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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Assembleia debate consumo de álcool


As estatísticas ligadas ao consumo desenfreado de álcool no Brasil são alarmantes e preocupam ao que já se está chamando de "epidemia silenciosa".

Em Fortaleza, dos pacientes atendidos no Centro de Atenção Psicossocial para álcool e droga, 88,6% apresentam problemas com álcool. A bebida alcoólica é a principal causa de 40 mil óbitos por ano em acidentes de trânsitos em nosso País. No ano passado, uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que aumentou de 16,2% para 18,9% o porcentual de brasileiros que declararam ter abusado do álcool, entre 2006 e 2009.

Esses e outros dados foram apresentados e debatidos, ontem, por ocasião de seminário sobre causas e consequências do abuso de álcool, no Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa do Ceará.

Com objetivo de chamar a atenção da sociedade para o consumo abusivo do álcool, debates e formulações de propostas de controle foram o foco do evento, que contou com participação de deputados da Comissão Especial de Bebidas Alcoólicas da Câmara Federal.

Participaram também estudiosos do assunto e autoridades. Entre os expositores, o cirurgião do IJF, Lineu Jucá, alertou para o número de acidentes envolvendo motos, no Ceará cujas causas são o uso de álcool, inabilitação e a não utilização de capacetes.

"A questão da moto tem que ser encarada, não para ser contra o seu uso, mas para proteger a vida". Outros pontos defendidos e que serão encaminhados para formulação de políticas públicas por parte da Câmara Federal serão o lançamento, nas escolas, de campanhas de prevenção ao uso de álcool por parte da população menor que 18 anos; fiscalização na comercializam de bebidas e contenção de propagandas de incentivo.

"O álcool é droga lícita que funciona com porta de acesso para à droga ilícita", diz deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), um dos expositores.

Estatística

144 leitos dos 160 destinados à Unidade de Traumatologia do IJF são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito envolvendo moto, que são 27% mais grave do que os com carro.

Fonte: Diário do Nordeste

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