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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cufa: Ceará tem 100 mil usuários de crack


Destes, 30 mil têm entre 12 e 29 anos, segundo dados da Cufa; em todo o Brasil, são 1, 2 milhão de dependentes

Dados da Central Única das Favelas (Cufa) estimam que, em todo o Brasil, existam cerca de 1,2 milhão de usuários de crack, sendo 100 mil somente no Ceará. Destes, 30 mil têm entre 12 e 29 anos.

No Estado, os locais de recuperação para os dependentes de álcool e drogas ainda são insuficientes para a demanda. Pelo menos é o que afirmam os especialistas na área.

Para se ter uma ideia da quantidade de locais para tratamento destas pessoas na rede pública, dos 99 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) que existem no Ceará, somente seis, na Capital, são destinados para atender adolescentes e jovens com dependência.

Com relação aos leitos, apenas 20 estão à disposição no Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM) para desintoxicação, que é referência no tratamento de dependentes químicos. O Núcleo de Atendimento ao Dependente Químico do hospital é composto ainda pelo Centro de Convivência Elo de Vida para dependentes químicos, com capacidade para 30 pacientes por dia.

Em meio à essa situação, o Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE) criou, em 2010, o Pacto pela Vida, que elaborou e irá apresentar quinta-feira o Plano de Ações Integradas de Enfrentamento às Drogas no Ceará.




A publicação sintetiza o conjunto de compromissos municipais, regionais e estaduais assumidos por Instituições públicas, privadas e organizações não-governamentais, além da sociedade de um modo geral para o combate e prevenção às drogas.

Foram destacados seis grandes desafios a serem superados pelo Estado no enfrentamento. Entre eles, está a ampliação da rede de atendimento.

Segundo o estudo, as abordagens que valorizam somente uma parte da necessidade dessas pessoas não possuem a eficácia esperada.

De acordo com a pesquisa, existem diversas instituições que atuam no enfrentamento às drogas, no entanto, trabalham de forma isolada, e ainda há um grande contingente de pessoas que atuam sem conhecimento técnico, ou seja, muitas ações limitam-se ao acolhimento do dependente.

Outros pontos que foram enfatizados na publicação referem-se à promoção da educação permanente dos profissionais envolvidos nas diversas áreas, assim como a integração das políticas públicas por meio da articulação de ações de prevenção, tratamento, repressão ao tráfico e reinserção social.

O Pacto pela Vida começou em fevereiro de 2010 e realizou 112 encontros municipais. Já foram produzidos um diagnóstico (Drogas: eixos de abordagem) e um documento oficial (Catálogo: Onde buscar ajuda?). Cerca de 220 instituições participaram da elaboração do estudo.

THAYS LAVORREPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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