Mais uma denúncia reacende a discussão em torno dos aditivos utilizados na produção de cigarros. Pesquisa divulgada ontem pelo Comitê Nacional para a Prevenção ao Tabagismo na Espanha (CNPT) revelou que os cigarros fabricados hoje usam metade do ‘tabaco autêntico’ que era utilizado há 40 anos. No lugar do tabaco, os fabricantes acrescentam de 400 a 600 substâncias que aumentam o potencial de dependência ao usuário do cigarro.
No documento, o CNPT também ressalta que “nicotina pura tem menos poder de tornar dependente que o tabaco vegetal”. Ou seja: se os cigarros não tivessem os aditivos, seria mais fácil se livrar da dependência.
“A grande maioria das marcas de cigarro usa aditivos que amenizam o gosto ruim e mascaram as substâncias tóxicas”, explica a técnica da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Cristina Perez.
Segundo a pesquisa, muitos dos produtos adicionados ao cigarro não oferecem isoladamente grandes riscos à saúde.
Mas, no processo de combustão, podem aumentar o poder de tornar o fumante dependente.
É o caso do açúcar, que se transforma em acetaldeído. A substância, além de ser cancerígena, potencializa os efeitos da nicotina. Já o mentol, usado em cigarros com sabores, aumenta o PH da nicotina, causando mais efeito no cérebro.
“Quase metade dos adolescentes que fumam optam por cigarros mentolados. Entre as mulheres, o índice também é altos.
Se fossem proibidos os aditivos, muitos jovens deixariam de experimentar”, diz Perez.
A denúncia do CNPT também destacou a falta de fiscalização do cigarro. Segundo o órgão, não há lei que regule o uso de aditivos. A única medida existente seria em relação aos níveis admitidos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono
Autor: Clarissa Mello
Fonte: O Dia Online
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