (Acessor Eclesiástico) da Pastoral da Sobriedade Fortaleza.

Venha participar deste derramamento de Graças e Bençãos...

Escrições até o dia 25/11/2010

CENTRO PASTORAL MARIA MAE DA IGREJA (Rua Rodrigues Jr, nº 300 - Centro - Fortaleza).

Fone: 3388-8707 / 8687-9628 - Rogério

"Sobriedade e Paz, só por Hoje, Graças a Deus"

ACAMPAMENTO DA PASTORAL DA SOBRIEDADE NA CANÇÃO NOVA




Programação:

Dia 26:

20h00 - Missa de Abertura – D. Irineu Danelon e Padre Ivan Paixão, Padre João Ceconello, Padre Krueger, mais testemunho.
Dia 27:
08h00 - Cânticos e oração;
09h15 - Pregação – Palestra: Espiritualidade e Sobriedade – D. Irineu Danelon;
10h25 - Promoção de Palco;
11h00 - Cânticos;
11h15 - Pregação – Palestra: Sobriedade e a Família – Ana Godoy;
12h25 - Promoção de Palco;

12h30 - Intervalo;

14h00 - Cânticos;
14h15 - Pregação - Palestra: 1* Sobriedade Programa de Vida Nova - Luiz Alberto da Silva. 2* Amor e Sobriedade – Padre Carlos Umberto Franquim;
15h25 - Promoção de Palco;
16h00 - Missa – D Irineu Danelon, Padre Ivan Paixão, Padre João Ceconello, Padre Kruger, mais testemunho;
18h00 - (Sem transmissão) Encontrão de Todos os agentes – Auditório São Paulo;
20h30 - Intervalo;
21h00 - Show  de lançamento do CD da Comunidade Jesus Menino - que tem a missão de acolher crianças e jovens com deficiência física que foram abandonados. O show acontece às 21h e terá participação especial do Missionário Dunga. O cantor fará ainda uma apresentação musical logo depois do lançamento.


Dia 28:

08h00 - Cânticos e Oração;
09h15 - Pregação – Palestra: Caminhar para Sobriedade – Frei Wilton Rocha;
10h25 - Promoção de Palco;
11h00 - Cânticos;
11h15 - Pregação – 1* Palestra: Sobriedade sem os danos do Tabaco – Carlos Humberto Gothchalk - 2* Palestra: Sobriedade sem dependências – Padre Edison Campos;
12h25 - Promoção de Palco;
15h00 - Missa de Encerramento – D. Irineu Danelon e Padre Ivan Paixão, Padre João Cecconelo, Padre Kruger, mais testemunho.


OBS: Vamos prestigiar a palestra do Srº Luiz (Coordenador da Pastoral da Sobriedade Fortaleza) que será no dia 28: 14h15 Pregação – Palestra: 1* Sobriedade Programa de Vida NovaLuiz Alberto da Silva, através da TV Canção Nova, ou pela Internet...

"Sobriedade e Paz, só por hoje, Graças a Deus".

domingo, 21 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

O alcoolismo está energizado no Brasil

No Brasil, 11% da população masculina, e 4% da feminina, são dependentes do álcool.
Como se já não fosse o bastante ter que resistir bravamente ao poder das propagandas de bebida alcoólica, que se espalham por toda parte da TV aos eventos esportivos, a sociedade agora se vê às voltas com o perigo oferecido pelos energéticos.

Internacionalmente conhecidos pela capacidade de combater o sono, os energéticos fazem mais do que, simplesmente, reduzir a sensação de cansaço: devido à cafeína presente em sua fórmula, podem causar tolerância e dependência e, se ingeridos em excesso, provocar aceleração cardíaca, insônia, tremores e câimbras.

Mas ninguém duvida do sucesso de tais bebidas. Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente 1 milhão de latas são consumidas por ano, sobretudo por jovens que querem curtir adoidado.Mas é lá mesmo, nos EUA, que os drinques energéticos, que já foram até chamados de “poção da bruxa”, estão sob a mira da Justiça, já que o número de mortes entre os consumidores está subindo.

Lamentavelmente, a mistura faz sucesso no Brasil, onde os jovens, consumidores fiéis das bebidas ice – que apesar do gosto de limonada têm alto teor alcoólico – se iludem também a respeito de coquetéis à base de energéticos e destilados, como mostrou a matéria publicada na última sexta-feira no Jornal do Brasil.

É mais uma porta que se abre ao alcoolismo, já que os consumidores não se dão conta de sua própria embriaguez e, pela tolerância adquirida, se arriscam a entrar para as estatísticas da terceira doença que mais mata no mundo.

Colabora com o problema a falta de fiscalização, que permite que menores de 18 anos comprem bebidas alcoólicas em bares ou supermercados e, ao lado da população feminina, venham engrossando as filas nos bares e, depois, nos hospitais, onde cresce a cada ano o número de atendimentos, inclusive o psiquiátrico, justamente devido à embriaguez.

Na semana em que os Alcoólicos Anônimos completaram 75 anos, a conclusão a que chegamos é que o Brasil necessita urgentemente acordar para sua dura realidade: 11% da população masculina, e 4% da feminina, são dependentes do álcool. Já é caso de saúde pública.

Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pacto pela Vida lança guia de instituições em Fortaleza

Uma publicação para facilitar a busca das famílias por instituições públicas ou privadas que atuam com a questão das drogas no Ceará. É o catálogo “Drogas: onde procurar ajuda”, que foi lançado ontem ao final do I Encontro Estadual do Pacto pela Vida, evento realizado nos últimos dois dias no Centro de Treinamento do Banco do Nordeste, no Passaré, em Fortaleza.

O livro reúne uma listagem de instituições e órgãos presentes no Ceará, atuantes nas áreas de prevenção ao uso, tratamento de usuários, repressão ao tráfico e reinserção social de quem é dependente. O catálogo foi distribuido na ocasião aos participantes do encontro.

É missão do Pacto discutir a situação atual no Estado e propor políticas públicas, sustentando-se nas quatro frentes: prevenção, tratamento, repressão e reingresso dos usuários de drogas à sociedade. Numa série de encontros regionais serão debatidos outros desafios a serem enfrentados pelos municípios em relação à questão das drogas.

Fonte: O Povo Online

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

64% defendem maços de cigarro escondidos na loja, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha feita em 160 cidades brasileiras revela que 64% da população é favorável a que os maços de cigarro fiquem escondidos da visão dos consumidores nos pontos de venda.

Com a proibição à publicidade do tabaco, a indústria passou a investir na diversificação no varejo. Hoje, é possível comprar cigarros até no salão de cabeleireiro.

O levantamento do Datafolha ouviu 2.544 pessoas de todas as classes econômicas e de todas as regiões do país entre os dias 27 e 31 de julho e foi encomendado pela ONG Aliança de Controle do Tabagismo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Mesmo entre os fumantes, a maioria (51%) defende que os maços fiquem escondidos. Dos fumantes leves (aqueles que consomem até dez cigarros por dia), 57% são favoráveis ao "ocultamento" das marcas de cigarros, enquanto entre os fumantes pesados o índice é de 45%.

Dos entrevistados, 26% concordam com a exposição dos cigarros de forma visível nos pontos de venda, da forma como é feita atualmente.

"Os adultos fumantes sabem onde comprar suas marcas preferidas. Esses letreiros são para atrair novos consumidores, especialmente os jovens. Esconder os cigarros da visão do público é tendência mundial", afirma Paula Johns, diretora da ONG.

Em alguns Estados e províncias de países como Austrália e Canadá, os maços só podem ser guardados em gavetas ou debaixo do balcão. Na Inglaterra, a publicidade em pontos de venda será proibida a partir de 2011. Para a Souza Cruz, a proibição aumentaria o contrabando de cigarros falsificados e os "consumidores adultos e fumantes devem receber informações que lhes ajudem na escolha de marcas".

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

DIVULGAÇÃO DE CAMPANHA - URGENTE

O Governo do Estado enviou mensagem para a Assembléia Legislativa reduzindo a alíquota do ICMS de 33% para 7% para as bebidas importadas como whisky, vodca e outros. Caso seja aprovada esta mensagem, o Ceará estará indo na contra-mão da história e a violência que está insuportável no nosso estado irá aumentar muito mais.
 

Vamos aos fatos:

1 - Existe uma relação direta em relação ao consumo de bebidas alcoólicas e a violência como:
- homicídios
- acidente de trânsito
- suicídio
- quedas
- queimaduras
- afogamento
- brigas entre vizinhos
- brigas nos bares
- assaltos
- brigas familiares com agressões dos maridos e pais
- violência contra a mulher
- e outros tipos de violência

2 - Também o álcool é responsável por:

- destruição de lares
- gravidez indesejada
- doenças sexualmente transmissíveis (como a AIDS)
- separação de casais
- mais de 60 doenças orgânicas e mentais (cirrose, câncer, dependência química, etc...)
- ocupação de 60% dos hospitais psiquiátricos
- é a porta de entrada para as outras drogas
- e muitos outros problemas

3 - O álcool é um dos maiores problemas para a nossa sociedade, pois afeta:

- a saúde pública
- a segurança pública
- a previdência
- a economia
- e a área social

4Um dado de 2003 em relação ao custo do álcool para o nosso País (este dado é da Organização Mundial de Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde):

- o Brasil arrecada com os impostos das bebidas alcoólicas 3,5% do PIB
- o dano do álcool para o nosso País é de 7,3% do PIB
- 3,8% do PIB é quanto nós brasileiros pagamos pelos danos do álcool

5 - Outros dados importantes:

- o álcool é a pior de todas as drogas e a que acarreta mais danos (econômicos e vidas) para nossa sociedade
- existe mais de 1 milhão de locais de vendas de bebidas alcoólicas em nosso País
- no Brasil existe uma relação de 1 local de venda de bebidas alcoólicas para 190 habitantes
- o álcool não é uma droga qualquer, pois é uma droga legalizada em nosso País
- os estudos vêm mostrando que o álcool está presente em 70 % das mortes violentas em nosso País (Homicídios, trânsito, suicídios e outras)
- o SUS gasta com cada transplante hepático aproximadamente 50 mil reais (no caso de um paciente com cirrose alcoólica)
- o álcool compromete todos os órgãos do organismo
- centenas de outros dados poderiam ser citados, mas vamos ficar apenas com esses.

6 - A revista inglesa "The Lancet" uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, trouxe em sua última edição, o resultado de um estudo que revela que o álcool é a pior de todas as drogas, quando se considera o indivíduo e a sociedade. Depois vem a heroína (ainda muito usada na Europa) e depois vem o crack.

7 - Em 2007, o governo suíço patrocinou um estudo sobre o número de homicídios no mundo e os dados revelados nos envergonham, veja:

 - são assassinados 490 mil pessoas por ano em todo mundo
- o Brasil é responsável por 48 mil homicídios ano (quase 10% do número total de homicídios em todo mundo)
- o Brasil tem apenas 3% da população mundial
- morrem em todas as guerras reconhecidas pela ONU 52 mil pessoas

Conclusão; no Brasil são assassinados quase o mesmo número de pessoas que morrem em todas as guerras. ´É um absurdo.

8 - Estamos vivendo uma guerra silenciosa em nosso estado, no mês de outubro foram assassinados 181 pessoas e assim mesmo o governo está querendo reduzir o imposto das bebidas importadas.

9 - Nós temos que trabalhar para construir uma cultura de PAZ em nosso estado e não uma cultura de violência. Temos que contribuir para deixar para nossos filhos e netos, um mundo onde esteja presente uma sociedade solidária, onde as pessoas possam caminhar livremente a qualquer hora sem ser molestadas, onde a justiça social seja a regra e não a excessão, onde o amor esteja sempre presente em nossas ações, onde os valores éticos estejam acima das questões materiais, onde ninguém leve vantagem em detrimento de outros, onde se respeite o meio ambiente e onde a vida não tenha preço.

 10 - Solicito a cada amigo e amiga, a cada cidadão e cidadã, a todos e todas que lutam por uma cidade, um estado, um país e um mundo melhor, que não deixemos que a Assembléia Legislativa aprove esse crime contra o nosso estado e contra a vida. Mostre sua indignação, escreva para os jornais, ligue para as rádios, divulguem e peça a seu amigo deputado para não votar a favor desta barbaridade. 

Atenciosamente,
Pedrita Viana.
 

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS - SDH
COORDENADORIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - FUNCI
PROGRAMA PONTE DE ENCONTRO
EQUIPE DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REDUÇÃO DE DANOS

Rua Guilherme Rocha, nº1503, Jacarecanga, Fortaleza, Ceará.
Fone: (85) 3433. 1421. Email: redefortaleza@gmail.com

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estrangeira enfrenta solidão e abandono dentro da cadeia

Perfil da mula é da mulher provedora, pobre ou então manipulada pelo companheiro envolvido com o tráfico.

PHEONA BONITA viveu momentos de solidão e abandono, que relatou em seu diário. Agora, quer tentar nova vida

Um milhão de dólares guienenses, menos de R$ 30 mil. Essa foi a quantia prometida para Pheona Bonita Guiddings, 24 anos, transportar de Fortaleza para a Espanha 1,5 quilos de cocaína.

Pheona, nascida na Guiana, foi presa em Fortaleza em janeiro de 2009, quando tentava embarcar no aeroporto internacional Pinto Martins. De princípio, a Polícia Federal chegou a desconfiar que portava drogas dentro do estômago, conforme conta, o que não era verdade.

Desde quando ganhou a liberdade, ela já morou no Jóquei Club e agora reside provisoriamente na Lagoa Redonda. A principal relação de amizades são mulheres que conheceu na prisão, na mesma condição, quer praticando o tráfico internacional ou nacional.

"Eu sabia das consequências pelo tráfico. Mas eu via uma grande oportunidade de realizar meu projeto e não tinha, até então, outra alternativa", diz.

O caso da jovem é exemplar da manipulação de sonhos e promessas de dinheiro que seriam o suficiente para transformá-los em realidade. No seu caso, almejava possuir um salão de beleza, em Georgetown, a Capital de seu País.

Ela ainda mantém o plano de abrir seu salão, mas só que dessa vez quando deixar o Brasil e, depois, se fixar nas Bahamas, onde residem seus pais. Dessa vez, terá o apoio da família.

Durante a prisão, Pheona conta que chorava todos os dias. Para aliviar a solidão e a dor de ter sua liberdade suprimida, tinha como apoio o seu diário, onde escrevia sobre suas angústias, sonhos de liberdade e a dor da saudade.

O arrependimento chegou cedo. Mas mesmo em liberdade, ela ainda se defrontou com grandes dificuldades, principalmente a financeira.

Afinal, sem parentes, tinha que buscar moradias alugadas, com dinheiro curto proveniente de seus familiares. Enfim, sua esperança maior agora é sair do Brasil e nunca mais se envolver com o tráfico.Em termos de tipo de motivação para se envolver com o tráfico, o caso de Pheona pode ser uma exceção. Afinal, o que tem prevalecido na estatística da Secretaria de Justiça do Estado tem sido mulheres que buscam o caminho do tráfico para manter a família nas demandas mais elementares de subsistência.

A história de privações de abandono do companheiro é bem conhecida pela suíça Sandra Schoch, 24 anos. Ela foi condenada a sete anos de prisão, também por ter atuado como mula.
No seu caso, foi porque não contava com outra alternativa para o sustento do filho. Mãe protetora, diz que a única motivação foi o dinheiro, que não diz quanto, para resolver uma necessidade urgente na vida doméstica.

Atualmente, trabalha na padaria que funciona no presídio Auri Moura. Ela conta que boa parte do que já se escreveu se encontra com seus familiares na Suíça. Não sabe o que fará com suas anotações sobre a vida na prisão, mas enfatiza que não é mera catarse.

SUPERLOTAÇÃO
Presos de outros países ficam em um só lugar
Também há uma reconhecida superlotação no presídio masculino, que é o único a reunir estrangeiros, envolvidos com o tráfico internacional de drogas e entorpecentes.

O diretor adjunto do IPPOO II, Edmar de Oliveira Santos, reconhece que há uma superlotação, mas não crer que a criação de uma unidade exclusiva para os chamados mulas seria a melhor maneira de conduzir a questão da pena de prisão.Santos diz que a junção de condenados e presos provisórios é o principal item responsável pelo crescimento da população carcerária, mas foi fundamental para a humanização na relação com prisioneiros que não se configuram no perfil de periculosidade. "Antes os estrangeiros ficavam distribuídos por casas de custódia, em cadeias ou mesmo no mesmo no Instituto Penal. Isso foi resolvido com a concentração em um só local", afirma.

Do mesmo modo aconteceu no presídio feminino, que com capacidade para 370 presas, hoje conta com mais 100 presas a mais do número adequado. Recentemente foi decretada lei que não permite lotação nos presídios acima de 10% da capacidade prevista.

Em decisão tomada em 25 de agosto passado, o juiz titular da Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios da Comarca de Fortaleza, Luiz Bessa Neto, determinou que nenhuma unidade penitenciária deve admitir excesso prisional superior a 10% da capacidade máxima. A decisão se encontra em vigor.
No caso do Auri Moura, a dificuldade maior está no fato de que não há separação de unidades para as presas em progressão de regime, embora haja distribuição por alas, para aquelas que estão no regime aberto ou semi aberto. Ou seja, a progressão é imperceptível.

SAÚDE PRECÁRIA
Mulher trafica para evitar perda da visão.
O Presídio Feminino Auri Moura e o Instituto Presídio Olavo Oliveira, localizados em Itaitinga, estão com a capacidade extrapoladas de internos. Essas unidades são as únicas no Estado que acomodam os estrangeiros presos por porte de entorpecentes, enquadrados no artigo 33 da lei federal 11.343, que trata da repressão ao tráfico.

Tanto o recinto masculino quanto o feminino demonstram que por mais que se tenha evoluído nas acomodações e na segurança, há realidades não reveladas sobre abandono, discriminação e isolamento dos presos e presas. A ausência de visitas é até uma questão menor, diante de dramas sérios.

A
guienense Joy Uletty Bartholomew, 23 anos, é um dos casos tocantes de abandono de estrangeiras em prisão brasileira. Ela se encontra há um ano no Auri Moura, após ser pega com cocaína, quando se preparava para viajar para a Europa.

O caso dela chama a tenção pelo fato de que se envolveu no tráfico, a fim de custear uma cirurgia plástica. O ex-companheiro lhe atingiu com ácido no rosto, o que fez com que perdesse a visão no olho esquerdo. Além do rosto sequelado, usa permanentemente um tapa olho. O drama vivido por Joy toca suas companheiras, que pedem que o Estado lhe ofereça uma cirurgia, antes que as complicações de saúde se tornem mais graves. Ela até hoje não recebeu nenhum visita.

Se a situação de atendimento médico é precária para Joy, mesmo casos simples se tornam complexos para a comunidade de internos e internas. "Não faltam médicos, mas os intervalos de visitas chegam a três meses", diz Pheona. As detentas não fazem o exame de prevenção do câncer. Enquanto que o feminino padece dos problemas de acomodação para o benefício de progressão de regime, também há uma assistência médica precária, o que não é somente o caso de Joy.

CABO VERDE LIDERA
Africanas são maioria no presídio Auri MouraDas 42 detentas presas no Presídio Feminino Auri Moura, 22 são provenientes do Continente africano. Maior número de Cabo Verde, com 13 mulheres. Em seguida, Guiné-Bissau, com cinco detentas. Há uma união e identificação natural entre as africanas. Os grupos se formam pela identificação, principalmente, do idioma, no caso o Português, entre as africanas, Inglês, entre as europeias e o Espanhol, com as da América do Sul e Espanha.

Maria Sábado, de 32, é uma das internas que fazem parte do grupo africano.
Natural de Guiné-Bissau, foi presa há um ano e dois meses, transportando cocaína na mala. Diz que foi levada pela tentativa de suprir as necessidades familiares. Com três filhos, pensava em oferecer um mínimo de conforto material. Ou seja, uma vida bem diferente da que vinha passando à frente da família, já que não tinha mais seu companheiro.

Maria Sábado chora quando pensa nos filhos, principalmente o mais novo que tem dois anos de idade. Ela conta que vive pensando em retornar ao seu País e para a vida, que praticamente lhe foi roubada.

No presídio passa o tempo trabalhando na oficina de artesanato. Pelo trabalho, ganha menos que um salário mínimo, mas exerce uma atividade que vai diminuindo seus dias de permanência no presídio. Por cada três de trabalho, ganha um de liberdade. Não esconde seus temores, quando chegar a ocasião de sair da cadeia. "Tenho medo do mundo lá fora", enfatiza.

Conhecedora da dificuldade encontrada por outras estrangeiras de moradia, enquanto se aguarda o processo burocrático de expulsão, diz que se sente bem melhor no presídio. "Daqui gostaria de ir logo para o meu País", cita. A tramitação do processo de expulsão pode levar até dois meses, que implicam em pagamento de aluguel e de outros gastos, impagáveis quando não se tem trabalho.

Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Legalizar as drogas é ameaça à juventude

A legalização de drogas no Brasil se constituiria em uma séria ameaça à segurança nacional e uma perigosa desproteção à juventude brasileira.

Sociedades não podem ser extremamente permissivas, quanto mais quando o assunto é drogas. O exemplo, por ventura positivo, sobre tolerância ao uso de drogas em outros países não nos serve. É bom também lembrar que uma lei neste sentido, tal e qual a Lei Seca, que não separa quem sempre bebeu e nunca bateu, uma lei antidrogas, deve ter por escopo não beneficiar os que, por exemplo, fumam ´baseado´ e levam uma vida normal. Uma lei, neste caso, não pode beneficiar somente a "corrente progressista", mas sobretudo zelar pelo bem comum, protegendo a juventude como um todo.

A legalização da maconha no país induziria também ao tráfico de outras drogas. A recente rejeição dos conservadores da Califórnia ao plantio, cultivo, venda e consumo dessa erva foi medida de bom senso. O Brasil, tendo ao lado os dois maiores produtores de cocaína do mundo, a Colômbia e o Peru, também se transformaria em um produtor dessa droga. É preciso inclusive fiscalizar, na Amazônia, os produtos químicos destinados ao refino de cocaína, já que laboratórios clandestinos já foram detectados em território nacional.

Imaginem anunciar ao mundo, um país com dimensões continentais como o nosso, que o consumo da cannabis foi legalizado aqui... A exemplo da Holanda, onde o fluxo de turistas que visitam o país com o intuito de consumir drogas - e que acabam trazendo, clandestinamente, drogas para seus países de origem -é muito expressivo, por mais que se tivesse fiscalização, o mercado negro sempre existiria. O México, onde o narcotráfico mata hoje jornalistas em praça pública, não nos serve de exemplo. O Brasil, com suas vulneráveis fronteiras, se transformaria - não tenho nenhuma dúvida - no "paraíso mundial das drogas".


Por sua vez é ledo engano imaginar que o tráfico no Rio de Janeiro deporia seus arsenais de armas com a legalização das drogas. O tráfico de drogas não é mais hoje a maior renda do narcoterrorismo. Traficantes, com a forte repressão do atual governo do estado, transferiram o comércio de drogas para o asfalto, por meio de traficantes de classe média e alta, e estenderam seus " negócios"´para o controle de bens e serviços em comunidades por eles dominadas. Além disso, esses bandidos migraram para outras modalidades de crimes, como arrastões em vias de trânsito, com uso do emprego do ´elemento surpresa´. Com isso, a eficiência da polícia do Rio hoje está sendo colocada em xeque, ante um delito de difícil prevenção e repressão.

É equívoco também imaginar que a relação custo- benefício da repressão às drogas nos faria pensar em abandonar o lado policial da questão para somente tratá-la como caso de saúde pública, O maior exemplo de quando a repressão às drogas se torna uma política de estado é o da Colômbia, onde o governo Uribe logrou importantes vitórias contra o tráfico - o novo presidente está no mesmo diapasão. Por causa disso, o preço da cocaína, tendo em vista a maior escassez do produto, subiu consideravelmente no mercado mundial consumidor, principalmente nos EUA.

Drogas não agregam valores sociais positivos. Se conseguirmos afastar as drogas de uma minoria de nossos jovens pela repressão e pela prevenção, já terá valido a pena. A busca de estados alterados de consciência cria "trapos humanos", sem rumo e sem motivação para a vida saudável. A recente morte do tricampeão mundial de surf, Andy Irons, de 32 anos, que se encontrava em processo de recuperação da dependência de drogas, mostra que nem os grandes atletas estão livres do infortúnio das drogas. Cuidemos de nossos filhos antes que as drogas os destruam.
Há uma real, perigosa e constante ameaça pairando sobre todos nós. Nesse caso, o preço da liberdade é a eterna vigilância.

domingo, 14 de novembro de 2010

Passo da Semana (14 a 20/11): 7º - REPARAR

Senhor, REPARO financeira e moralmente a todos que, na minha dependência, eu prejudiquei. Ajuda-me a resgatar minha dignidade e a confiança dos meus. Restaura-me!

sábado, 13 de novembro de 2010

Jovens que não gostam da escola acabam bebendo mais

Consumo de álcool precocemente antecipa também o início da vida sexual.

 Adolescentes que não gostam de ir à escola são duas vezes mais suscetíveis ao consumo de bebida alcoólica antes dos 18 anos. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Substance Abuse, Treatment, Prevention and Policy, adotar esse hábito precocemente é ainda mais grave porque acaba antecipando também o início da vida sexual, na maioria das vezes sem informação adequada.

Realizado com 3.641 alunos de 15 escolas britânicas entre 11 e 14 anos, o estudo apontou que há relação direta entre o estado emocional permanente do adolescente e o consumo da bebida, e entre álcool e ato sexual. “Os jovens que bebem e são sexualmente ativos também são aqueles com mais casos de insatisfação com a escola e com a vida familiar”, destaca Mark Bellis, responsável pela pesquisa.

Para o especialista, o estudo é alarmante e evidencia a necessidade de uma integração dos programas de saúde pública. Esses jovens, segundo Bellis, são ainda grupo de risco para doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce e alcoolismo. “As crianças que mais precisam de ajuda são exatamente as mais difíceis de se lidar por meio da educação tradicional.”

Fonte: UNIAD

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Câncer de pulmão é diferente em fumantes e não fumantes

Segundo um novo estudo, o câncer de pulmão que se desenvolve em fumantes não é o mesmo câncer pulmonar que se desenvolve em pessoas que nunca fumaram cigarro.

Os pesquisadores acreditam que eles sejam diferentes porque o tumor de não fumantes tem quase duas vezes mais mudanças no DNA do que o tumor de pessoas que fumam.
Isso sugere que os tumores aparecem por meio de diferentes vias moleculares. Os não-fumantes podem ficar expostos a uma substância cancerígena, não de cigarros, que faz com que os tumores tenham mais alterações no DNA e promovam o desenvolvimento de câncer de pulmão.

A pesquisa está de acordo com estudos anteriores. No entanto, o novo estudo olhou além das mutações de um único gene, e os pesquisadores encontraram regiões inteiras de alterações de DNA diferentes nos tumores de pulmão de fumantes e de não-fumantes.

Os pesquisadores coletaram tumores pulmonares e tecidos não cancerosos de 30 não-fumantes, 39 fumantes e 14 ex-fumantes. Eles descobriram que os que nunca fumaram cigarro tiveram mais mutações nos genes que codificam moléculas chamadas receptores de fator de crescimento epidérmico (RFCE), que recebem sinais nas membranas celulares. Também encontraram mais alterações no genoma dos não-fumantes do que no genoma dos fumantes e ex-fumantes.

Isso é mais uma evidência de que o câncer de pulmão surge nestes dois grupos a partir de diferentes fatores. Por exemplo, os não-fumantes com câncer de pulmão são geralmente do sexo feminino, tem um certo tipo de tumor chamado adenocarcinoma, e têm mais mutações em seus RFCEs.

Mas essas mutações não são as únicas que conduzem ao desenvolvimento de câncer em não fumantes, razão pela qual os pesquisadores dessa vez observaram todos os genes nos tumores que analisaram, descobrindo assim grandes regiões de DNA diferentes entre fumantes e não fumantes.

O próximo passo dos pesquisadores é confirmar as descobertas através da pesquisa de genes em outros tumores de pulmão, utilizando conjuntos de dados de outros pesquisadores. Se os mesmos padrões de variação de DNA forem encontrados, os cientistas poderão trabalhar para definir como esses genes atuam.

Porém, mais pesquisas são necessárias para validar esses resultados. Se os trabalhos continuarem, é possível que as variações de DNA encontradas possam levar a tratamentos que combatam cada tipo de câncer.

Segundo os pesquisadores, ao melhorar o que se sabe sobre como o câncer pulmonar desenvolve-se em não fumantes, os resultados vão ajudar a ciência a compreender melhor a biologia subjacente ao desenvolvimento de câncer de pulmão em não fumantes, levando ao desenvolvimento de melhores estratégias de diagnóstico e tratamento.

Fonte: UNIAD

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Segundo pesquisa, jovens que enviam muito SMS são mais propensos a sexo, álcool e drogas...

Adolescentes que mandam mensagens de texto por celular 120 vezes ou mais por dia são mais propensos a fazer sexo (3,5 vezes), consumir álcool e drogas, envolver-se em brigas e usar remédios sem receita médica, em comparação com jovens que não enviam tantos SMS.

O resultado é de uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, Estados Unidos, em 20 escolas públicas da cidade no ano passado. O trabalho se baseou em levantamentos confidenciais com mais de 4.200 estudantes e foi apresentado nesta terça-feira, 9, em reunião da Associação Americana de Saúde Pública, em Denver.

Os autores não sugerem que escrever torpedos demais conduza ao álcool, às drogas ou ao sexo, mas acham impressionante ter encontrado uma relação aparente entre o excesso de mensagens e esse tipo de comportamento de risco.
O estudo conclui que um número significativo de adolescentes é muito suscetível à pressão dos colegas e também tem pais permissivos ou ausentes, de acordo com o Dr. Scott Frank, responsável pelo levantamento e professor associado de epidemiologia e bioestatística da universidade. "Se os pais estão monitorando a rede social e de SMS dos filhos, provavelmente também acompanham outras atividades deles", avaliou.

A pesquisa constatou que um em cada cinco alunos era compulsivo por SMS, e um em nove era "viciado" em redes sociais - passava três ou mais horas por dia no Facebook e em outros sites de relacionamento. Cerca de 25% do total se enquadrou nas duas categorias.

O excesso de tempo gasto com mensagens de texto e redes sociais é mais comum entre meninas, minorias (negros, latinos, obesos), crianças cujos pais têm menos instrução e filhos de mãe solteira, aponta o estudo - um dos primeiros a olhar para SMS e redes sociais e ver uma ligação entre eles e as relações sexuais e outros comportamentos de risco da atualidade.

"O trabalho demonstra que essa é uma pergunta legítima a ser explorada", afirmou Douglas Gentile, que dirige o Laboratório de Pesquisa de Mídia na Universidade Estadual de Iowa.

Segundo a Fundação Kaiser Family, metade das crianças com idade entre 8 e 18 anos envia mensagens de texto por celular. A média de SMS é de 118 por dia. Além disso, apenas 14% revelaram que os pais impõem limites para os torpedos.

Outros estudos relacionaram as mensagens a comportamentos de risco ou lascivos. O Centro Pew Research, em Washington, apontou que um terço dos jovens entre 16 e 17 anos envia SMS enquanto estão dirigindo. Já um levantamento do canal de música MTV com a agência de notícias Associated Press descobriu que um quarto dos adolescentes tem compartilhado fotos e vídeos de sexo explícito, além de conversar sobre o assunto por telefone ou online.

Fonte: OBID

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Campanha de combate às drogas

O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio de uma iniciativa da 5ª Promotoria de Justiça e Infância e Juventude, promoveu um programa intensivo de combate às drogas no Município de Caucaia, denominado "Campanha de Combate ao Uso e Venda de Drogas na Comarca de Caucaia". Este programa visa combater, efetivamente, o uso das drogas e tem como apoiador o Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Caucaia.

É com o objetivo de promover e divulgar este projeto, que o Ministério Público realizou no último dia 06, uma reunião e exposição, no Fórum de Caucaia. O evento contou com uma equipe do Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd), da Polícia Militar do Estado do Ceará, agentes do Juizado da Infância, Conselho Tutelar (sede e Jurema), diretores de escolas, autoridades vinculadas à Segurança Pública, além de membros do Ministério Público, com efetiva atuação em primeira e segunda instância do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

Além da apresentação do programa Proerd, que implementará a atuação preventiva às drogas nas escolas públicas municipais, os policiais, em parceria com o MP, repassarão orientações aos presentes sobre como abordar alunos em situação de risco. Foram convidados, ainda, para o evento o prefeito de Caucaia, Washington Gois, e vereadores do Município.

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Risco de enfarte aumenta 4,6 vezes para quem fuma mais de 20 cigarros por dia

Pesquisa mundial Interheart avaliou fatores de risco para ataque cardíaco em 27 mil pessoas.

A pesquisa mundial Interheart avaliou fatores de risco para ataque cardíaco em mais de 27 mil pessoas e chegou à conclusão de que as chances aumentam até 4,6 vezes para quem fuma mais de 20 cigarros por dia. Entre os que acendem entre 10 e 19, a probabilidade sobe 2,6 vezes. No caso de quem fuma menos de meio maço diário, o risco é 63% maior.

"As pessoas precisam ter a consciência de que o cigarro deve ser gradativamente extinto, pois fumar causa males à saúde e ao meio ambiente", afirma Silvia Cury Ismael, chefe do Serviço de Psicologia e responsável pelo Programa de Cuidado Integral ao Fumante do Hospital do Coração (Hcor).

"Outro dado importante é que os jovens têm fumado cada vez mais o narguilé, que, por usar fumo perfumado, parece não fazer mal. Mas uma sessão corresponde a cem cigarros em quantidade de nicotina", alerta Silvia.

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Gestante de baixa escolaridade é mais exposta ao álcool

O consumo de risco é associado a baixa escolaridade, estresse e insatisfação conjugal, diz pesquisa

Falta de apoio do parceiro, estresse e menor escolaridade levam gestantes a consumir álcool. Essas foram as conclusões da pesquisa que foi apresentada pela terapeuta de família Joseane de Souza, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no 28º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, em Fortaleza, no Ceará.
“As gestantes com consumo de risco apresentaram pior suporte social e mais sinais de transtornos mentais”, diz Joseane.

De acordo com a pesquisa, 22% das gestantes consome álcool regular ou esporadicamente. Esse número, concluiu o estudo, é maior do que o de gestantes com depressão.

"Mulheres bebem como resposta aos conflitos emocionais com o companheiro. Muitas iniciam uso de drogas influenciadas por ele, para acompanhá-lo", diz a terapeuta.

Diferentemente das mulheres, homens tendem a iniciar o uso de álcool e drogas por influência de amigos. Entre as grávidas mais expostas, 86% convivem com parceiros que bebem. Entre as que não consomem álcool, esse número foi de 40%. É maior também o número de mulheres que bebem e trabalham – 59% contra 37% entre as que não consumiram álcool. Entre outros fatores de risco associados estão histórico de uso problemático de álcool, abuso físico e sexual, depressão e companheiros com problemas de uso de drogas ilegais.

O estudo levantou ainda estratégias de prevenção e enfrentamento ao consumo de álcool. "Percebemos que quando a grávida tem pessoas em que possa confiar, fica mais apta a lidar com fatores de estresse”, diz Joseane.

“De modo geral, a mulher está bebendo mais, principalmente na idade reprodutiva. É quando acontece a gravidez, incluindo as não desejadas, que são o maior fator de estresse para elas”, diz Larissa Esper, mestranda em saúde mental que avaliou o impacto da gestação nos níveis de estresse da mulher na mesma pesquisa.

“Muitas gestantes não consideram todas as bebidas alcóolicas como tal. Se elas tomam um chopinho para acompanhar o marido, ou uma batida doce no fim de semana, dizem que não bebem”, afirma Larissa.

Os dados servirão de base para criar um programa de intervenção no pré-natal, focado em reduzir consumo de álcool.

“É preciso incluir o parceiro, já que as mulheres que consomem álcool estão bebendo para acompanhá-lo ou para suportar situações difíceis no relacionamento”, diz Joseane. Ela defende que é necessário rastrear o consumo de álcool da mesma forma como é feito o rastreamento da hipertensão e do diabetes.

O principal distúrbio causado pelo consumo de álcool na gravidez é a Síndrome Fetal do Álcool, que pode afetar a formação de órgãos internos e da face, além de gerar bebês com menor peso e baixa estatura no nascimento.

Fonte: Portal IG
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