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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CONVOCAÇÃO GERAL PARA OS AGENTES DA PASTORAL DA SOBRIEDADE - ARQUIDIOCESE DE FORTALEZA

A Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Fortaleza comunica à todos que a Reunião que estava marcada p/ o dia 02/10/2010, foi adiada p/ o dia 09/10/2010, às 08:00hs no Centro Pastoral Casa Maria Mãe da Igreja.

Centro Pastoral Casa Maria Mãe da Igreja
Rua Rodrigues Jr, nº 300 - Centro - Fortaleza.

Fones: 3388-8707

8754-2211 - Luiz

8687-9628 - Rogério

Fonte: Sobriedade Fortaleza.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Presos fogem da cadeia antes de oração

Até as primeiras horas da noite apenas um dos nove presos que fugiram haviam sido capturados pela Polícia. A ação do grupo ocorreu quando eram encaminhados para uma atividade realizada semanalmente na cadeia pública por membros do Shalom.


Aproveitando o momento em que eram liberados da cela para participar de um evento de oração promovido por membros da Comunidade Católica Shalom, nove presos da Cadeia Pública de Quixadá, no Sertão Central, fugiram do presídio ontem à tarde. Foi a sétima fuga de presos registrada este ano no Ceará. A ação ocorreu por volta das 15 horas, e teve início quando o grupo armado de facas, barras de ferro e cossocos (facas confeccionadas artesanalmente) rendeu o agente penitenciário responsável pelo encaminhamento deles ao local onde o evento iria se realizar.

Do agente, os detentos tomaram todas as chaves que estavam com ele, inclusive a do portão principal. Na sequência, o grupo rendeu o diretor da cadeia, Jaime César, que foi mantido refém com um cossoco encostado ao pescoço. Com as armas que portavam, da mesma maneira os detentos renderam os quatro religiosos que iriam promover o evento, e também os dois policiais militares que estavam no local. Os presos roubaram as armas dos policiais antes da fuga.

Segundo o inspetor Marcelo Lima, da delegacia regional de Quixadá, quando da saída do presídio os fugitivos ainda tomaram de assalto o carro de uma advogada que esperava o semáforo abrir, conseguindo fugir no veículo. Policiais militares, civis e do Ronda do Quarteirão saíram em perseguição aos detentos e horas depois localizaram um deles, conhecido como Douglinhas, e o carro da advogada abandonado em um matagal no distrito de Juá.

Lima disse que os demais continuaram a fuga entrando no mato, de modo que a busca dos policiais seguiu pela noite em localidades da zona rural do município, contando ainda com o auxílio da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Conforme o inspetor, o grupo que fugiu é composto por assaltantes e homicidas, todos considerados perigosos.

Dois deles são do estado do Rio Grande do Norte e participaram do assalto a uma loja da cidade. O titular da Coordenadoria do Sistema Penitenciário (Cosipe) da Secretaria da Justiça do Estado (Sejus), Bento Laurindo disse ao O POVO que todas as terças-feiras os missionários do Shalom promovem o momento de oração para os detentos. ”Ninguém ficou ferido na fuga”, afirmou Laurindo.

Fonte: O Povo Online

Remédio 'tarja preta' para deficit de atenção vira festa na balada

Para "aproveitar" a balada, o enfermeiro André (nome fictício), 24, costumava tomar comprimidos de ecstasy. Há três meses, trocou a droga ilícita por Ritalina, medicamento vendido em algumas farmácias apenas com receita, que fica retida.

Apelidada de "Rita" na noite, a droga indicada para tratar deficit de atenção e hiperatividade vem sendo usada como estimulante. Sua base é o metilfenidato, de composição similar à anfetamina, que estimula o sistema nervoso central.

"Você se sente gostoso, bonito. Dá sensação de poder e um arrepio bom, como se você fosse ter um orgasmo", descreve André. Ele diz aspirar o farelo do comprimido para sentir o "barato".

O enfermeiro diz ter conhecido os efeitos entorpecentes da Ritalina com amigos médicos.

Antes de saírem para a balada, eles espremem os comprimidos com uma colher e guardam o pó num saquinho. "Uma cartela com 30 serve para quatro pessoas cheirarem a noite toda."

O aumento da sede, um dos efeitos do remédio, costuma ser saciado com vodca. "Daí tudo melhora: a música fica mais legal e as pessoas ficam mais bonitas", afirma.

Ele admite que, sob o efeito da droga, fica com até dez pessoas numa mesma noite. Quando volta para casa, a agitação é tanta que só consegue dormir se tomar Rivotril, calmante que também só pode ser comercializado com receita médica.

Na casa noturna que ele costuma frequentar, no bairro da Lapa, em São Paulo, é comum ver um aglomerado de jovens descamisados dançando espremidos perto das caixas de som. "Aquilo é a Faixa de Gaza", descreve André: "Só tem droga".

A reportagem da Folha acompanhou uma noite nessa casa noturna. Lá, o estudante de publicidade César, 21, admitiu já ter usado Ritalina na balada: "Sou tímido. Quando tomo [a Ritalina], fico com mais coragem de chegar perto das pessoas", disse.

O rapaz admite que não é difícil consegui-la: "Você acha vendendo na internet".

As histórias de André e de César não são casos isolados.

Segundo Arthur Guerra, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Drogas do Hospital das Clínicas, é comum encontrar jovens tomando medicamentos de forma recreativa.

"Eles querem é sentir uma coisa diferente", diz o psiquiatra. Guerra alerta para os efeitos colaterais da "Rita": taquicardia e até quadros de paranoia, dependendo do ambiente em que estiver e da predisposição da pessoa.

SEM CONTROLE

Elisaldo Carlini, diretor do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp), lamenta não haver ainda levantamento sobre esse uso do medicamento, mas confirma que os casos são comuns.

Segundo ele, apesar da venda controlada, não é difícil comprar o remédio: "Tem quem importe, quem falsifique receita. O que não falta é criatividade para venderem de forma ilegal", afirma.

Adilson Bezerra, chefe de segurança institucional da Anvisa, informa que tanto a venda irregular quanto clandestina desses medicamentos são reprimidas pela Vigilância. A agência mantém convênio com a Polícia Federal para monitorar sites e comunidades de redes sociais, além de fiscalizar a venda de remédios controlados nas farmácias do país.

Fonte: Folha Online

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Crack tem provocado uma devastação no Brasil"

O avanço do consumo do crack foi o tema do O POVO Quer Saber. O integrante da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, Jorge da Silva, falou sobre a importância de estabelecer novas percepções sobre o tema

É preciso mudar os paradigmas de repressão para conter o avanço do crack. Na quarta edição do programa O POVO Quer Saber, o coronel reformado da Polícia Militar e integrante da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, Jorge da Silva, falou sobre a importância de estabelecer novas percepções sobre a temática e distinguir o traficante do usuário. Ele se mostrou a favor da descriminalização das drogas. “A premissa de que dá para conter o problema só prendendo traficante e usuário é falsa. Esse modelo repressivo está falido”.

 O assunto foi discutido ontem na TV O POVO, com transmissão simultânea pela rádio O POVO/CBN e portal O POVO Online. Para Jorge da Silva, a facilidade do acesso e a democratização do consumo em todas as classes sociais acabam despertando um olhar mais atento sobre o crack. “A pedra, que custa em média R$ 6, tem provocado uma verdadeira devastação em todo o Brasil”, opina. Em 2005, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) registrava um usuário de crack para cada 200 atendimentos, por mês. Em 2008, houve um crescimento de 57% no número de usuários de crack. “É uma epidemia. Os dados mostram que estamos passando por uma calamidade pública e que é necessário criar um plano de ação específico de enfrentamento”, comenta.

Entre as ações, Jorge da Silva propõe que seja estabelecida gradação quanto à punição do traficante. “O garoto que vende droga para sustentar o vício é diferente daquele todo-poderoso que visa o lucro”. Este último torna-se mais perigoso porque geralmente está envolvido no aliciamento de jovens – já que precisam de cada vez mais pessoas usando drogas. Em contrapartida, aqueles que são traficantes para manter o vício acabam sendo vítima duas vezes, do sistema e da sociedade, destaca ele.

Ele lembra que o modelo repressivo, como os caveirões do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), marca da polícia carioca até pouco tempo, tem perdido espaço para outras formas de retenção do tráfico de drogas. “Quando a criminalidade começou a ficar mais próximas dos bairros nobres, perceberam que esse modelo não resolvia. A violência e o consumo de drogas só aumentavam”, lembra. A mudança do paradigma veio com o fortalecimento da função da polícia em proteger, ajudar e apoiar a comunidade.

Para o convidado do O POVO Quer Saber, a droga é uma questão social e não basta ser combatida através da prisão. A legislação brasileira tem acompanhado essa tendência com a despenalização do usuário. “Continua sendo crime, mas o usuário deixa de ser punido”, destaca. Com isso, favorece a criação de novas estratégias para combater o avanço do consumo da droga. O governo federal investiu R$ 300 milhões em novas estratégias, como a implementação no sistema de saúde do cuidado com o usuário. “Antes da lei antidrogas, quem assumisse que era usuário e procurasse tratamento era considerado criminoso. Hoje, com novas políticas públicas, os dramas estão sendo minimizados”, opina.

PERFIL

Jorge da Silva é coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, ex-secretário de Estado de Direitos Humanos, integrante da Comissão
Brasileira sobre Drogas e Democracia
e atual professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).


SAIBA MAIS

TRATAMENTO

O tratamento para o dependente químico não pode ser obrigatório, deve ser espontâneo. De acordo com Jorge da Silva, entrevistado de ontem do projeto O POVO quer saber, o único caso de obrigatoriedade de
internação seria quando o consumo extrapola a individualidade do usuário
e coloca em risco a ordem pública.
PROJETO

Este é o quarto ano do projeto O POVO Quer Saber. Nesta edição, já foram discutidos temas sobre criminalização da homofobia, segurança
pública, desafios para o transporte público e pedofilia.

TEMA

O próximo programa do O POVO Quer Saber está marcado para outubro. Para sugerir o tema a ser discutido, basta acessar www.opovo.com.br/ opovoquersaber


E-Mais

O pesquisador Jorge da Silva reconhece que o movimento de descriminalização do uso das drogas é um tema polêmico. Ele afirma que o processo em Portugal tem sido exitoso e o Brasil pode aprender com a experiência do País, levando em consideração suas especificidades.

“A ideia de que o país se tornaria um narcoparaíso não se confirmou. Não houve uma corrida para o consumo das drogas e surgiram mais vagas nas prisões. O modelo foi exitoso e poderíamos adaptar para o Brasil”, destaca.

Outro aspecto a ser levado em consideração é o número crescente de policiais envolvidos em drogas. “É uma questão complexa, não dá para achar que tudo pode ser resolvido com punição. Essas pessoas precisam de tratamento, de ajuda”, destaca.

Política de redução de danos x Política de redução de riscos. Para Jorge da Silva, o usuário de drogas que vive na rua precisa ser reintegrado à sociedade baseado na política de redução de riscos.

Segundo Jorge da Silva, o Brasil não é produtor de drogas, como cocaína e heroína. “A tentativa da nova lei anti-drogas e interceptar as drogas que vem de fora para o Brasil. O nosso problema está na fronteira”.

Quanto ao crack, é diferente. O Brasil conta com inúmeros pequenos laboratórios. “precisamos estancar a produção para interferir na facilidade do acesso à droga. Se não consegue abastecer o mercado, a droga que conseguir entrar no País vai subir de preço e deixa de ser acessível”, comenta. Foi o que ocorreu nos Estados Unidos.

NO PROGRAMA

Erick Guimarães é mediador do projeto O POVO Quer Saber e editor-chefe-executivo do O POVO.

Juliana Matos Brito é editora-adjunta do núcleo de Cotidiano do O POVO.

Henrique Araújo é repórter do núcleo de Cotidiano do O POVO.

Tiago Braga é repórter do núcleo de Cotidiano do O POVO.

Fonte: Jornal O POVO

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O cigarro, o câncer e a lei

Além de mais propensos ao desenvolvimento de doenças, os fumantes têm recuperação mais difícil, quando adoecem, dos que os não fumantes.

Citar o cigarro sem lembrar os males que ele trás para a saúde das pessoas é praticamente impossível, principalmente quando olhamos para o desenvolvimento de certas doenças, como o câncer e os problemas cardiovasculares.

E as estatísticas confirmam a letalidade do vício do fumo: no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano são em decorrência do cigarro. Os estudos mostram ainda que, além de estarem mais propensos ao desenvolvimento de doenças, os fumantes têm uma recuperação mais difícil, quando adoecem, dos que os não fumantes.

No caso do câncer, cerca de 30% das mortes causadas são atribuídas ao tabagismo. Um levantamento promovido pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp) apontou que, entre os pacientes ali internados, pelo menos um em cada quatro tem histórico de tabagismo.

O estudo foi realizado com 14,6 mil pessoas que passaram por tratamento no Icesp entre maio de 2008 e dez embro de 2009. Sem dúvida, é um dado alarmante e que deve estar sempre presente no pensamento da população, que recebe, constantemente, informações sobre os malefícios do cigarro.

E engana-se quem ainda pensa que o fumo está ligado apenas ao câncer de pulmão. O estudo citado apontou que os maiores índices de tabagismo foram encontrados entre os pacientes dos grupos de urologia e de cirurgia torácica, com 46% e 44% do total de pessoas atendidas, respectivamente.

Entre os homens, o índice é ainda mais assustador: dos atendidos pelo setor de cirurgia torácica, 61% eram fumantes. Trata-se de uma prova concreta de que o tabaco afeta todo o nosso organismo.Não é apenas o fumante que tem consequências negativas pela exposição à fumaça do cigarro. Já foi demonstrado que quem convive com tabagistas têm entre 20% e 30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão.

Por isso é tão importante celebrar o primeiro ano da Lei Antifumo, criada pelo governo do Estado de São Paulo e por sua Secretaria da Saúde. Nesse período, vistorias da Vigilância Sanitária Estadual e do Procon-SP mostram que mais de 99% dos estabelecimentos aderiram à lei, banindo o fumo e instalando avisos sobre a proibição.

Trata-se de uma vitória para a saúde pública do país, com consequente melhoria na qualidade de vida da população.Pesquisas demonstram que mais de 80% da população aprova a iniciativa do governo do Estado em banir o cigarro dos ambientes fechados. E, apesar de sabermos como é difícil para os fumantes abandonarem o vício, a proibição, aliada às campanhas de conscientização e prevenção, representam um passo muito importante no combate ao tabagismo.

Tudo isso reforça a esperança de garantirmos uma vida mais saudável para a nossa população, pois, a cada dia sem o cigarro, o corpo recupera suas funções e, embora os efeitos causados por ele não desapareçam, os riscos de problemas decorrentes do vício do fumo diminuem significativamente.
Assim, poderemos, no futuro, ver o câncer em decorrência do tabaco começar a desaparecer.

GIOVANNI GUIDO CERRI, professor titular da Faculdade de Medicina da USP, é diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

Fonte:  Folha de São Paulo - Giovanni Guido Cerri/ UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

I CONGRESSO DO REGIONAL NORDESTE

Aconteceu do dias 24 à 26 na cidade de São Luís, o 1º Congresso Regional Nordeste 5 (MARANHÃO).

Este evento contou com a presença da Coordenadora Nacional (Ana Godoy) e do Bispo responsável (Don Irineu Danelon), e com a presença da Equipe de Coordenação Arquidiocesana de Fortaleza e da Equipe Regional NE I (CEARÁ).

Algumas fotos do Evento:

Agentes da Sobriedade Fortaleza com Dom Irineu Danelon e Ana Godoy
















Rogério Napoleão - Daniele - Maria do Carmo - Rogério Melo


"Sobriedade e Paz, só por Hoje, graças a Deus".

domingo, 26 de setembro de 2010

Passo da Semana (26 a 02/10): 12º - FESTEJAR

Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho. Amém.

sábado, 25 de setembro de 2010

Levantamento do Governo Federal mostra que universitários abusam das drogas e do sexo sem proteção

Os universitários no país estão levando ao pé da letra a expressão "sexo, drogas e rock and roll".

O primeiro levantamento nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas do governo federal aponta que quase a metade dos estudantes de ensino superior (49%) já experimentou drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida.

Em relação à bebida, 86% dos universitários disseram já ter consumido álcool. Entre os entrevistados, 40% usaram duas ou mais drogas nos últimos 12 meses e 43% disseram "já ter feito uso múltiplo e simultâneo" dessas substâncias.

O levantamento ouviu cerca de 18 mil jovens de 100 universidades e faculdades públicas e privadas das 27 capitais brasileiras. No Espírito Santo, foram entrevistados estudantes da Ufes, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), da Univix e da Faculdade Brasileira.

A pesquisa, desenvolvida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), também levanta questões relacionadas à vida sexual dos jovens. Cerca de 9% fazem sexo sem proteção e 8% já fizeram (ou induziram) um aborto. Além disso, 3% já forçaram ou foram forçados a fazer sexo e 41% já fizeram o teste para detectar o vírus HIV.

Um dos motivos que podem explicar os resultados é que a adolescência é uma fase em que acontece todo o tipo de experimentação, segundo o mestre em Psicologia Francisco de Assis Lima Filho. "Eles estão em uma época de descoberta e as drogas podem virar referência. Isso pode ocorrer quando há perda dos valores familiares", afirma.

O estudante da Ufes T., tem 19 anos mas começou a beber aos 16. Ele também já usou maconha e cocaína. "Experimentei algumas vezes quando estava no ensino médio. Mas usaria de novo agora que estou na faculdade".

Cada vez mais cedo

O acesso a bebidas é fácil para adolescentes e jovens, mesmo para menores de idade. A pesquisa revela que 80% dos menores de 18 anos já consumiram algum tipo de bebida alcoólica. "Fazer uso do álcool é uma forma do jovem pertencer a um grupo. Mas é importante saber a intensidade", diz o psicólogo da área técnica do programa de Saúde do Jovem da Prefeitura de Vitória, Herlan Peixoto Wagner.

A universidade é um ambiente propício para diferentes situações, mas os pais precisam ficar atentos a esse processo. "Mesmo com a liberdade maior, é dever da família cuidar e orientar. O filho tem, sim, que dar satisfação dos seus atos", ressalta a psicóloga especialista em Família e Educação, Adriana Müller.

Análise

Nunca é tarde para impor limites...

Adriana Müller
Psicóloga especialista em família e educação

É preciso conversar com os filhos sobre sexo e álcool antes dos problemas surgirem. Responda a três perguntas:onde seu filho está agora? Com quem ele está? O que está fazendo? O pai que sabe as respostas pode ficar tranquilo, mas quem estiver em dúvida tem que conversar com o filho. Nunca é tarde para isso. Numa situação de primeiro porre ou uso de drogas, por exemplo, é preciso conversar e voltar a estabelecer limites. Pergunte o que aconteceu, oriente-o quantos aos riscos que ele corre, conheça os amigos com quem ele sai. Os pais têm direito de ficar chateados, mas não deixe a conversa para o outro dia.

Os (maus) hábitos na universidade

49% já experimentaram alguma droga ilícita pelo menos uma vez na vida

80% dos menores de 18 anos já consumiram algum tipo de bebida alcoólica

86% já fizeram uso na vida de álcool e 47% de produtos de tabaco

22% estão sob risco de desenvolver dependência de álcool e 8% de maconha

36% beberam cinco ou mais doses alcoólicas (homens) e quatro ou mais doses (mulheres) dentro do período de duas horas nos últimos 12 meses e 25% nos últimos 30 dias

40% usaram duas ou mais drogas nos últimos 12 meses

43% relataram já ter feito uso múltiplo e simultâneo de drogas na vida

18% dirigiram sob efeito de álcool e 27% pegaram carona com motorista alcoolizado

9% não usam métodos contraceptivos

3% já forçaram ou foram forçados a fazer sexo

41% já fizeram teste de HIV

8% já fizeram (ou induziram) aborto

Outras conclusões:

O uso de substâncias ilícitas (geral) é maior entre os universitários das regiões Sul e Sudeste, de instituições privadas, da área de Humanas, do período noturno e por universitários com idade acima dos 35 anos...

O uso de maconha é maior entre os universitários norte-americanos e o uso de inalantes é maior entre os universitários brasileiros

O risco de desenvolver abuso/dependência para maconha é maior entre os homens e de anfetamínicos e tranquilizantes entre as mulheres

A prevalência de abuso de álcool foi maior entre os universitários do que na população geral. Já a dependência foi encontrada com maior prevalência para a população geral

Calouros dentro da Ufes, mas veteranos no uso de bebida alcoólica

Os três amigos J. E. e R. são calouros na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mas já passaram por um bocado de coisas antes mesmo de vivenciar os anos do ensino superior. Todos fazem uso regular de bebida alcoólica e um deles já experimentou maconha.

"Moro em um bairro onde é natural usar drogas. Se for para fumar alguma coisa prefiro que seja maconha, o cigarro me incomoda. Também é normal para mim beber. É mais barato", diz R., que tem 19 anos.

Há um ano ele mantém relações sexuais com a namorada, sem camisinha. "O sexo é melhor sem o preservativo, mas já fiquei preocupado três vezes pensando que ela estava grávida. Mas agora ela vai tomar pílula", conta o estudante.

O álcool está presente na vida de J. desde os 14 anos. Hoje com 17, ele diz beber de tudo e brinca ao falar sobre o assunto. "Não penso em experimentar outras drogas, mas a bebida eu nunca vou largar. Toda semana eu saio com os amigos, vou a qualquer festa para beber, principalmente cerveja", afirma.

Mais reservado, E., 17 anos, diz que começou a ingerir bebida alcoólica há um ano. "Vou continuar bebendo. Acho que faz parte da vida acadêmica esse tipo de experiência, mas tenho a convicção de que não vou usar drogas, como maconha", diz o universitário.

Álcool é a substância mais usada na Ufes...

Um estudo feito com 637 alunos dos cursos de Biomédicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em 2008, revelou que 12% fazem uso de álcool com freqüência, entre seis e 19 vezes por mês. Outros 5% admitem fazer uso pesado de álcool, o que corresponde a mais de 20 vezes no mesmo período.

Foram ouvidos estudantes de 17 a 22 anos de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Farmácia. Esses últimos foram os que revelaram maior intimidade com o álcool. Mais de 18% disseram beber constantemente. Outros 8% disseram fazer uso pesado de álcool, num nível que os especialistas já consideram como dependência. Considerado uma droga lícita, o álcool não é o única substância psicoativa usada pelos futuros médicos, enfermeiros, dentistas e farmacêuticos.

Na pesquisa, quase 25% dos estudantes de Odontologia afirmam que já experimentaram solventes, percentual que é de 18% entre os de Farmácia. O percentual dos que já experimentaram maconha varia entre 6,7% (obtido entre alunos de Enfermagem) e 11,3% (registrado entre os de Odontologia).

"Alguns tomam ansiolíticos para não ficar ansiosos com provas e plantões. Outros usam anfetaminas para aguentar um plantão à noite seguido de aula", disse, na época, a coordenadora científica do Núcleo de Estudos de Álcool e outras Drogas da Ufes, Marluce Miguel Siqueira.

Tomo tudo quanto é bebida desde os 14 anos. Comecei com vodca e cerveja, mas hoje também bebo uísque, absinto... Não vou parar de beber"
J. 17 anos, estudante da Ufes

Comecei a beber há um ano e acho que não vou mais parar. Acho que consumir bebida alcoólica faz parte desse período da universidade, mas não vou usar drogas"
E. 17 anos, estudante da Ufes

Acho que vai ser um processo natural voltar a usar drogas na universidade. O álcool é normal na minha vida e também sempre transei sem camisinha"
R. 19 anos, estudante da Ufes

Fonte: Rádio Piúma/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fatores de risco do uso nocivo de álcool e problemas relacionados em idosos

Em geral, o consumo de álcool tende a diminuir com a idade; mas um número significativo de idosos faz o uso nocivo dessa substância e, consequentemente, podem apresentar ou desenvolver transtornos relacionados, como o abuso e a dependência alcoólica. Esse tema é de grande relevância na medida em que, conforme o avançar da idade, a tolerância do corpo ao álcool diminui e seus efeitos sobre o sistema nervoso central aumentam, promovendo déficits no funcionamento cognitivo e intelectual e prejuízos no comportamento global.

No Brasil, os dados de uma pesquisa de abrangência nacional, com 400 adultos acima de 60 anos de idade, são preocupantes: 12% dos entrevistados foram classificados como bebedores pesados (consumo de mais de 7 doses* por semana), 10,4% como bebedores pesados episódicos (considerado por este estudo como o consumo de mais de 3 doses em uma única ocasião) e quase 3% foram diagnosticados como dependentes (segundo os critérios da 4ª Edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da American Psychiatric Association)**.

Na literatura, ainda há poucos estudos sobre os fatores pessoais e sociais que expõem um indivíduo a maiores riscos de beber em padrões prejudiciais e de desenvolver problemas relacionados à medida que envelhecem, principalmente entre as faixas etárias de 55-65 anos a 75-85 anos. Assim, um estudo recente, realizado nos Estados Unidos, avaliou se o histórico do uso de álcool na vida e a procura de ajuda estariam associados ao uso nocivo de álcool e problemas relacionados na terceira idade. Para isso, foram entrevistados 719 idosos residentes em uma comunidade americana ao longo de 20 anos, em três períodos: a primeira coleta de dados foi realizada entre 1986-1988, quando os indivíduos tinham entre 55 e 65 anos de idade, e as outras coletas, 10 e 20 anos depois.

No estudo, o uso de álcool foi considerado de alto risco quando o indivíduo relatava beber 3 ou mais doses por dia ou 14 ou mais doses por semana e, para avaliar o histórico do uso de álcool na vida, os entrevistados eram solicitados a lembrar como bebiam quando eram adolescentes, adultos jovens (20–35 anos) e quando tinham entre 36 e 50 anos. Já os problemas relacionados ao uso de álcool incluíram problemas de funcionamento (deixar de comer ou realizar atividades da vida diária, sofrer alguma queda ou acidente devido ao uso de álcool), problemas interpessoais (se familiares ou amigos manifestavam preocupação sobre seu hábito de beber, se perdeu algum amigo devido ao uso dessa substância) e sintomas de abuso/dependência alcoólica (por exemplo, sintomas de tolerância, abstinência, continuidade do uso a despeito de problemas, beber mais do que planejava, entre outros). Com relação aos fatores sociais, os indivíduos eram questionados se participavam de atividades com amigos ou familiares (ir a piquenique, festa, reunião de clube, jogar cartas, visitar museu, entre outras) e quantos de seus amigos bebiam e aprovavam o consumo pesado de álcool. Os entrevistados também responderam sobre o uso de álcool ou outra substância para aliviar a tensão ou esquecer seus problemas, prática de alguma religião, se suas condições financeiras eram suficientes para manter suas necessidades diárias, se já haviam sido alertados a parar de beber ou se já haviam tentado parar de beber e o apoio recebido quando o fizeram.

Ao longo dos 20 anos do estudo, a grande maioria dos indivíduos reduziu seu consumo de álcool; entretanto, aos 75-85 anos de idade, até 30% dos participantes ainda faziam o uso de álcool de alto risco e/ou tinham problemas relacionados. Um histórico deste tipo de uso e de problemas decorrentes, ter amigos que aprovavam o beber pesado e ter sido aconselhado a parar de beber até os 50 anos de idade foram associados a uma maior probabilidade de beber de alto risco e ter problemas aos 75-85 anos. Em paralelo, ter tentado reduzir o consumo de álcool e receber o apoio de grupos como Alcoólicos Anônimos (AA) na vida adulta estiveram associados a uma menor chance de beber de alto risco e ter problemas relacionados na terceira idade.

Interações significativas entre o consumo de álcool de alto risco e as condições financeiras também foram encontradas neste estudo. Ter mais recursos financeiros não foi apenas um fator de risco geral para o consumo excessivo de álcool, mas também potencializou o risco para indivíduos com histórico de problemas com a bebida, sugerindo que uma condição financeira mais privilegiada estaria relacionada ao uso de álcool por idosos como um fator independentemente. Isso poderia ser devido ao fato de os idosos com menor renda tenderem a não comprar bebidas alcoólicas e não participar de atividades sociais que envolvam o álcool.

O uso de substâncias para diminuir a tensão foi um dos preditores mais consistentes para o uso de álcool de alto risco e de problemas relacionados na terceira idade. Praticar alguma religião foi um fator protetor moderado contra o consumo de alto risco de álcool e problemas com a bebida, possivelmente pela religião oferecer maior contato com pessoas que desaprovam o beber pesado e modos diferentes de lidar com a angústia.

A partir desses resultados, os autores do estudo sugerem que pessoas que desejam reduzir o consumo de álcool devem se inserir em uma rede social com indivíduos que não tenham o hábito de fazer uso pesado dessa substância, seja em grupos como os AA ou praticando alguma religião. Além disso, reforçam que o histórico uso de alto risco e de problemas relacionados, o consumo de álcool atual e o contexto social podem ser úteis para a identificação de idosos sob maior risco de consumo excessivo ou problemático de álcool.

* Uma dose-padrão de bebida alcoólica (350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 50 ml de destilado) contém, aproximadamente, 10g de álcool puro.
** Castro-Costa E, Ferri CP, Lima-Costa MF, Zaleski M, Pinsky I, Caetano R, Laranjeira R (2008). Alcohol consumption in late-life - the first Brazilian National Alcohol Survey (BNAS). Addict Behav, 33(12), 1598-1601.

Título: Late-life and life history predictors of older adults’ high-risk alcohol consumption and drinking problems
Autores: Moos RH, Schutte KK, Brennan PL, Moos BS.
Fonte: Drug and Alcohol Dependence 108:13–20, 2010.
IF: 3.599

Fonte: CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Projeto aumenta pena para tráfico de drogas pesadas

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7663/10, do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que torna obrigatória a classificação das drogas, introduz circunstâncias qualificadoras dos crimes relacionados ao tráfico de drogas e define as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas.

A proposta altera a Lei Antidrogas (11.343/06).
Entre outras mudanças, a proposta estabelece que a classificação das drogas deve levar em conta seus mecanismos de ação, de administração e sua capacidade de causar dependência. Os critérios devem estar disponíveis na internet, em duas versões - para leigos e técnicos.

A proposta também faz alterações no que se refere à repressão. Uma delas diz respeito à diferenciação entre os crimes relacionados às drogas de maior poder para causar dependência. Foi incluída na mesma categoria de qualificadoras a prática da mistura de drogas com a finalidade de aumentar o poder de causar dependência, como a introdução do pó de crack em cigarros de maconha.

"A partir dessa nova redação, o traficante de crack, por exemplo, terá a sua pena aumentada de um sexto a dois terços, dispensando mais rigor aos delitos que envolvem drogas mais perigosas, distinção que não ocorre na legislação atual", justifica o autor da proposta.

Sistema nacional

A proposta faz ainda mudanças no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), para promover a articulação da Rede Nacional de forma a potencializar e convergir esforços na prevenção, atenção e repressão às drogas. O texto distribui as competências da União, dos Estados, do DF e dos municípios. "Ao se alterar o sistema considerou-se fundamental que fosse garantida a liberdade de organização própria de cada ente federado", destaca o autor da proposta.

O texto também institui o Sistema Nacional de Informação sobre Drogas e o Sistema Nacional de Acompanhamento e Avaliação das Políticas sobre Drogas. O primeiro terá a finalidade de coletar dados e produzir informações para subsidiar as decisões sobre políticas sobre drogas. O segundo deverá contribuir para organizar a rede de políticas sobre drogas; assegurar conhecimento sobre os programas, as ações e projetos das políticas; e melhorar a qualidade da gestão dessas iniciativas.

Outra inovação da proposta à Lei 11.343/06 são as diretrizes gerais para os programas antidrogas, com divisão em fases. A atuação deve começar com a articulação com as ações preventivas, preferencialmente levadas pelo Estado às residências das pessoas; pode incluir um breve período de internação para desintoxicação; e evoluir para uma fase em que trabalho, educação, esporte, cultura são oferecidos nos centros urbanos e no campo.

"O objetivo é oferecer proposta para melhorar a estrutura do atendimento aos usuários ou dependentes de drogas e suas famílias e tratar com mais rigor os crimes que envolvam drogas de alto poder de causar dependência", afirma o deputado Osmar Terra.

Diretrizes

O texto cria diretrizes que devem ser observadas pelos agentes públicos ou privados envolvidos na elaboração ou na execução das políticas sobre drogas, como a ampliação de alternativas de inserção social do usuário ou dependente de drogas e a adoção de estratégias de articulação entre órgãos públicos e entidades privadas. Além disso, os agentes devem avaliar as políticas antidrogas.

O projeto disciplina ainda aspectos da ação do Poder Público na elaboração das políticas sobre drogas quanto à profissionalização, ao trabalho e à renda. Outro ponto abordado são as diretrizes para a elaboração da política de atenção à saúde do usuário ou dependente de drogas.

Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Fonte: Agência Câmara/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pastoral da Sobriedade - I Congresso Regional Nordeste


Nos dias 24, 25 e 26 de Setembro, acontecerá o 1º Congresso Regional Nordeste da Pastoral da Sobriedade, em São Luís do Maranhão.

Tema:
UM MUTIRÃO PELA VIDA

"Refletindo sobre Drogas com ênfase na Prevenção".

Local:
Associação Cristo Rei - Angelim - São Luís do Maranhão.

A Sobriedade Regional Nordeste I - CE, estará presente no evento e vai contar com a presença dos seguintes agentes:

Rogério Melo - Coordenador Regional;

Luiz Alberto - Coordenador Arquidiocesano;

Daniele - Secretária Arquidiocesana;
Dª Zumira - Agente;
Ana Maria - Agente.

"SOBRIEDADE E PAZ, SÓ POR HOJE, GRAÇAS A DEUS"

terça-feira, 21 de setembro de 2010

PLANO DE ENFRENTAMENTO - Capital terá mais leitos para usuários de drogas

Estado e Município serão contemplados por lançamento de editais do Ministério da Saúde

Em um Estado onde os serviços de saúde não conseguem acompanhar a crescente demanda de pacientes dependentes de drogas ilícitas, repercutiu positivamente a iniciativa do Governo Federal de abrir, na tarde de ontem, editais para que os municípios de todo o Brasil implantem 6.120 leitos previstos no Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.

"Com certeza, a novidade propiciará um avanço na assistência aos dependentes", disse a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Município, Evelyne Bastos, explicando que os recursos para Fortaleza ainda não foram definidos.

Pacto

Também o supervisor do Núcleo de Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Marcelo Brandt, ressaltou a importância da criação desses leitos. "Estamos aguardando a liberação dos editais, só assim conheceremos plenamente a proposta do ministério", frisou, acrescentando acreditar que será feita "uma pactuação com os municípios".

Além da oferta de leitos, a iniciativa do Ministério da Saúde inclui a ampliação dos serviços e a qualificação de toda a rede com um investimento de mais de R$ 140 milhões da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e do ministério. Já as comunidades terapêuticas do País, pela primeira vez, poderão ser beneficiadas, com a implantação de 2.500 leitos.

A cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, contou com a presença do presidente Lula e do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Conforme informou sua assessoria, Temporão lembrou que, apesar de o Sistema Único de Saúde (SUS) prestar atendimento a usuários de drogas, desde 2003, o Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas permite intensificar ações que ajudam a prevenir o problema, tratar os dependentes e coibir o tráfico. Do total de 6.120 leitos, 3.620 serão criados na rede pública de atenção à saúde, ou seja, nos hospitais, Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) e nas Casas de Acolhimento Transitório.

No âmbito da rede estadual, os pacientes com dependência de drogas são atendidos no serviço ambulatorial do Hospital de Saúde Mental de Messejana. Em âmbito municipal, os usuários recebem atendimento nos seis Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas, existentes em cada uma das Secretarias Executivas Regionais (SERs), onde a demanda costuma ser bem maior do que a oferta de tratamento.

Sem recomendação


Sem serviços de internação, os Caps de Fortaleza funcionam das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Para Evelyne Bastos, "hoje, não se justifica a existência de hospital psiquiátrico para se tratar a dependência química ou os transtornos mentais que apresentam os usuários". A recomendação médica é que esses pacientes sejam encaminhados a hospitais gerais.

Conforme adiantou, a intenção do Município é implantar Caps 24 horas, que possibilitem atendimento a qualquer hora do dia ou da noite. A ideia é dotar essas unidades com pelo menos oito leitos, para que, em situações mais graves, o paciente possa ser internado, isso em um prazo de até sete dias. "Se após esse período, ele (o dependente químico) não sair da crise, então será encaminhado para um hospital geral do Município", disse Evelyne Bastos.

POUCAS ALTERNATIVAS

Desafio Jovem e Caps AD são opções para tratamento

Cerca de mil pessoas são atendidas por mês, em tratamento ambulatorial, no Desafio Jovem do Ceará. Em regime de internamento, são 40 vagas. Contudo, devido à difícil condição financeira da instituição - que depende de doações, parcerias com Município, Estado e Governo Federal, além de convênios com empresas privadas - abriga atualmente 22 dependentes. Entre as causas de internamento, o crack vem em primeiro lugar.

O diretor administrativo do espaço, Eudson Matias, explica que as outras drogas também existem, mas os usuários estão migrando para o crack, pois é mais barato, alucina mais rápido e é encontrado em todo lugar. Já o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), da Secretaria Executiva Regional (SER) IV, recebe, em média, 200 a 250 dependentes mensalmente.

Crack e álcool são os problemas mais recorrentes. Pedro Câmara, coordenador da unidade, informa que os Caps AD utilizam uma metodologia diferente, focando na redução de danos e na qualidade de vida, não necessariamente com abstinência. "Vamos tentar chegar a isso, mas se a pessoa está usando a droga, pregamos que seja um uso menos nocivo, tanto para ela quanto para a família e a sociedade". Os casos mais graves são encaminhados para hospitais clínicos.

Fonte: DN

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Brasil promoveu Seminário Internacional sobre a Geopolítica das Drogas

Especialistas e atores políticos de diversos países reuniram-se no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (dia 17), para participarem do “Seminário Internacional A Geopolítica das Drogas”. O evento foi uma iniciativa do Ministério das Relações Exteriores, por meio da Fundação Alexandre de Gusmão, com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Gabinete de Segurança Institucional de Presidência da República e da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), do Ministério da Justiça.

O problema mundial das drogas, assim como os diversos aspectos a ele relacionados, figura como um relevante fator geopolítico, influenciando diretamente uma sucessão de fenômenos econômicos, sociais, culturais, ambientais e políticos em todo o mundo.

O objetivo do seminário é aproximar formuladores de política externa, demais setores do Governo, academia e atores sociais envolvidos na temática para discutir as possibilidades de atualização da política externa brasileira sobre o tema.

Durante o evento, deverão ser abordadas questões relacionadas às políticas nacionais sobre drogas, ao atual sistema internacional de controle, aos desafios regionais emergentes e aos mecanismos utilizados pela comunidade internacional para o fomento de uma cooperação coordenada entre os diversos atores envolvidos.

Seminário Internacional sobre a Geopolítica das Drogas

Fonte: OBID/SENAD

domingo, 19 de setembro de 2010

Passo da Semana (19 a 25/09): 11º - CELEBRAR

Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada. Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus!

sábado, 18 de setembro de 2010

Cientistas descobrem como acabar com o vício da cocaína

Molécula no cérebro é responsável por regular a sensação de prazer.

As drogas "sequestram" o sistema de recompensa do cérebro e por isso são viciantes.

Pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, afirmam ter encontrado a molécula no cérebro que regula a sensação de prazer proporcionada pela cocaína - responsável por levar os usuários à dependência mesmo depois de muito tempo de abstinência. Agora, eles acreditam ser possível acabar com o vício, segundo estudo foi publicado no periódico Journal of Neuroscience.

Segundo os especialistas, as drogas "sequestram" o sistema de recompensa do cérebro e, por isso, são viciantes. Esse sistema é o responsável por proporcionar prazer quando indivíduos comem ou fazem sexo, por exemplo. Esse "sequestro" dura muito tempo e muitas vezes leva ao abuso, especialmente quando o indivíduo está exposto a estímulos externos associados às drogas.

A pesquisa mostrou que camundongos treinados para ingerir cocaína e que têm falta de receptores da substância glutamato no cérebro, diminuem suas chances de voltar a consumir a droga. Agora, os cientistas esperam que outros estudos sobre os mecanismos que causam o vício da droga possam levar à formação de tratamentos baseados no que acontece na mente de um viciado.

Fonte: Veja.com/UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Jovens estão ingerindo bebida alcoólica pelos olhos

O álcool esta literalmente atraindo os olhares, principalmente dos jovens.

A moda agora é ingerir a bebida pelos olhos. Encostar o olho direto na garrafa ou pingar a vodka como se fosse um colírio, o ato perigoso que não tem nada de brincadeira. A moda que veio do exterior tem alarmado oftalmologistas de todo país, na Internet é fácil encontrar vídeos de jovens que não sabem, mas correm serio risco de ficarem cegos ao colocar vodka nos olhos. Em Campinas, dois jovens quase perderam a visão depois de tentar acelerar a sensação de embriagues, pingando a bebida no olho. Um deles estudante de 23 anos terá que fazer transplante de córnea.

Veja o vídeo da matéria nesse link no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=2HOxKjbBib4

Fonte: Tv Transamérica/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Alcoorexia: Distúrbio alimentar causado pela substituição de alimentos por bebida alcoólica

O presidente da ABEAD Carlos Salgado concedeu uma entrevista para a rádio do Ministério da saúde sobre alcoorexia. Abaixo a transcrição da entrevista.

Loc/Repórter: Uma mistura de comportamentos envolvendo a restrição alimentar, compulsão pelo álcool, associada ainda a distúrbios emocionais, compõe um quadro clínico conhecido como anorexia alcoólica, ou alcoorexia. Mas os especialistas advertem: a ingestão contínua de bebidas alcoólicas traz riscos incontáveis à saúde. O psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, Carlos Salgado, explica que as pessoas com anorexia já têm o costume de ingerir pouca comida e, com a troca da alimentação pela bebida, o organismo perde nutrientes importantes.

Tec/Sonora: Psiquiatra, presidente da Abead – Carlos Salgado

"A ingestão alcoólica sistemática ela traz riscos; tipicamente riscos nutricionais, porque a troca da pequena ingestão alimentar, que já é característica do anorético, por uma pequena, ainda que seja, utilização de álcool, traz uma brutal restrição de nutrientes, especialmente vitaminas que protegem o sistema nervoso central, que protegem o corpo como um todo, que fazem parte de um equilíbrio natural de uma ingestão alimentar, quando focalizada no álcool, então nós vamos ter um corpo emagrecido, claramente desnutrido e exposto à ingestão alcoólica, ou seja, o dano de memória, o dano hepático, o dano pro fígado, o dano pro tráfego digestivo, o dano mais amplamente pra absorção de sais importantes, absorção de cálcio, por exemplo, é brutal."

Loc/Repórter: O psiquiatra Carlos Salgado ressalta que a maior parte dos distúrbios alimentares é encontrada nas mulheres. E um estudo divulgado pelo IBGE comprova que as brasileiras, desde a adolescência, já possuem uma preocupação excessiva com a questão do peso: trinta e seis por cento delas se consideram gordas, mesmo estando com peso saudável e normal para a medicina. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, isso é fruto do padrão estético absurdo imposto pela sociedade moderna.

Tec/Sonora: Ministro da Saúde - José Gomes Temporão

"É um percentual importante de meninas se auto-referindo como acima do peso e quando você avalia do ponto de vista técnico elas estão no peso. Eu acho que isso é um fenômeno mais amplo do estabelecimento de um certo padrão estético feminino na sociedade que privilegiaria uma magreza extrema, uma preocupação excessiva com a beleza o que pode explicar de uma certa forma esse fenômeno."

Loc/Repórter: Sobre esse ponto de vista do ministro da Saúde, o psiquiatra Carlos Salgado acrescenta que as mulheres, hoje, estão pagando um preço alto pelas mudanças culturais ocorridas nas últimas décadas.

Tec/Sonora: Psiquiatra, presidente da Abead – Carlos Salgado

"Estamos falando de um transtorno tipicamente feminino, que é, entre outras variáveis envolvidas aí, produto de uma mudança cultural dos trinta, vinte últimos anos, em que as mulheres passaram a beber de um jeito muito parecido com os homens e estão pagando um preço peculiar. Nesse item específico, que é o transtorno alimentar, a mistura dessa contingência, esse adoecimento na relação com os alimentos com a presença do álcool, na mulher, traz um potencial de dano brutal, até porque mulheres, além de estarem bebendo de um jeito parecido com os homens, são extremamente mais vulneráveis ao uso do álcool por contingência fisiológica, porque o corpo é diferente e mais sensível."

Loc/Repórter: O psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, Carlos Salgado, lembra, ainda, que as vítimas da alcoorexia devem ter suporte e apoio familiar. Elas devem receber os cuidados necessários, e, conforme cada caso, é possível a internação em instituições apropriadas, para garantir a integridade física e segurança delas.

Fonte: Rádio Ministério da Saúde

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Revista Direcional Educador aborda dependência química

Na última edição, a revista Direcional Educador, voltada à formação continuada do professor, disponibilizou gratuitamente o material completo do curso "Prevenção na Área de Dependência

Divididas em seis módulos, com carga horária de 60 horas, as aulas abordam desde a visão histórica do uso das drogas até os processos de intervenção. Diversos especialistas colaboraram com a construção do conteúdo, entre eles, o Dr. Tadeu Lemos, mestre e doutor em Neurociências pela Unifesp. A iniciativa tira dúvidas e traz reflexões sobre a dependência química. Para acessar o conteúdo completo e saber mais informações sobre a revista Direcional Educador, acesse:

http://www.direcionaleducador.com.br/

Fonte: ABEAD

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Crack devora 8,6% dos jovens brasileiros

O cenário epidemiológico do crack no Brasil, segundo o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), aponta que 8,6% dos jovens de 9 a 18 anos consomem essa droga. Esse é um alerta para pais, educadores e formadores de opinião em geral. Por isso, o 4º Desafio de Redação do Diário, que começa na próxima quarta-feira, vem com tema tão espinhoso: Crack, Tô Fora!. Correalização da USCS e DAE de São Caetano, com apoio da Ecovias, a proposta é levar para a sala de aula e no seio familiar discussão sobre o assunto, numa forma de conscientizar os estudantes aos malefícios da dependência química.

O uso disseminado do crack no mundo das drogas está relacionado a vários fatores que levam a grave transformação, tanto na oferta quanto na procura. De um lado, o controle mundial repressivo sobre os insumos químicos necessários a sua produção - como éter e acetona - faz os produtores a baratear cada vez mais sua fabricação, com a utilização indiscriminada de outros ingredientes altamente impuros. Quanto mais barata sua produção, mais rentável é sua venda. O crack representa para a população usuária de drogas um tipo de cocaína acessível, pois vendido em pequenas unidades baratas, oferece efeitos rápidos e intensos. Entretanto, a desejada intoxicação cocaína proporcionada pelo crack provoca efeitos de pouca duração, o que leva o usuário a fumar imediatamente outra pedra. Esse ciclo ininterrupto de uso potencializa os prejuízos à saúde física, as possibilidades de dependência e os danos sociais. A inovação no mercado das drogas com a entrada do crack atraiu pequenos traficantes, agravou ainda mais a situação, com o aumento incontrolável de produções caseiras.

Como todo uso de drogas está associado a fatores biopsicossociais, o consumo de crack não é diferente. A pedra vendida geralmente por R$ 5 é derivada das sobras do refino da cocaína. Nenhuma outra substância ilícita tem semelhante poder de dependência. Os danos dela são tão graves que produzem a impressão de que o número de usuários é bem maior.

CONSULTÓRIO DE RUA
Os consumidores são expostos a riscos sociais e a diversas formas de violência. Geralmente, quando os efeitos da droga diminuem no organismo, o dependente sente sintomas de depressão e tem sensação de perseguição. Outros sinais comuns são desnutrição, rachadura nos lábios, sangramento na gengiva e corrosão dos dentes; tosse, lesões respiratórias e maior risco para contrair o vírus HIV e hepatites.

Além de problemas físicos, há os de ordem psicológica, social e legal. Ocorrem graves perdas nos vínculos familiares, nos espaços relacionais, nos estudos e no trabalho, bem como a troca de sexo por drogas e, ainda, podendo chegar à realização de delitos para a aquisição da droga. Há controvérsia se tais condutas socialmente desaprovadas têm relação com o estado de fissura para usar ou se resulta da própria intoxicação. A unanimidade é que o usuário desemboca numa grave e complexa exclusão social.

Como geralmente o viciado não costuma procurar os serviços de Saúde e, por viverem situações de extrema vulnerabilidade, tornam-se facilmente vítimas da dependência e de outros problemas de saúde, começam a ser instalados em vários municípios do Brasil, com recursos federais, os consultórios de rua, que funcionam com equipes multiprofissionais, formadas por integrantes da Saúde Mental, Atenção Básica e Assistência Social. Estas equipes fazem a primeira abordagem para falar com as pessoas e oferecer ações de promoção, prevenção e cuidados básicos em saúde, para mais tarde facilitar o acesso a outros serviços de saúde. "A característica mais importante desta intervenção é oferecer cuidados no próprio espaço da rua, preservando o respeito ao contexto sócio-cultural da população", explica o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado.

KIT BÁSICO
A proposta tem também como eixo a promoção de direitos humanos e a inclusão social, além de enfrentar o estigma e ampliar as estratégias de redução de danos. "A equipe chega com um veículo e faz o primeiro contato para oferecer cuidados básicos. Para cada um é oferecido um kit que pode ser composto por folhetos informativos, camisinhas, protetor labial para quem tem feridas na boca (devido ao uso do crack). Também podem ser feitos testes rápidos de HIV", explica Pedro Gabriel.

Estabelecido o vínculo, o Consultório de Rua pode encaminhar as pessoas para uma equipe de Saúde da Família, ou a depender do caso, para o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) ou Caps-AD (Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas), para que ele receba o apoio. Para dar suporte ao familiar e ao usuário da droga, o Ministério da Saúde também criou o Disque Saúde (0800- 611997) para informações sobre o crack e orientações para tratamento dos usuários pelo SUS.
Fonte: ANTIDROGA

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Aconselhamento em Dependência Química a Distância - 17/09/10

O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo profissional que atue na área de dependência química. Esse curso aprimora as diversas práticas que configuram as ações de: orientar, ajudar, informar, amparar e tratar o usuário ou dependentes de substâncias e seus familiares. Este curso realizado a distância tem o objetivo de proporcionar capacitação aos profissionais de todo Brasil, que atuam na área da Dependência Química. Conta com o apoio técnico do Laboratório de Educação a Distância do Departamento de Informática em Saúde da UNIFESP.

Responsável: Dra. Edilaine Moraes
Período: de 3/10/2010 à 25/9/2011
Inscrição até:17/9/2010
Inscrição: R$ 50,00 - ABERTAS NO SITE WWW.CEPP.ORG.BR
Mensalidade: R$ 280,00
Observaçao:
Taxa de matrícula: R$80,00

Para confirmar sua inscrição, encaminhe seu currículo para cursos@uniad.org.br assunto Curriculum ADQ virtual.
A Entrevista será feita por e-mail.
Matricula: Enviar Scaneado Cópia: RG, CPF, Comp Res, Histórico 2º Grau Completo, 1 Foto e Inscrição paga.

Fonte: UNIAD

domingo, 12 de setembro de 2010

Passo da Semana (12 a 18/09): 10º - SERVIR

Senhor, SERVINDO, a exemplo de Maria, nossa mãe e de todos, queremos, gratuitamente, fazer dos excluídos os nossos preferidos, através da Pastoral da Sobriedade.

sábado, 11 de setembro de 2010

Pintor implora para ser preso para se livrar de crack em SP

Um pintor de paredes de 30 anos pediu para ser preso no último domingo em Franca, no interior de São Paulo, por não conseguir abandonar o vício em crack.

Usuário de drogas desde os 15 anos, como não ficaria preso sem ter cometido crime, o homem disse aos policiais que existia um mandado de prisão contra ele por falta de pagamento de pensão alimentícia do filho de 8 anos. Depois de conferir a informação, os policiais o prenderam na Cadeia da Guanabara, também em Franca. O prazo de prisão é de 30 dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O homem gastava todo o salário em drogas. Para tentar livrar-se do vício, recorreu à religião e a um centro de recuperação, mas não houve resultado. A droga o levou a se separar da mulher e do filho, e a relação com os pais, com quem morava no Jardim Noêmia, também era difícil.

Fonte: ANTIDROGA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Como fechar as portas de casa para a droga?

Pesquisa feita em escolas da Capital revela que os pais estão falhando no diálogo com os filhos.

Um levantamento com 1,8 mil estudantes dos ensinos Fundamental e Médio de Porto Alegre indica que os pais estão deixando uma porta aberta para a entrada das drogas em suas casas. O recado enviado por crianças e adolescentes é de que estão faltando informações e monitoramento adequado por parte das famílias a fim de aumentar a prevenção contra o uso de tóxicos.

Apresentada ontem pela Brigada Militar, a pesquisa demonstra que amigos e colegas são a principal fonte de informação dos alunos sobre drogas, embora a maioria diga esperar que os pais cumpram esse papel. A periodicidade com que os responsáveis abordam o tema também deixa a desejar. Parte dos estudantes de 12 escolas públicas e privadas entrevistados (42%) afirma que seus pais somente os procuram para falar quando o assunto aparece nos meios de comunicação. Outro dado preocupante é que 11% deles, com idades entre 13 e 18 anos, disseram jamais ter conversado sobre drogas em família.

– Mais da metade diz que quer aprender com os pais, mas acaba aprendendo com os amigos. Os dados mostram que os vínculos com os pais não estão acontecendo – interpreta o autor do levantamento, major da BM Alexandre Thomaz, chefe do gabinete regional da polícia cidadã do Comando de Policiamento da Capital.

Como resultado da falta de diálogo, as informações dos jovens sobre os efeitos de substâncias nocivas são poucas. Apenas 53% deles afirmaram conhecer o suficiente sobre drogas, mas, ao final das palestras oferecidas pela BM nas escolas incluídas no levantamento (os nomes são preservados pela corporação), 98% admitiram ter recebido informações novas. Para Thomaz, isso indica que o nível de conscientização é precário.

Para o psicólogo Lucas Neiva-Silva, que trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco, o diálogo familiar é um fator de prevenção fundamental. O problema é que seguidamente os próprios pais não sabem o suficiente para transmitir aos filhos.

– A maioria dos pais não entende o processo pelo qual a droga mata ou faz mal. O discurso fica resumido a poucas frases que se repetem. Isso não funciona – diz o especialista.

Outro dado comportamental considerado preocupante é que muitas famílias não conhecem bem os amigos dos filhos, sejam da rua ou de meios eletrônicos como a internet. Segundo pesquisas sobre drogadição, a influência de más companhias é fator determinante para crianças e adolescentes decidirem experimentar substâncias proibidas.

ATENÇÃO AO USO DE REMÉDIOS DURANTE A INFÂNCIA:
A prevenção ao abuso de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas, deve começar ainda na primeira infância. Uma das formas é agir responsavelmente ao ministrar remédios para os filhos. Os especialistas recomendam que os pais evitem chamar medicamentos de “sucos” ou “balas” a fim de facilitar seu consumo. Isso pode sugerir uma falsa relação entre substâncias que devem ser tomadas apenas ocasionalmente e sob supervisão médica com produtos alimentícios. Assim, os responsáveis também ajudam a despertar na criança o conceito de que a vida não é feita apenas de bons momentos.

AJUSTE O DISCURSO CONFORME A IDADE DA CRIANÇA:
Os pais não podem orientar os filhos sobre o risco das drogas da mesma maneira ao longo da infância e da adolescência. Essas explicações podem começar em qualquer idade, conforme a criança demonstre capacidade de compreensão do assunto. Daí até os oito, nove anos, pode-se adotar uma abordagem mais imperativa – dizer que a criança não pode tomar bebida alcoólica porque não é apropriado para sua idade, por exemplo. Depois dessa faixa etária, porém, ganha importância o caráter explicativo. Os pais precisam estar preparados para dar pormenores dos danos causados pelo uso de determinadas drogas e que justificam sua proibição.

EVITE ADOTAR SLOGANS: INFORME-SE ANTES DE CONVERSAR:
Uma das abordagens mais comuns – e menos eficazes – utilizadas por pais e responsáveis de crianças ou adolescentes é sustentar seu discurso antidrogas em slogans como “droga mata” ou “droga faz mal”. Com o passar do tempo, a repetição acaba desgastando a expressão, e ela perde o sentido para o filho. A melhor maneira de evitar isso é se informando com maior profundidade sobre como essas substâncias agem no organismo e que tipo específico de prejuízo trazem.
– Uma boa dica, quando sai uma reportagem no jornal, por exemplo, é chamar o filho para ler e aprender junto. Deixar de repetir o simples discurso do medo – ensina o psicólogo Lucas Neiva-Silva.

PERMANEÇA ATENTO AO GRUPO DE AMIGOS DO SEU FILHO:
Um dos maiores fatores de risco ao uso de drogas na infância e na adolescência é o que os especialistas chamam de “influência dos pares”, isto é, o grupo de amigos mais próximos. Por isso, além de orientar os filhos sobre os riscos da drogadição, os responsáveis devem acompanhar de perto quem são os amigos deles. Saber os locais que os jovens frequentam também é importante fator de prevenção. Para administrar o grupo de amigos, os pais não devem ter medo de estabelecer regras e impor castigos quando forem descumpridas – sempre explicando ao jovem que suas ações provocam consequências

ESTIMULE SEU FILHO A ORIENTAR OS COLEGAS SOBRE AS DROGAS:
Uma das maiores dificuldades dos pais é driblar uma eventual resistência dos adolescentes às orientações “caretas” sobre drogas. Uma dica é utilizar uma estratégia chamada “par a par” (do inglês peer to peer), isto é, educar o filho para que ele possa educar os seus amigos e colegas. Um exemplo desse tipo de abordagem é: “Tu deves ter algum conhecido que está entrando no mundo das drogas. Quem sabe tu não dá uns toques para ele, quem sabe ele não te ouve?”. Com esse tipo de enfoque, o jovem se sente valorizado, em vez de vigiado.

Fonte: Psicólogo Lucas Neiva-Silva

Fonte: Donna DC/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quais os riscos do uso da cocaína injetável?

A administração injetável (parenteral) da cocaína pode trazer problemas em função do solvente utilizado (líquido par dissolver a droga) e das seringas não serem esterilizadas.

Também pode acontecer da contaminação ocorrer pelo fato da mesma seringa ser utilizada por mais de uma pessoa. Transmissão de hepatite de endocardite infecciosa, AIDS e menos comumente pneumonia ou infecções localizadas são as doenças mais freqüentes. A falta de higiene no local da administração da droga pode ocasionar o aparecimento de feridas (ulcerações) e desencadear, mais tarde, uma infecção grave em outros locais do organismo.

Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Viva.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cai em 45% o número de fumantes no país

Em 20 anos o número de fumantes caiu 45% no país.

Cai número de fumantes no Brasil...

Em 20 anos, o número de fumantes caiu 45% no país. De acordo com pesquisa realizada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), no ano de 1989, 33% dos brasileiros com mais de 18 anos fumavam. Hoje, apenas 18% desse público fuma. A Pesquisa Especial de Tabagismo foi divulgada recentemente e aplicada em diversos países. No Brasil, ela começou a ser realizada em 2008 e ouviu aproximadamente 39 mil pessoas, com mais de 15 anos, fumantes ou não.

A pesquisa apontou ainda que o número de mulheres que iniciaram o fumo antes dos 15 anos é 22% maior do que o número de homens. Entretanto, elas ainda são minoria na pesquisa. No Brasil, 22% dos homens e 13% das mulheres fumam, ou seja, para cada mulher fumante, há pouco menos de dois homens. Contudo, na faixa etária de 15 a 24 anos, a diferença aumenta: vai para 2,5 homens fumantes para cada mulher.

Fonte: ABEAD

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mãe encontra pedras de crack dentro de ursinho de pelúcia

Polícia investiga o caso que aconteceu em Quatá, interior de São Paulo.
Filho mais velho teria escondido droga no brinquedo da irmã de 9 anos.


Uma mãe encontrou 23 pedras de crack, embrulhadas em papel alumínio, escondidas no ursinho de pelúcia com que brincava sua filha de 9 anos, em Quatá, a 489 km de São Paulo, no sábado (4).

A mãe suspeita que a droga tenha sido escondida no brinquedo pelo seu filho mais velho, que tem 19 anos e é usuário de drogas. Foi ela quem comunicou à polícia.

Como não houve flagrante, foram todos liberados. A polícia investiga agora se a droga pertencia mesmo ao irmão mais velho.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O que acontece se uma pessoa for surpreendida usando cocaína?

No Brasil, usar ou traficar droga é crime. Para um usuário a lei prescreve seis meses a dois anos de detenção e se aplica a qualquer forma de uso da cocaína.

domingo, 5 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

Para OAB e Anadep, pena alternativa para pequenos traficantes diminuirá população carcerária

Brasília – A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em conceder um habeas corpus em favor de uma pessoa presa por traficar 13,4 gramas de cocaína poderá fazer diminuir o tamanho da população carcerária, atualmente em mais de 417 mil pessoas. A avaliação é do presidente do Conselho de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Genival Veloso de França Filho; e do presidente da Associação Nacional de Defensores Públicos (Anadep), André Castro.

“Noventa por cento das mulheres presas estão nessa condição por causa do envolvimento em tráfico de droga de pequena proporção”, estima França Filho. “A possibilidade de aplicação de penas alternativas poderá ter um impacto importante na redução da população carcerária”, disse André Castro.

A decisão do STF cria precedente para o uso da pena alternativa aos pequenos traficantes condenados ao conceder ao juiz de execução criminal a competência para examinar cada caso e, eventualmente, converter a pena.

Na opinião do jurista e do defensor público ouvidos pela Agência Brasil, cabe ao juiz, não à lei previamente, estabelecer se pode ou não ser concedido o benefício de penas alternativas. “O juiz é que tem condições de fato de avaliar”, defende o presidente do Conselho de Direitos Humanos (OAB). “É o juiz que conhece a situação concreta”, disse André Castro.
Castro chama atenção para o fato de que as pessoas envolvidas com pequeno tráfico de droga, por causa da falta de assistência jurídica, acabam apelando para advogados ligados ao crime organizado e passam aí a ter um vínculo permanente com o crime. “Eles pagam a ajuda com lealdade e passem a apoiar o crime”, disse.

Segundo o presidente da Anadep, é possível que parte da opinião pública reaja à decisão, mas assinalou que a pena alternativa é um instrumento de ressocialização necessário. “A sociedade costuma esquecer que o preso hoje contido amanhã estará contigo”, afirmou.

“Para alguns a decisão do STF pode parecer uma afronta, mas o que havia era absolutamente inconstitucional”, concorda França Filho, presidente do Conselho de Direitos Humanos da OAB, Genival Veloso de França Filho

De acordo com o julgamento feito ontem (1º) pelo Supremo, são inconstitucionais os artigos da Lei 11.343/2006 (a chamada Nova Lei das Drogas) que proibiam a conversão das penas de prisão em penas alternativas. Para os ministros do Supremo, a lei era de fato inconstitucional.

“Vislumbro, nessa situação, um abuso do poder de legislar por parte do Congresso Nacional que, na verdade, culmina por substituir-se ao próprio magistrado no desempenho da atividade jurisdicional”, disse Celso de Mello, último ministro do STF ao dar o voto. “Entendo que a regra conflita materialmente com o texto da Constituição”, reiterou segundo nota da Corte.

Conforme uma pesquisa feita no ano passado pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), 67% dos presos por tráfico de drogas são réus primários.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Crack também avança sobre as mulheres

Consumo de álcool na adolescência e namoro com usuário da droga são caminhos para o sexo feminino entrar no vício.

Ainda não há estatísticas, mas o crack encontrou mais um “nicho” de mercado, as mulheres. A droga, que chega à corrente sanguínea em no máximo 15 segundos, conquistou o grupo feminino e nela já provoca seus estragos. A afirmação é do delegado responsável pela Divisão de Prevenção e Educação (Dipe) da Polícia Civil, Reinaldo Correia.

“Os jovens do sexo masculino praticam furtos para comprar droga. As mulheres se prostituem. Ao vender o corpo, elas provocam outro problema, porque inicialmente exigem preservativos, mas depois abandonam a ideia. Sem eles, as mulheres se tornam vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada”, explica.

No Rio Grande do Sul, há cerca de 60 crianças, “filhos do crack”, com problemas neurológicos sérios. “Nem os cientistas conseguem detectar quais os efeitos do crack no cérebro. Sabemos que ele sobrecarrega o aparelho respiratório e cardiovascular e propicia a ocorrência de AVC”, comenta Correia.

A porta de entrada das drogas no mundo feminino mais evidente é o álcool, segundo o professor da Dipe, Alexandre Avilez, que encerrou na última sexta-feira a Semana de Prevenção às Drogas de Agudos (13 quilômetros de Bauru).

“As meninas de 16 a 18 anos estão consumindo álcool. Com a desestruturação moral que o álcool traz, elas começam a vida sexual precocemente. As frustrações provocadas pela combinação sexo e álcool provoca uma corrida a drogas mais pesadas”, afirma.

Outra porta fácil para o crack na vida das mulheres ocorre quando a adolescente se envolve com um jovem usuário. “Quando ela começa a namorar um usuário, sofre pressão. Para não perder o namorado, ela se vê obrigada a usar droga como ele, para manter o namoro”, diz.

Para poder escolher uma vida mais saudável, o jovem precisa ter acesso às informações relacionadas aos efeitos do uso da droga. Mas quem já a experimentou dificilmente vai abandoná-la, opina o delegado da Dipe. “Os usuários, cujo número é crescente, adquiriram uma doença crônica. E o crack é uma droga barata, que provoca euforia, dá a satisfação que ele procura, mas o preço é alto”, avisa Correia.

Na opinião do professor Avilez, quem já experimentou o crack precisa de muita força de vontade para abandonar o vício. “Há formas de abandonar o vício. Acredito que, com acompanhamento profissional e apoio familiar, o usuário consiga, mas é preciso que ele queira”, enfatiza.

Ao fumar crack, o usuário se sente satisfeito e se desinteressa pela vida. Deixa de se cuidar, comenta o delegado. “Em duas ou três semanas emagrece até 10 quilos, usa a mesma roupa, se torna agressivo e passa a subtrair objetos até dentro de casa”, afirma.

Fonte: JC Net/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Agenda Setembro

18/19 - Setembro

TIANGUÁ (Diocese de Tianguá).

- Mesa Redonda com o Tema: Situação atual do uso de Álcool e outraS Drogas no estado do Ceará e no Brasil;

 - Apresentação da Pastoral da Sobriedade e articulação p/ implantação de um novo grupo da Pastoral na cidade de Tiaguá...

Obs: Essa evento está destinado também a cidades próximas a Tianguá, já que fazem parte da Arquidiocese de Tianguá.

Dez fatos sobre o uso de drogas

Dez fatos que pais e escolas devem saber sobre o uso de drogas:

- Dependência de droga é definida como doença progressiva, incurável e fatal pela Organização Mundial da Saúde;

- No Brasil,dependência de droga já é definida por médicos e políticos como grave problema de saúde pública ; apesar de epidemia, a rede pública de hospitais ainda ignora a doença, sendo raríssimas as vagas para internar usuários de drogas, para desintoxicação;

- Na primeira vez, quem oferece droga é colega ou parente, relatam em Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas, dependentes químicos em recuperação;

- Na maioria das histórias, a primeira droga foi bebida alcoólica na infância ou na adolescência; depois, veio a maconha;

- Maconha é causa de internação em São Paulo ,ao desencadear surtos psicóticos ou esquizofrenia, alertam clínicas que participam de Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas (Greenwood, Reviva, Conviver,Intervir , Caminho de Luz e o Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas);

- Além da dependência, maconha pode causar câncer de cabeça, pescoço e pulmão, além de uma série de outras complicações, define o presidente da Abead-Associação Brasileira de Álcool e Outras Drogas, psiquiatra Carlos Salgado.”Maconha não é droga benigna.Não está isenta de riscos”,afirma o especialista;

- Mesclado é cigarro de maconha misturado com crack, droga que vem sendo utilizada por adolescentes em São Paulo , Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Também chamada pitico, a maconha com crack é montada pelos próprios usuários, tem constatado a polícia . A mistura provoca alucinações, perda de percepção, podendo levar a quadros depressivos , neurológicos, respiratórios e cardíacos;

- Para tratar, afirmam especialistas, é preciso desintoxicar, ou seja tirar toda a droga do corpo; depois, é preciso tempo e dedicação para ensinar ao usuário viver sem drogas;

- Mas no Brasil, nem acorrentando os próprios filhos, mães conseguem sensibilizar políticos e autoridades de saúde pública para o sofrimento que marca suas famílias;

10º - Prevenção continua sendo, portanto, a vacina mais eficaz contra as drogas , sendo famílias e escolas fundamentais nessa luta pela vida.

Fonte: Jovem Pan Online/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Consumo precoce de drogas torna indivíduo mais vulnerável à dependência


É o que revela um estudo feito com camundongos pelo Instituto de Ciências Biológicas da USP


Quanto mais precoce o consumo de uma droga, mais o indivíduo se torna vulnerável à dependência. Foi o que mostrou um estudo com camundongos conduzido pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

Ao administrar doses de álcool em animais adolescentes e adultos, os pesquisadores constataram que os mais jovens apresentaram uma compulsão maior ao consumo após um período de abstinência.

Segundo os pesquisadores, o resultado também pode valer para outros tipos de drogas de abuso, que englobam desde anfetaminas até cocaína e heroína, passando por cigarro e álcool.
“Drogas de abuso são aquelas que induzem à fissura por meio do consumo, seja pelo prazer proporcionado, seja pelos efeitos desagradáveis que a interrupção do uso provoca”, explica a coordenadora da pesquisa, Rosana Camarini, professora do ICB-USP.

O trabalho, apoiado pela Fapesp por meio de Auxílio à Pesquisa - Regular, terá os resultados apresentados na 25ª Reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), que começou na última quarta-feira e vai até este sábado, 28, em Águas de Lindoia (SP).

Rosana analisou quatro grupos de camundongos: adolescentes que recebiam doses de álcool, adolescentes tratados com solução salina, e adultos divididos nessas mesmas categorias.
Entre as diferenças observadas, está que os adolescentes que receberam álcool apresentaram tolerância à droga, enquanto os camundongos mais velhos sob o mesmo tratamento responderam com uma sensibilização ao álcool (aumento do efeito que a droga apresenta ao longo de um período de consumo).

Rosana conta que ambos são fenômenos neuroadaptativos provocados pelo uso contínuo da droga. Já a tolerância, observada nos animais adolescentes, significa a redução desses efeitos. Nesse caso, o indivíduo precisará de doses maiores do produto para conseguir obter as mesmas sensações proporcionadas pelas doses iniciais.

Em uma outra etapa, os pesquisadores separaram os camundongos adolescentes e adultos que haviam recebido álcool. Colocados individualmente em uma gaiola, cada um poderia escolher entre dois recipientes, um com água e outro com álcool. O frasco com etanol continha doses que eram aumentadas gradualmente, de 2% a 10%.

“Nessa etapa, não detectamos diferenças entre os dois grupos. Porém, após a dose de 10%, resolvemos retirar o álcool para estabelecer um período de abstinência”, disse a professora da USP, explicando que se trata de um teste para verificar se o animal se tornou ou não dependente.

Ao serem novamente expostos ao álcool, os animais mais jovens começaram a beber gradativamente mais, enquanto os adultos mantiveram o consumo que apresentavam antes da abstinência à droga.

Já os animais controle, tratados previamente com solução salina, não apresentaram um aumento no consumo ao serem expostos ao álcool em ocasiões diferentes. E isso se verificou tanto nos indivíduos jovens como nos adultos.

Rosana ressalta que, nessa etapa da pesquisa, os animais tratados com álcool na adolescência já estavam adultos, considerando que a adolescência dos camundongos dura apenas 15 dias.

Alterações neuroquímicas
“O que podemos concluir dessa experiência é que o contato prévio do adolescente com o etanol acaba induzindo uma modificação que faz com que, quando adulto, ele fique muito mais vulnerável ao consumo”, avalia a pesquisadora.

Isso ocorre porque a droga provoca alterações neuroquímicas que interferem no processo de formação do cérebro do adolescente. Um bom exemplo é que os adolescentes apresentam uma liberação bem maior de glutamato quando expostos ao álcool, se comparados aos adultos. Esse aminoácido tem efeito excitante sobre o sistema nervoso central.

“O consumo de álcool aumenta o número de receptores para o glutamato e, quando se retira a droga, permanecem inúmeros receptores ávidos por esse aminoácido que não está mais lá”, disse. Convulsões associadas à abstinência, por exemplo, estão relacionadas ao glutamato.
Por essa razão, Rosana estima que indivíduos com experiência precoce com drogas tenham maior probabilidade de apresentar síndromes de abstinência mais severas.

Outro efeito do álcool sobre organismos jovens seria a redução da proteína Creb, responsável pela transcrição de determinados genes. Vários estudos feitos com animais deficientes de Creb mostraram que isso provocava um consumo maior de álcool. A redução desse mesmo neurotransmissor também é observada em indivíduos que consumiram álcool durante a adolescência.

“Parece que todas essas alterações neuroquímicas observadas nos adolescentes estão relacionadas ao fato de eles quererem consumir mais álcool”, afirma. As drogas interferem no processo de remodulação do sistema nervoso central que ocorre durante a adolescência.

Essas transformações neuroquímicas explicam alguns comportamentos típicos dessa fase da vida, como a propensão a correr mais riscos e a procura por experiências que causem euforia.
Rosana cita como exemplo a presença maior de dopamina na região do córtex pré-frontal do cérebro adolescente. Trata-se de uma área relacionada a analisar riscos e tomar decisões e que, além de não estar totalmente formada na adolescência, recebe dopamina em doses maiores que a de um adulto. “A presença das drogas de abuso interfere nesse processo natural, que já é bem complicado”, analisa.

Os efeitos observados levaram os autores do estudo a reforçar a importância de aplicações de políticas públicas para proteger os adolescentes. Como exemplo, a professora cita a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade.

“Leis como essa se justificam, pois o contato precoce com a droga pode resultar posteriormente em uma vulnerabilidade maior à dependência quando a pessoa é exposta novamente à droga, em comparação àquelas que não tiveram essa experiência prévia”, afirma.


Fonte: Agência Fapesp
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