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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

'Disque-Droga' atendia usuários de classe média-alta

Colombianos do cartel de Cáli presos em Copacabana distribuíam cocaína a comparsas no Rio e usavam ‘mulas’ no transporte da droga para a Espanha.

Rio - Suspeitos de integrar o cartel de Cáli, na Colômbia, três traficantes colombianos e uma equatoriana foram presos, ontem de manhã, em Copacabana, por policiais da 12ª DP (Copacabana). A quadrilha fornecia cocaína líquida concentrada para Madri, na Espanha, e cocaína em pó a dois cariocas, detidos quinta-feira no mesmo bairro. Por telefone, os rapazes vendiam o papelote a R$ 50 e entregavam a clientes da classe média alta da Zona Sul e Tijuca em um serviço de "disque-droga".





















Walax Santos Alexandre, 28 anos, e Jefferson Edimir Fialho Barbosa, 18, foram os primeiros a ser presos, num apartamento na Rua Rodolfo Dantas. Eles eram responsáveis por recrutar prostitutas, que ingeriam cápsulas com cocaína ou introduziam na vagina camisinhas com a droga. As investigações concluíram que as mulheres faturavam 9 mil euros (cerca de R$ 21,3 mil) por viagem a Madri, onde um químico transformava o entorpecente em pó.

Apontado como líder do grupo, Anuar Soto Arango, 31 anos, foi detido em apartamento na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Segundo a polícia, há suspeitas de que ele atuaria como matador na Colômbia. Já o seu primo Eubar David Soto Arango, 36, e o comparsa Eider Orlando Ospina Vidal, 24, foram presos em outro prédio da mesma rua. Também estava no imóvel a equatoriana Jessica Johanna Chiquito Piroco, 26, que viajaria hoje para Madri.

Material apreendido

“Suspeitamos que já estivesse com o material escondido, tanto que pedimos exames, mas não havia nada”, disse o delegado Antenor Martins Júnior, titular da 12ª DP (Copacabana). “Tínhamos quatro mandados de busca e apreensão e, em três dos endereços, encontramos os suspeitos e os materiais”, disse o delegado.

Nos apartamentos alugados pelos colombianos, policiais apreenderam 55 cápsulas de cocaína líquida para ingestão e uma camisinha também cheia da droga. Oito celulares, passaportes, cartões de crédito, carteiras de habilitação, reais, dólares e pesos colombianos também foram encontrados. Um líquido branco dentro de garrafa plástica foi levado para análise da perícia.

Lista revela ‘clientela’ com usuários de classe média-alta

O "disque-drogas" ‘implantado por Walax e Jefferson atendia ‘clientes’ da classe média-alta da Zona Sul e Tijuca. É que revela uma lista encontrada no apartamento. As investigações indicam ainda que as entregas eram feitas em academias, boates e nas praias de Copacabana e Ipanema.

Cada papelote chegava a custar R$ 50, cinco vezes o que é cobrado nas bocas de fumo. “O preço era elevado pela comodidade de receber o pedido”, disse Cristiana Bento, delegada-adjunta da 12ª DP.

Com antecedentes criminais, a dupla, que também teria ligações com traficantes dos morros Fallet e Fogueteiro, no Rio Comprido, fez uma viagem recente ao Peru. No imóvel onde eles foram presos, os agentes aprenderam 27 papelotes de cocaína, uma réplica de revólver, dinheiro, cartões, celulares e joias.

Cão é rápido e preciso ao farejar imóvel

Cão da raça labrador, Bud descobriu, em menos de 15 segundos, onde as drogas estavam escondidas no apartamento alugado pelo colombiano Anuar Soto Arango por R$ 2,4 mil ao mês.

Não foi preciso perder tempo vasculhando o imóvel”, disse Marcos Jansen, chefe da seção de Operações com Cães da Core. Bud foi direto para a cozinha e encontrou as cápsulas dentro de uma chaleira, que estava em uma prateleira sobre o fogão.

Fonte: Agência O Dia

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