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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cigarro e sedentarismo elevam risco de enxaqueca nos jovens

Os jovens são mais propensos a sofrerem crises de enxaqueca e a terem dores de cabeça crônicas quando estão acima do peso, fumam e se exercitam muito pouco, segundo pesquisa publicada na edição da revista médica Neurology.

Avaliando mais de 6 mil estudantes noruegueses com idades entre 13 e 18 anos, os pesquisadores descobriram que aqueles que apresentam, ao mesmo tempo, esses três fatores negativos têm três vezes mais chances de sofrerem dores de cabeça frequentes.

As análises indicaram que um em cada cinco adolescentes era fumante, 16% estavam acima do peso ideal e 31% se exercitavam menos de duas vezes por semana. Além disso, mais de um terço das garotas e um quinto dos meninos relataram dores de cabeça recorrentes no ano anterior à entrevista da pesquisa. Avaliando as relações desses fatores do estilo de vida com a ocorrência de cefaleias, os pesquisadores notaram que mais da metade dos jovens sedentários, gordinhos e fumantes sofriam frequentes dores e cabeça, comparado com apenas um quarto dos que não tinham essas características.

De acordo com os autores, ainda não ficou claro se esses fatores do estilo de vida provocaram as dores de cabeça ou se eles agem mais como desencadeadores em jovens já vulneráveis ou geneticamente predispostos. De acordo com o neurologista Andrew D. Hershey, um dos coordenadores do estudo, crianças com enxaquecas tendem a ter pais que já sofriam com o problema. As influências ambientais entram em jogo fazendo com que a incidência das dores de cabeça seja mais frequente.

Baseados nos resultados, os especialistas destacam a importância do aconselhamento desses pacientes em relação às mudanças no estilo de vida. Entre as melhorias recomendadas, estão a de comer refeições regulares e balanceadas, dormir bem, manter-se hidratado com bebidas sem cafeína e fazer exercícios pelo menos quatro vezes por semana.

Saiba Mais...

Dor de cabeça ou enxaqueca?
A enxaqueca é muito mais que uma dor. É um grande mal estar, dando a sensação de que a cabeça está enorme, pulsando, martelando ou que o cérebro está sendo pressionado num ritmo enlouquecedor. Porém, a enxaqueca merece atenção especial, pois não causa só desconforto. Suas consequências podem ser muito mais sérias, como apontou um estudo da Universidade norte-americana Yeshiva, de Nova York.

Através da avaliação de 10 mil pessoas, os pesquisadores descobriram que os pacientes que sofriam de enxaqueca crônica tinham duas vezes mais chances de ter infarto, derrames e aumento de problemas cardiovasculares. Além disso, esse grupo tem 50% mais chances de desenvolver diabetes, hipertensão e colesterol alto.

A doença pode ser desencadeada por diversos fatores. Alguns alimentos, como queijos amarelos, chocolate, café, embutidos, frituras e bebidas alcoólicas, podem desencadear uma crise. Entretanto, a enxaqueca também está associada ao estresse, à alterações hormonais, aos distúrbios do sono, ao esforço físico, ao consumo de remédios, entre outros. Porém, o conhecimento exato a respeito dos mecanismos que causam a enfermidade ainda é obscuro.

Fonte: Correio do Estado/ABEAD

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