No Brasil, 11% da população masculina, e 4% da feminina, são dependentes do álcool.
Como se já não fosse o bastante ter que resistir bravamente ao poder das propagandas de bebida alcoólica, que se espalham por toda parte da TV aos eventos esportivos, a sociedade agora se vê às voltas com o perigo oferecido pelos energéticos.
Internacionalmente conhecidos pela capacidade de combater o sono, os energéticos fazem mais do que, simplesmente, reduzir a sensação de cansaço: devido à cafeína presente em sua fórmula, podem causar tolerância e dependência e, se ingeridos em excesso, provocar aceleração cardíaca, insônia, tremores e câimbras.
Mas ninguém duvida do sucesso de tais bebidas. Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente 1 milhão de latas são consumidas por ano, sobretudo por jovens que querem curtir adoidado.Mas é lá mesmo, nos EUA, que os drinques energéticos, que já foram até chamados de “poção da bruxa”, estão sob a mira da Justiça, já que o número de mortes entre os consumidores está subindo.
Lamentavelmente, a mistura faz sucesso no Brasil, onde os jovens, consumidores fiéis das bebidas ice – que apesar do gosto de limonada têm alto teor alcoólico – se iludem também a respeito de coquetéis à base de energéticos e destilados, como mostrou a matéria publicada na última sexta-feira no Jornal do Brasil.
É mais uma porta que se abre ao alcoolismo, já que os consumidores não se dão conta de sua própria embriaguez e, pela tolerância adquirida, se arriscam a entrar para as estatísticas da terceira doença que mais mata no mundo.
Colabora com o problema a falta de fiscalização, que permite que menores de 18 anos comprem bebidas alcoólicas em bares ou supermercados e, ao lado da população feminina, venham engrossando as filas nos bares e, depois, nos hospitais, onde cresce a cada ano o número de atendimentos, inclusive o psiquiátrico, justamente devido à embriaguez.
Na semana em que os Alcoólicos Anônimos completaram 75 anos, a conclusão a que chegamos é que o Brasil necessita urgentemente acordar para sua dura realidade: 11% da população masculina, e 4% da feminina, são dependentes do álcool. Já é caso de saúde pública.
Fonte: ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
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